13/12/2008 -
Brasília a São José do Rio Preto/SP - Fotos - INÍCIO
13h30 - Depois de muito "arruma isso, ajeita
aquilo", fizemos uma prece agradecendo a Deus pela grande oportunidade que nos foi
concedida e pedimos a Ele, que, uma vez mais, guiasse nossos caminhos na estrada e
protegesse também a todos, em especial nossos familiares que haviam ficado.
Com o GPS já funcionando e o coração cheio de ansiedade, conseguimos, finalmente, sair
de casa. A quilometragem do carro marcava 18.300.
O Tempo estava fechado, ameaçando muita chuva. Porém, não pegamos tanta chuva no
caminho quanto supúnhamos pegar.
Apanhamos um pouco do GPS na região de Goiás, antes de adentrarmos Minas Gerais. Não
confiamos muito na indicação dele (eu, Ivana, em especial). Temia que estivéssemos
seguindo o trajeto errado, uma vez que o GPS indica o trajeto mais curto e eu achei o
lugar meio desértico, o que gerou certa insegurança. Resolvemos parar e conferir no mapa
do notebook (é, dessa vez estávamos equipados!). A indicação estava correta. Ao final,
conseguimos chegar ao destino programado para o dia.
17h45 - Paramos para jantar em um posto da rede Ipiranga, de nome Posto Pratão, na cidade
de Prata/MG (rodo rede), na própria rodovia. O comercial nesse lugar custa R$7,50 por
pessoa. Vem muita comida, muita mesmo!
A comida é simples, mas caseira e gostosa: Bife, arroz, ovo, feijão, polenta frita,
alface e tomate. Tudo estava bem temperadinho. Dias depois, que saudade eu sentiria
daquele "feijãozinho caseiro"!
23h05 - Chegamos em São José do Rio Preto. Ficamos hospedados no Dumont Park Hotel.
Endereço: Rua São Paulo, 2250, Vila Maceno. Fica em frente ao Palácio das Águas.
Telefone: (17)3215-2525
Site: www.dumontparkhotel.com.br
Já havíamos jantado no posto, mas no hotel havia algumas dicas para quem chega sem
opção e com fome. Alguns números de telefone:
Molecaggio - é um delivery de pizza que serve a partir das 11h da manhã:
0800-132136/3227-6231.
Zero Grau - é um lugar que serve sopas, petiscos, filés, peixes e frangos: 3235-2010.
Barranco stars buguer - 3222-4488/3222-4448.
14/12/2008 - São José do Rio Preto a
Foz do Iguaçu. FOTOS - 14-12-08
7h35 - Deixamos o Hotel.
10h - Paramos para abastecer.
11h30 - Cruzamos a divisa do Estado de São Paulo com Paraná. É uma ponte longa. Pagamos
o 1º pedágio brasileiro: R$9,90.
12h - Paramos para almoçar próximo de Londrina, no Rancho do Gaúcho. Custou R$16,00 por
pessoa, com direito a sobremesa. No meio da semana custa R$13,00. Achamos muito caro pelo
que oferecem. A comida é razoável, mas não há muita variedade. De carne, só havia
comida gordurosa (da qual quase não comemos): carne de porco, costela, pernil, linguiça
de porco.
14h05 - Passamos pelo 3º pedágio.
15h06 - Passamos pelo 4º pedágio, R$7,80, depois de Maringá.
17h30 - Paramos para fotografar a Torre Eiffel depois de Umuarama (uma réplica, é
claro!).
20h41 - Passamos pelo 5º pedágio, R$9,20. Apesar do horário, o céu ainda estava claro.
21h10 - Na entrada da cidade de Foz do Iguaçu, fomos abordados por José Araújo, que
trabalha com turismo. Ele nos mostrou vários panfletos contendo diferentes categorias de
hotel. Queríamos um confortável, mas não luxuoso, e com preço em conta. Ele indicou o
Hotel Ilha de Capri e nós o acompanhamos até lá para darmos uma checada. Acabamos
hospedados no hotel indicado.
É um hotel com quartos simples, decoração um pouco antiga, mas é limpo e possui ar
condicionado, que é essencial, pois estava muito calor. Além do mais, o café da manhã
é bem sortido e há no hotel uma enorme piscina, a qual o Vítor aproveitaria bem na
tarde seguinte. A diária para os três saiu a R$120,00.
O José Araújo não cobra o serviço de indicar e ir até o hotel, pois este é que
acerta com ele uma comissão. Combinamos, porém, que, no dia seguinte, ele seria nosso
guia por R$35,00, até às 14h.
Quando estávamos chegando na cidade e procurando por hotel, passamos de carro em frente
ao Shopping Cataratas JL e vimos uma propaganda do "Giraffas" (Telefone:
3523-8010), que é uma rede de alimentos que vende sanduíches e pratos prontos, a mesma
que há em Brasília. Ligamos do hotel para pedir comida, mas eles não faziam entrega.
Decidimos que comeríamos lá no dia seguinte à noite, pois estávamos muito cansados
para sair do hotel.
Acabamos pedindo sanduíches no Over dog: 3574-2979. Ficou em R$19,00 (3 sanduíches).
Estavam deliciosos!
Endereço do Hotel Ilha de Capri: Rua Barão do Rio Branco, 409.
Fone/Fax: 0055 (45) 3523-1685.
Site: www.hotelilhadecapri.com.br
15/12/2008 - Foz do Iguaçu FOTOS
- 15-12-08
8h20 - Saímos do hotel rumo ao Parque Nacional do
Iguaçu, que se localiza na Rodovia 469, km 18. O nosso guia, José Araújo, chegou
pontualmente, o que contou a seu favor.
O Parque possui 185.000 hectares. Lá, há um estacionamento onde você precisa deixar o
carro, no valor de R$12,00. O acesso ao parque custa R$13,00 por pessoa. Os outros
passeios dentro do próprio parque são opcionais e cobrados à parte. Na área interna do
parque, passam ônibus de 2 andares, já inclusos no valor inicialmente pago, que levam os
visitantes até o ponto de entrada de cada atração.
Optamos por fazer o Macuco Safári. A duração total do passeio é de 1 hora e 45
minutos. Horários: funciona às segundas-feiras das 13h às 17h30 e de terça-feira a
domingo das 8h30 às 17h30. A entrada custava R$169,00 para nós três. Com o nosso guia,
conseguimos desconto e pagamos R$120,00. O José Araújo ficou nos esperando do lado de
fora.
O passeio do Macuco Safári começa em um trenzinho aberto sobre rodas (uma espécie de
carreta puxada por jipe elétrico) que nos leva mata adentro (3km) até a beira do Rio
Iguaçu, onde uma potente lancha nos leva à cachoeira (Garganta do Diabo).
No meio do trajeto, o trenzinho para. Quem quiser pode descer com um dos guias para fazer
uma trilha dentro da mata. É uma caminhada cujo percurso é de 600 metros, que vai até o
Salto Macuco. Optamos por fazer isso. Os outros passageiros, um grupo de chineses,
resolveram ir direto e nos esperaram no "pequeno porto" do Rio Iguaçu, de onde
sai a lancha.
Durante a trilha, o guia que nos acompanha vai nos contando as curiosidades sobre a flora
e a fauna da região. É interessante!
O caminho é cheio de subidas e descidas pela estradinha bem arborizada. Há até banheiro
limpo quando se chega lá em cima. Não é um trajeto muito longo e, em questão de uns
vinte minutos, conseguimos alcançar o restante do grupo.
O José Araújo, na noite anterior, havia nos aconselhado a usar roupas bem leves e a ir
de chinelo para o passeio do Macuco Safari, pois sairíamos ensopados da lancha. Ele não
exagerou!
Tão logo chegamos às margens do Rio Iguaçu, começamos a nos preparar descer o rio com
os demais turistas. Deixamos os nossos pertences no "pequeno porto" e levamos
conosco para a lancha somente a máquina fotográfica e a filmadora (eles pedem para
levarmos o mínimo possível). Tudo o que vai dentro da lancha deve ser colocado em sacos
plásticos que são distribuídos. No local, vendem ainda capas de chuva, mas já
tínhamos as nossas.
Tivemos sorte com o tempo. Achamos que ia chover, mas fez muito calor e o sol logo
apareceu, o que deixou bem agradável o vento no rosto e os respingos da água enquanto a
lancha atravessava as corredeiras em alta velocidade.
Apesar da capa de chuva que todos usam, não há como não se molhar. A lancha se aproxima
muito das cachoeiras. É uma delícia! O passeio é simplesmente maravilhoso! Adrenalina
pura!
Ao final, oferecem ao turista um DVD do passeio e fotos para comprarmos. Compramos, é
claro. Não queríamos ficar sem o registro dessa emocionante aventura...
Na volta para a portaria do parque, tentamos "conversar" com o grupo de chineses
que fez o passeio conosco, por meio da guia deles. Um dos chineses, segundo a guia nos
contou, é o Ministro da Receita/Fazenda do governo chinês. Acabamos "fazendo
contato" com um deles em inglês, é claro, porque nem nós sabíamos falar uma
palavra em Chinês, nem eles sabiam falar Português. Ao final, ganhamos do Ministro, para
recordação, pulseiras coloridas oficiais das Olimpíadas de Beijing/2008.
Após o Macuco Safári, fomos conhecer o mirante das cataratas. É um local cheio de
passarelas de onde se vê bem de perto o grande espetáculo da Natureza.
Vimos primeiro a parte mais alta das passarelas, de onde se tem a visão superior do Salto
Floriano. Descemos o elevador panorâmico depois e seguimos por uma passarela para avistar
os saltos de outro ângulo. O lugar é incrível, é de encher os olhos! Tivemos direito
até de tirarmos fotos tendo como cenário ao fundo um lindo arco-íris.
12h30- Na saída do mirante, paramos para comer sanduíches (nosso almoço) e ficamos
conversando com o nosso guia José Araújo.
Ele é um excelente guia e, além disso, é uma pessoa humilde, simpática e confiável.
Ele nos deu o cartão de visitas dele. Como outros guias que vimos, faz parte da
Associação dos Agentes de Hotéis e Turismo autônomos de Foz de Iguaçu - AHTA, que
fica na Av. República Argentina, 2563. É alguém que certamente, se precisarmos,
voltaremos a procurar.
Telefone do José Araújo: (45) 8818-6040.
Após o lanche, pegamos novamente o ônibus de dois andares e fomos conhecer o Parque das
Aves. Preço do ingresso: R$16,00 por pessoa.
Logo na entrada, ficamos encantados com enormes borboletas azuis que sobrevoavam as
plantas.
Dentro do parque, há ainda um espaço grande e cercado, no qual os animais ficam soltos,
o que torna o lugar único e bastante frequentado. Todos querem ver os animais bem de
perto. Eles são mansos. Tiramos até fotos fazendo carinho em tucanos! Vimos também
outros pássaros bem diferentes e um pequeno lago cheio de carpas.
Depois, já quase na saída, seguramos uma arara para tirarmos fotos. Até uma cobra fez
parte do nosso cenário fotográfico! Mas isso só para os mais corajosos! (Eu e o Vítor,
claro, não perdemos essa chance).
14h45 - Saímos do parque dos pássaros e retornamos para o hotel. Lá, nos despedimos do
José Araújo e, com sugestões dele, fomos conhecer a Usina de Itaipu ou, simplesmente,
Itaipu Binacional, maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia, que fica na
Av. Tancredo Neves, 6.702. Telefone: 0800-645-5645.
Na Usina são oferecidos tipos diferentes de passeio: Tem o Circuito especial, que é
feito dentro da Usina. Pode-se ver ainda o Ecomuseu, o Canal da Piracema, o Refúgio
Biológico Bela Vista, a Iluminação da Barragem, ou apenas fazer a Visita Panorâmica.
Acabamos fazendo somente a visita panorâmica, que é um passeio externo. Adultos pagam
R$13,00 e crianças/jovens de 7 a 16 anos e estudantes pagam R$6,50. A visita à área
interna sai às 15h (chegamos atrasados) e às 16h. A das 16 horas ficaria muito tarde
para nós.
A Visita Panorâmica é feita de ônibus, com duração de 1 hora, fazendo-se duas paradas
no caminho. Ao final, assiste-se a um filme de 30 minutos sobre a história da
construção de Itaipu e os projetos por ela sustentados. É um passeio interessante e bem
educativo!
Há uma curiosidade no local: os trabalhadores de Itaipu que interam 15 anos de serviço
plantam uma árvore no jardim da usina, que é chamado Bosque do Trabalhador. Colocam ao
pé da árvore uma placa contendo o nome de quem a plantou. O jardim já conta com
inúmeras árvores plantadas. Algumas celebridades, inclusive do exterior, também já
plantaram suas árvores. Achamos bonita a iniciativa.
Retornamos ao hotel para descansar, enquanto o Vítor aproveitou para se refrescar na
piscina.
À noite, fomos dar uma volta no Shopping Cataratas JL e jantamos no "Giraffas".
16/12/2008 - Foz do Iguaçu (Brasil) a
Corrientes (Argentina) FOTOS - 16-12-08
1 REAL (R$) = 1,35 PESOS ARGENTINOS (PA)
8h30 - Deixamos Foz do Iguaçu rumo à Argentina.
9h05 - Paramos na aduana da fronteira Argentina/Brasil. Fica, literalmente, no final de
uma das ruas de Foz do Iguaçu.
A aduana estava bem tranquila.
Preenchemos os papéis necessários para o ingresso no país e aproveitamos para trocar um
pouco de dinheiro. Queríamos saber o valor da cotação e ter uns trocadinhos para pagar
pedágio. O Marcelo trocou 45 reais, que deram 61 pesos argentinos, ou seja, 1 real
equivalia a 1,35 pesos argentinos.
Deixamos para tirar mais dinheiro depois, em um Banco que tivesse rede "LINK".
Com o sistema "LINK" consegue-se sacar dinheiro diretamente da conta corrente. A
nossa conta é do Banco do Brasil, mas quem tem conta em outros bancos pode fazer o mesmo
(é necessário apenas pedir autorização na agência brasileira, antes de viajar, para
se fazer saques no exterior).
Entramos na Argentina. Não fizeram vistoria na bagagem. Sorte minha, porque é proibido
entrar no país levando carnes, derivados de leite e frutas; nós estávamos com 2 maçãs
e uma ameixa.
9h50 - Fomos parados por um policial rodoviário para apresentarmos documentos.
Vimos na estrada uma placa indicando início de terceira faixa. Faixa em Espanhol é
"trocha". Achamos engraçado!
10h25 - Pagamos o 1º pedágio argentino: PA 1,70.
11h50 - Fomos parados para acender a luz baixa do carro. É obrigatório na Argentina.
12h25 - Paramos para sacar mais pesos no Banco de la Nacion Argentina, mas não
conseguimos. O caixa eletrônico não estava se comunicando com os bancos brasileiros.
Depois disso, paramos para comprar água em um posto de gasolina.
Lá, uma mulher nos vendeu um biscoito que ela chamava de "pan com queso". Na
realidade, é o nosso mesmo biscoito de queijo, feito de polvilho, só que com erva doce.
Estava muito bom!
12h35 - Paramos no restaurante Parrilla, a 65km de Posadas. A comida é boa e os donos bem
simpáticos: Diógenes e sua filha Dayane.
Diógenes é daquelas raras pessoas que encantam pelo modo simples de ser. Vimos que seu
maior prazer, além da família, é conhecer diferentes culturas, estar em contato com a
Natureza, ou seja: viajar. Nós acabamos nos identificando com o modo de ser dele, como se
nos conhecêssemos há muito tempo.
Ele nos contou que já esteve no Brasil e já viajou por 22 países. Ficou sabendo que uma
parte de Machu Picchu será cercada em breve. Ainda bem que já estávamos a caminho de
lá, vai que é verdade!
Diógenes nos mostrou uma de suas pedras (meteoritos de ferro), caída há cerca de 4.000
anos em Posadas. Mostrou-nos ainda as fotos de suas viagens pelo mundo afora. Ele nos
contava tudo sem conseguir disfarçar um intenso brilho nos olhos; orgulhava-se por ter
conhecido tantos lugares diferentes...
Nós conversamos também sobre política. Ele nos falou de alguns problemas enfrentados
atualmente pela Argentina, entre eles o aumento da violência (que discordamos de que
esteja igual à do Brasil).
Diógenes nos disse que, na Argentina, assim como acontece no Brasil, há uma lei do
menor, a qual acaba acobertando inúmeros crimes. E, para piorar a situação, o serviço
militar naquele país não é obrigatório.
A conversa estava tão boa que acabamos nos atrasando e gastando mais tempo do que
pretendíamos para almoçar. E Pior: não mapeamos o lugar no GPS nem anotamos o endereço
do lugar, o que é uma pena!
13h50 - Deixamos um chaveiro com a bandeirinha do Brasil de lembrança para eles e
seguimos viagem.
14h05 - Pagamos o 2º pedágio argentino: PA 2,40.
14h25 - Passamos pela divisa da Província de Misiones.
16h15 - Fomos parados. Pediram os passaportes e, ao verem que estava tudo OK, desejaram
boa viagem.
16h22 - 3º pedágio: PA 2,70.
17h25 - Paramos no Posto YPF Aca. Marcelo bebeu um energético chamado "Black
Fire" para ver se espantava um pouco o sono. O "Red Bull" estava em falta.
17h45 - Já em Corrientes, paramos na Subsecretaria de Turismo (centro de informações
Turísticas de Corrientes). Foi difícil de encontrar, porque não há placa indicativa na
porta. Fica na Av. 25 de Mayo, 1330. Telef.: 54-03783-427200. Site:
www.corrientesturistica.gov.ar
Sempre é bom parar em um Posto de Informações Turísticas. Eles indicam hotéis e
geralmente fornecem mapas da cidade!
21h - Acabamos indo ver dois hotéis indicados pelo posto turístico, mas, como já era
tarde e estávamos famintos, resolvemos jantar antes de nos hospedar.
A cidade é um charme. Há uma orla bem estruturada com cara de praia, mas a praia que lá
existe é de rio, e não de mar. Fomos contemplados com um maravilhoso por do sol (às
21h!) sobre a ponte construída sobre o Rio Paraná. Um cenário de cartão postal! Não
dava para ficar sem fotografar...
Comemos um peixe bem gostoso em um restaurante da orla, no Hotel Turismo Corrientes.
Ficamos sabendo que a pesca também é uma das grandes atrações em Corrientes.
Depois do jantar, fomos procurar um caixa eletrônico para sacar dinheiro e não
conseguimos. No local, conhecemos uma mulher de nome Nara, que estava com os dois filhos
pequenos (um menino e uma menina). O marido dela estava morando em São Paulo e ela viria
para o Brasil em 2009. Os filhos dela já estavam aprendendo algumas palavras em
Português. Uma gracinha!
Como descobrimos que o terminal de saque estava estragado, Nara nos disse para seguirmos o
carro dela, que ela nos levaria a um outro terminal que ficava mais no centro da cidade.
Conseguimos tirar o dinheiro e nos despedimos da Nara. Ela foi bastante simpática!
23h - Fomos ver os hotéis que tínhamos visto anteriormente. Não havia mais vagas
naqueles cuja diária do apartamento triplo era na faixa de PA 140,00.
Um desses hotéis, inclusive, com esse preço mais o café da manhã a PA 4,00 por pessoa,
parecia ser bom (havíamos visto os quartos) e fomos muito bem atendidos. É uma pena que
já estava lotado. Aqui vai a dica para quem chegar mais cedo:
Hotel Sudamericano.
Endereço: Hipólito Yrigoyen 1676.
Telefone: (03783) 469048 / 464242.
Acabamos dormindo no Hotel Pavon por PA 170,00 + PA 30,00 o café da manhã (Duas
"medias lunas" (croassant) por pessoa mais café com leite). O hotel fica
próximo à rodoviária. Não recomendamos. É barulhento demais, pois fica virado para
uma avenida bem movimentada (o próprio atendente avisou quando perguntamos). Mas, naquele
horário, não tínhamos outra opção. É o preço a ser pago por não procurar hotel
logo que se chega nas cidades!
O ar condicionado do quarto, para completar, estava gelando demais e não havia meio de
desligá-lo. Além disso, estava estragado, o que fazia com que vibrasse muito. Resultado:
não dormimos quase nada!
17/12/2008 - Corrientes (Argentina) a
Salta (Argentina) FOTOS - 17-12-08
8h20 - Deixamos o hotel e passamos em um Posto
para abastecer o carro.
8h30 - Atravessamos a Ponte sobre o Rio Paraná, que liga a província de Corrientes à
Província Chaco!
8h34 - Pagamos o 4º pedágio argentino: PA 1,20. No posto de turismo de Corrientes, fomos
informados da existência de uma nova rota para Salta que economizaria 200km de estrada e
a pista é mais nova. Resolvemos ver para crer.
10h50 - Depois de termos sido parados em El Colorado/Formosa para mostrar documentos,
tiramos foto na estátua de ferro da pequena cidade.
12h - Paramos para comer no Posto YPF (ServiCompras) na rota 81.Uma delícia de comida e
com bom preço. Comemos "estofado de Pollo" (frango com arroz e batata no meio,
com molho de tomate). Lembra a nossa galinhada. Estava bem temperado, uma delícia!
Pedimos salada também e Milanesa (bife grande, fininho e empanado). Veio pão para
acompanhar. Bebemos suco de caixa (1 litro) de maçã verde. Compramos também, por
garantia, 5 empanadas (pastéis) assadas para levar, pois não sabíamos se a estrada
seria desértica dali para frente. Tudo saiu a PA 42,00. Barato!
Um viajante que estava no restaurante nos avisou, com ênfase, em tom bem sério, que não
deveríamos deixar de abastecer na cidade Ing. Juarez, pois o próximo posto só seria
dali a cerca de 300km, numa estrada desértica. Santo aviso!
Seguimos em um trecho com asfalto bom, mas bem isolado. Fora a pista, só havia cerrado de
um lado e cerrado do outro. Que bom que compramos as empanadas!
16h15 - Chegamos em Ing. Juarez. Deve-se ficar atento às placas de indicação com o nome
das cidades, porque estas ficam longe da rodovia. É preciso sair da pista principal e
andar um pouco para nelas entrar. Passamos por um trecho sem asfalto para chegarmos ao
posto de gasolina que foi indicado por um policial que estava em uma pequena guarita à
beira da rodovia. Ing. Juarez é um povoado pequeno, humilde, com casinhas simples e ruas
de terra.
Quando chegamos ao posto de gasolina, tivemos uma surpresa: faltou combustível na cidade
e ele havia chegado fazia menos de 1 hora, conforme conversa que tivemos com alguns
moradores. Deduzimos que a falta de combustível realmente não é brincadeira na região!
Isso porque enfrentamos uma fila enorme de carros, motos e pessoas com galões na mão.
Disseram que em outra cidade próxima também não havia combustível.
17h18 - Conseguimos encher o tanque e encher o galãozinho reserva também e seguimos
viagem.
17h42 - Fez 42º na estrada.
18h25 - O GPS nos indicou que estávamos passando sobre a linha do Trópico de
Capricórnio.
Vimos às margens da estrada muitos animais: cavalos, cabritos e até porcos
"pintadinhos" (estilo porquinho "caipira" dos desenhos animados). Com
certeza, era uma região que tinha fazendas.
19h20 - Depois que abastecemos em Ing. Juarez, não passamos por nenhum posto na estrada
até aquele momento. Foi o nosso anjo guardião que colocou aquele viajante em nosso
caminho para avisar sobre a falta de combustível!
20h - Finalmente vimos um posto YPF (cerca de 270 Km do posto anterior) e paramos para
abastecer. Estávamos em uma cidade de nome Embarcación. Aproveitamos para comer uns
sanduíches na lanchonete do posto.
20h30 - Deixamos o Posto.
20h45 - Como estava tarde e, em conversa com o pessoal do posto, ficamos sabendo que dali
para frente seria difícil encontrar um lugar para dormir, além do que Salta ainda estava
distante, decidimos dormir em Embarcación mesmo, no Del Pilar Hotel.
Endereço: Spaña 117.
Telefone: 03878-471195.
Pagamos PA 110,00 por um quarto com 2 camas de solteiro e um beliche.Quarto simples, mas
limpo, silencioso, com ar, Internet e colchão muito bom. Tudo o que precisávamos.
Descansamos bem, dessa vez!
18/12/2008 - Embarcación (Argentina) a
Salta (Argentina) FOTOS - 18-12-08
Tivemos que dormir em Embarcación porque a
estrada que nos disseram ser mais rápida era a mais longa (cerca de 300km a
mais).Falaram, porém, que a outra estava "rota", ou seja, danificada.
11h15 - Próximo a Salta, vê-se muitas plantações de tabaco. É o "forte" da
região.
Em Salta, é uma hora a menos que Brasília (horário de verão). Curiosidade: Os táxis
são vermelhos.
12h30 - A cidade é bem grande, movimentada, com ruas estreitas de paralelepípedo.
Paramos em frente ao posto de informações turísticas de Salta, na Buenos Aires 93. Há
cabanas para aluguel na região e hotéis. Vimos que é um lugar bem frequentado por
turistas. Pegamos alguns endereços e mapas e nos deram até um guia de hotelaria e
serviços turísticos. O pessoal de lá foi muito atencioso conosco.
Fomos almoçar porque eu não estava muito bem, com um pouco de fraqueza, e o estômago
já estava reclamando.
Comemos no La Gárgola (resto, bar, pizzaria), na rua Buenos Aires 99. Telefone: 431-9137.
A comida estava uma delícia, bem temperada. Pedimos "Pollo a la Champion y Lomo a la
Champion".
O centro de turismo nos indicou para dormir umas cabanas em San Lorenzo, área bem
arborizada e bonita, próxima às montanhas e longe do tumulto do centro da cidade. Como
não encontramos as cabanas, acabamos pesquisando hotéis na própria região, que
gostamos muito, e nos hospedamos na Hosteria los Ceibos.
Endereço da Hosteria: 9 de Julio y Espanha, San Lorenzo.
Telefone/Fax: (0387) 4921621/1675.
Site: www.hlosceibos.com.ar
O local é tranquilo, e os quartos são espalhados no terreno, como cabanas. Não havia ar
condicionado, apenas ventilador. Porém, faz frio na região e não sentimos falta
daquele. A área é arborizada, bem verde, com um pequeno jardim e um parquinho para
crianças. Próximo ao hotel, há um caixa que tem Link e há onde comer.
17h - Fomos à cidade para andar um pouco e tirar algumas fotos.O comércio em Salta fecha
na hora do almoço, das 13h às 16h30, e os restaurantes abrem, durante a noite, às 20h30
ou 21h, dependendo do lugar.
Jantamos em um restaurante chamado "Café Del Pila", em frente ao caixa Link, em
San Lorenzo mesmo, próximo ao Hotel.A comida estava boa, vem bastante e o lugar é um
charme!
Comemos arroz com frango, picanha, batatas fritas e salada.Para três pessoas foi comida
demais, pois ainda servem o "Cobierto" que é uma entrada com pães e
patês.Total da conta: 69,00 (PA).
À noite, houve uma apresentação de uma orquestra em um clube próximo ao Hotel. Como o
som não estava demasiadamente alto e acabou por volta das 23h, não chegou a nos
atrapalhar.
19/12/2008 - Salta (Argentina) a
Atacama (Argentina) FOTOS - 19-12-08
Gasta-se em média 12 horas para ir de Salta até
a cidade de San Pedro do Atacama, no Chile. Além disso, para-se muito para tirar fotos,
pois o percurso é lindo e não dá para resistir!
8h10 - Saímos de San Lorenzo (Salta) rumo ao Paso Jama (travessia Argentina/Chile). Já
era um pouco tarde segundo as nossas previsões, mas tudo bem!
Pegamos uma pista na qual cabe apenas um carro, em meio a serras, que vai até a cidade de
Jujuy.
Paramos para abastecer na cidade chamada Carmem, depois de Jujuy, pois passamos por fora
desta última. A subida à cordilheira rumo ao Paso Jama começa a ser bastante sentida
após o ponto em que começa a placa da marcação da quilometragem até a Aduana.
Salta já é uma cidade alta. Porém, em outras cidades por onde passaríamos, incluído o
Paso Jama, pegaríamos altitudes respeitáveis, o que fazia com que devêssemos tomar
certas precauções.
Anteriormente, eu havia perguntado sobre os efeitos da altitude em uma farmácia de Salta.
Eles aconselharam a tomar, pela manhã, uma hora antes de começar a subida da
cordilheira, um comprimido (Dramamine, que é o nosso "dramine") para não
sentir enjoo e a comer refeição leve. Levamos lanches.
A paisagem logo no início da subida é muito linda. Há montanhas com pedras verdes e
cactos grandes com flores, o que já nos fez lembrar que estávamos indo para o deserto.
Paramos para fotografar várias vezes durante o percurso. É irresistível, o que acaba
atrasando um pouco a viagem.
No caminho, compramos artesanatos, uns pratinhos de cerâmica da cidade de Purmamarca,
Jujuy, e tiramos fotos com as vendedoras, com aqueles rostinhos nativos lindos, de
"feições indígenas".
Depois de certo trecho, pegamos a pior parte da subida. Sobe-se cerca de 1.500m em poucos
instantes. A estrada é íngreme, cheia de curvas e penhascos. A vista é incrível!
O carro vai bem devagar na altitude, não ultrapassa os 40km/h, mesmo com o pé pisando
até o fundo no acelerador. Com isso, temos tempo para apreciar bastante o trajeto, com
direito a tirar mais fotos!
Como a subida é rápida (apesar da lenta velocidade do carro) e devido às curvas muito
acentuadas, dá, inicialmente, uma certa pressão na cabeça e enjoo, mas logo acabamos
nos acostumando. Sobe-se até a altura das nuvens, literalmente falando. Em 3.600 m de
altitude, chega-se ao vilarejo de Susques.
15h - Em Susques, resolvemos almoçar. Comida bem leve: salada, lomo a la prancha, purê.
Conselho local: não se deve comer frituras, tomar refrigerantes ou bebidas alcoólicas
porque subiríamos para mais de 4.000 m e esses alimentos pioram os sintomas do mal de
altitude.
Como o meu estômago não estava muito bom, deram-me para tomar um chá de
"Poposa" após o almoço. São folhas de uma planta da região que são
próprias para o mal de altitude. Todos nós bebemos um pouquinho. Dali a pouco eu já
estava bem melhor, já adaptada às alturas e pude curtir mais as paisagens de tirar o
fôlego!
Duas coisas imprescindíveis a se fazer em Susques: abastecer o carro e sacar dinheiro
(há um "caixa" Link na ruazinha principal).
Eram quase 16 horas quando deixamos Susques. Há apenas dois postos de combustível no
local: o do povoado (só tem a bomba) e outro, onde abastecemos, que fica do lado esquerdo
do asfalto, depois que se sai do vilarejo. Optamos por este último, porque disseram que
era melhor.
Já de volta ao trajeto, avistamos lhamas, jumentinhos (muitos deles), flamingos,
pássaros. Vimos areias de diversas cores, montanhas de diversos tons. Cada montanha era
diferente, era especial, precisávamos fotografar...
Não dava para ficar muito tempo dentro do carro. A natureza é irresistível. Paramos
muito. Certas horas, a paisagem parecia nos intimar a descer e contemplá-la de perto,
precisávamos respirar aquele ar puro, sentir o vento gelado no rosto (e põe gelado
nisso! Pegamos 5ºC!). É inexplicável! Não existem palavras que descrevam aquelas
sensações!
Vimos também salares inacreditáveis! Pareciam miragens ao longe. O Vítor, inclusive,
tentou andar sobre um, mas o local ainda estava úmido e ele acabou ficando com o tênis
imundo e molhado com sal. Rimos muito!
18h - Chegamos no Passo Jama (aduana) depois de passarmos por deslumbrantes paisagens.
Não demorou muito o atendimento. Lá, havia um quiosque para vender lanches. Aproveitamos
para levar sanduíches, pois chegaríamos muito tarde no Atacama e ainda enfrentaríamos
outra aduana.
No Paso Jama, conhecemos um viajante de moto, indo para a Argentina, que estava tentando
comprar combustível (Diesel). Não havia combustível em lugar nenhum por aquelas bandas
nem caminhão para fornecer para ele um pouco. Ali, na Aduana Argentina, estão
construindo um posto, mas não estava funcionando ainda.
Passamos pela placa do limite internacional Argentina/Chile. Estávamos a 4.320 de
altitude e subiríamos mais que isso, o que não nos afetou em nada! Já havíamos nos
adaptado perfeitamente! Além disso, naquele paraíso, difícil encontrar quem não se
adapte facilmente!
Passamos por mais paisagens deslumbrantes. Paramos em um mirante para fotografar. Que
espetáculo! Só havíamos nós, a Natureza e Deus como testemunha! Na estrada, às vezes,
ficávamos até 2 horas e 30 minutos sem cruzarmos por um único carro.
Mais tarde um pouco, paramos para fotografar e apreciar o por do sol maravilhoso da
cordilheira andina: O céu, bem azul, começou a cobrir-se de tons dourado e vermelho ao
se aproximar da linha do horizonte, e, lentamente, vimos a enorme bola amarela desaparecer
para dar vez à noite fria das montanhas.
Perto do Atacama, começamos a descer bem rápido. A descida é reta e bem acentuada, o
que fez com que o governo construísse, às margens da estrada, em determinados trechos,
pistas de desaceleração.
Essa medida visou principalmente a auxiliar os caminhoneiros que passam pela região.
Estavam ocorrendo, ali, muitos acidentes mortais com caminhoneiros que perdiam o controle
da direção ou o freio de seus caminhões falhava.
A iniciativa ajudou muito, mas, com a velocidade demasiada, soubemos que, apesar do
esforço do governo, muitos motoristas ainda perdem suas vidas por lá.
21h15 - Chegamos na aduana chilena, que já é na entrada de San Pedro do Atacama. Demorou
muito porque um ônibus peruano chegou antes de nós. A fila estava imensa e, para
completar, a lâmpada da sala em que estava a nossa atendente pifou. O Marcelo resolveu
imediatamente o problema: iluminou, com o celular dele, os papéis que ela estava
preenchendo! (meu MacGyver!)
22h - Exaustos, deixamos a aduana chilena. Ficamos hospedados no Hotel Camino del Inca. O
lugar é simples, mas limpo e com excelente atendimento feito pela Daise, funcionária e
moradora do lugar, que o tempo todo se mostrou prestativa e simpática.
20/12/2008 - San Pedro do Atacama
(Chile) FOTOS - 20-12-08
8h - Levantamos e tomamos o café no próprio hotel. O café não estava incluído na
diária, mas combinamos um preço e a Daise comprou tudo: suco, pão (pãozinho chileno
redondo, muito bom!), geléia (que eles chamam de mermelada) de amora, manteiga, chá e
café com leite.
9h20 - Fomos andar pela cidade e sacar dinheiro em um caixa da rede Link (você saca com
seu cartão da sua própria conta corrente em moeda local). Há na cidade dois caixas: um
que saca com cartão visa e outro que saca com mastercard. Só conseguimos sacar dinheiro
no caixa que passa o mastercard.
Tiramos algumas fotos na pracinha da cidade e na antiga igreja local, que está presente
em cartões postais de San Pedro. É uma cidade simples e pequena, composta por casas de
adobe com telhados de palha. É basicamente formada por duas ruas principais e algumas
paralelas, no que se pode considerar centro. Lá se encontram agências de turismo,
restaurantes, lanchonetes e lojas. É tudo bem simples e rústico. Não há muito que
fazer na própria cidade, lembrando que é localizada no deserto. A beleza de San Pedro
está nos passeios em seus arredores.
Compramos um passeio na agência Atacama Conection, que fica na Caracoles n.º 205 ou na
Domingo Atienza n.º 352. É uma agência confiável e fomos muito bem tratados. Ofereciam
muitos passeios como conhecer os geisers, o vale da lua, etc. Optamos por, às 16h, fazer
o passeio Laguna Cejas + Ojos Del Salar + por do sol no salar com direito a lanche e Pisco
(parece a nossa caipirinha). O preço saiu a PC 12.000 por pessoa. Pagamos PC 36.000 os
três.
Procuramos também por um passeio que fosse até a Bolívia. A Atacama Conection não faz
e nos indicaram umas três agências bolivianas que fazem esse tipo de passeio. A
duração do passeio é de 3 ou 4 dias. Mas queríamos achar um pacote por apenas dois
dias, pois não teríamos tempo.
Acabamos fechando para o dia seguinte um pacote particular na agência Colque Tours (na
Caracoles St. & Calama St. - 005655-851109). Iríamos com uma caminhonete até a
fronteira do Chile com a Bolívia e lá tomaríamos um café da manhã. No lado boliviano,
outro carro nos pegaria e iríamos conhecer o famoso Salar Uyuni (deserto de sal de 12.000
km²) e outros atrativos na região. Estaria incluído almoço, jantar e uma noite no
famoso hotel de sal. Preço do pacote para os três: PC 370.000.
Eu não estava me sentindo muito bem e comprei um refrigerante e uns biscoitos.
Mais tarde, procuramos por um restaurante. Enquanto aguardávamos a comida chegar, passei
muito mal. Sentia muita fraqueza, cansaço e enjoo. Arranjaram um sofá para eu me deitar
e trouxeram uma xícara de mate de coca, pois poderia ser devido à altitude. Como ainda
continuei com fraqueza e não conseguia andar, chamaram uma paramédica para me ver. Ela
disse que provavelmente seria uma espécie de rotavirus, contraído por alimentação,
pois os sintomas estavam associados a uma diarréia constante por dois dias, o que não
acontece devido à altitude. Passou um remédio para cortar a diarréia.
Em San Pedro, não há hospitais. Há apenas um posto de saúde (chamam de posta) e uma
farmácia que nem sempre está aberta. O hospital mais próximo fica a 100 km, na cidade
de Calama.
Voltamos ao hotel para que eu pudesse descansar.
Pensamos em cancelar o passeio do dia seguinte, mas, como eu estava um pouco melhor,
continuamos com o programado.
16h - Saímos em um microonibus rumo à laguna cejas. O local é um espetáculo. Convém,
todavia, levar chinelo para calçar até às margens da lagoa, para não correr o risco
machucar o pé devido ao terreno com sal e pedras.
A lagoa é de um azul escuro profundo, contrastando com a areia ao seu redor e todo o
deserto do local. Devido ao alto grau de salinidade na lagoa, as pessoas não afundam.
Todos flutuam na água sem aquele medo de afogamento, até mesmo quem não sabe nadar se
diverte. E olha que eu tenho pavor de água!
Quando saímos da água, havia uma pessoa da agência nos aguardando com galões de água
doce para tirar o excesso de sal que fica no corpo.
17h - Saímos para conhecer os "ojos del salar" que são, na realidade, duas
pequenas lagoas redondas, realmente lembrando um par de olhos. Nesse horário, já ventava
muito e fazia frio. Apenas um passageiro e o nosso corajoso filho Vítor pularam na água.
18h - Seguimos para a última parte do passeio, que seria conhecer um lindo salar (lago de
sal). Perto da margem, o lago é bem raso, com a parte do sal ainda secando. Dá para
andar "sobre a água" e fazer fotos incríveis de efeito. Ao final do dia, no
próprio local, assistimos a um espetacular pôr de sol, com direito a lanche e pisco
sour. Enquanto o sol se punha, a guia nos contou uma lenda de amor entre os vulcões que
ficam próximos ao salar. Depois, voltamos para o ônibus.
No caminho de volta, já noite, foi uma farra. Todos praticamente já se conheciam no
ônibus e a guia pediu um voluntário para cantar uma música. Acabaram sugerindo o
"brasileiro" do grupo, referindo-se ao Marcelo que, é claro, aceitou
prontamente. Depois, o Vítor também entrou na farra e foi cantar junto ao pai. Foi muito
divertido.
21h40 - Voltamos a San Pedro. A cidade estava bem movimentada. Havia até uma
apresentação no meio da rua. Não ficamos para ver, pois estávamos cansados e
precisávamos dormir cedo, pois, no dia seguinte, o carro que nos levaria até a Bolívia
ficou de nos buscar às 5h no hotel.
21/12/2008 - San Pedro do Atacama
(Chile) à Bolívia FOTOS - 21-12-08
5h - O carro que nos levaria à Bolívia nos pegou
pontualmente no hotel. Eu estava melhor, mas ainda com um pouco de diarréia.
Em Calama (100km de San Pedro) trocamos de motorista e seguimos até a fronteira. A
paisagem do caminho é muito bonita. Há salares com flamingos na lagoa, vicunhas
margeando a estrada e vulcões ativos. Segundo o motorista, a diferença entre a vicunha e
o guanaco (este vimos muito ao sul da Argentina e Chile) é que aquela é mais
"magrelinha".
10h30 - Chegamos ao povoado da divisa Chile/Bolívia. Eu já estava desesperada por um
banheiro. É um povoado pequeno, simples, no meio do deserto. Rodamos atrás de um
restaurante aberto onde pudéssemos tomar um café e usar o banheiro. É imprescindível
andar com papel higiênico, pois é artigo raro de se encontrar nestes lugares. Acabei
pedindo à dona do estabelecimento que me vendesse um rolo, pois o meu não daria. Ainda
bem que ela aceitou!
Tomamos um café no local. Eu, como não estava muito bem, tomei um chá de
"poposa" para diarréia e comi um pedaço de pão. Depois, pegamos a fila da
aduana.
Mais uma vez, surgiu a vontade de ir ao banheiro. Para minha surpresa, não deixam usar os
banheiros da aduana. Novamente, tive que procurar por um restaurante. Lá, ficamos sabendo
que a demora da fila é porque a energia elétrica costuma faltar e, naquele dia, só
chegaria às 11h da manhã. Antes disso, não dá para atravessar a fronteira.
Novamente na fila, conversamos com um casal canadense e uma porto-riquenha. Iam viajar por
5 meses, conhecendo vários lugares, quem me dera!
11h20 - Já com toda a papelada pronta para atravessarmos a fronteira, eu comecei a passar
muito mal. Sentia dormência nas mãos, uma fraqueza inexplicável e não conseguia
conversar nem andar. O motorista nos levou até o posto de saúde, mas estava fechado,
porque era domingo. O Marcelo conseguiu saber onde o paramédico morava e ele veio me
atender. Fui socorrida às pressas, com a pressão super alta e com desidratação.
O Marcelo achou que eu iria morrer ali (literalmente falando). Depois do atendimento por
um paramédico super competente, chamado Esteban, o Marcelo achou melhor não
atravessarmos para a Bolívia (o guia quase não acreditou). Ficamos sabendo que a região
para a qual iríamos, Uyuni, era mais precária ainda, não havia hospitais e não
encontraríamos médicos. Resolvemos voltar. Eu estava um pouco melhor.
Tomei uma sopa ainda no povoado e voltamos para San Pedro.
No caminho, a uns 10km de Calama, de novo passei mal. O motorista perguntou se queríamos
um hospital ou uma clínica. Optamos pelo hospital. Possuíamos seguro de saúde, mas
acabamos indo para o hospital, pois achávamos que clínica tinha a mesma característica
do que no Brasil: geralmente um lugar com consultórios, com poucos recursos em matéria
de equipamentos e sem preparo para atender emergências.
No Chile, porém, o termo "hospital" significa que é o prédio de saúde do
governo (paga-se, mas o preço é menor). Quando eles dizem "Clínica"
referem-se ao nosso "hospital particular". O Marcelo entrou comigo nos braços
quase desmaiada pedindo socorro médico; os chilenos deram passagem para a maca de
emergência.
Fiquei no soro mais uma vez e fiz exames de sangue, que só ficariam prontos no dia
seguinte a partir das 13h. Pelo nosso roteiro de viagem, ficaríamos o dia seguinte em San
Pedro. Resolvemos, no entanto, dormir em San Pedro, pegar nossas coisas e passarmos esse
último dia em Calama, que possui mais recursos em termos de saúde.
22/12/2008 San Pedro do Atacama (Chile)
a Calama (Chile) FOTOS - 22-12-08
9h - Acordamos já bem descansados. O Marcelo foi
até a empresa de turismo que vendeu o pacote para a Bolívia, Colque Turismo, para ver se
eles devolveriam ao menos parte do dinheiro. Dos PC 370.000, um dos sócios só queria
devolver 20% do valor. O Marcelo foi até a Senatur e disseram que as leis chilenas
realmente só mandam devolver até 20% em qualquer situação, isso se requerido até 4
horas antes do passeio. Depois de o passeio ter sido iniciado, não são obrigados a
devolver nada.
Como foi um caso de doença, O Marcelo tentou convencê-los de que, pelo bom senso, não
seria justo. Afinal, não queríamos a devolução total do passeio, somente parte dela,
pois a única coisa que gastamos, realmente, foi a gasolina do carro até a divisa com a
Bolívia e do outro carro que lá ficou nos esperando.
Não era uma excursão contratada com outras pessoas. Não houve prejuízo para terceiros
(o carro que nos levou foi contratado por fora para esse passeio). Como não atravessamos
a fronteira, não houve despesa com entrada para parques, não gastamos diária de hotel,
não almoçamos nem jantamos (tudo isso estava incluído). Enfim, o gasto foi apenas com o
combustível, e a desistência não foi por nossa vontade, até o motorista ficou
assustado com a situação e concordou conosco.
Sem ter o problema resolvido pela Senatur, o Marcelo voltou à Colque Turismo.
Explicamos novamente toda a situação para um outro sócio da empresa, que, finalmente,
entendeu o ocorrido e resolveu devolver PC 110.000, que já era um pouco mais justo.
Conseguimos mostrar que foi um fato isolado e inesperado o que aconteceu. Achamos que
ninguém tem culpa, nem nós nem a empresa de turismo que nos vendeu o passeio. Se eles
realmente quisessem, como as leis chilenas garantem, eles não precisariam devolver nada.
Porém, acabamos chegando a um acordo, que de certa forma beneficiou ambas as partes.
Por isso, não deixaremos de indicar a agência Colque Turismo. É uma agência séria, o
atendimento é bom, respeitaram tudo o que foi acertado para o passeio e foram pontuais
com o horário.
Almoçamos no hotel, fechamos a conta para irmos para Calama e, já na rua, entrando no
carro, conhecemos um casal de brasileiros, do interior de São Paulo, Fernando e Márcia.
Conversando com eles estava o brasileiro Cláudio, um mochileiro solitário, vindo de
Barreiras/BA.
Conversa vai, conversa vem, descobrimos que o Cláudio havia tentado comprar passagem para
Calama e tinha conseguido lugar somente para dali a dois dias. Ele perguntou se não
podíamos levá-lo até Calama. Concordamos em levá-lo até lá. Ele fechou rapidinho a
sua conta no hotel em que estava e partimos.
Deixamos o Cláudio na Rodoviária de Calama, como ele pediu, e fomos para a Clínica Loa
para que eu fizesse alguns exames. Lá, tomei mais soro, pois comecei a passar mal. Nos
resultados do exame, não apareceu nada de grave, graças a Deus. Mostrava apenas um
quadro de inflamação, e não de infecção, que, segundo o médico, poderia ser uma
gastrite, com diarréia, resultado de algo na alimentação (suspeita de intoxicação
alimentar).
20h50 - Fomos dormir em um hotel próximo ao hospital, de nome Hotel Palmeira.
Ficamos sabendo que não seria bom sair após as 21h, pois é perigoso circular em Calama
à noite.
Fomos informados também que de Calama a Arica daria umas 10 horas de viagem.
23/12/2008 - Calama (Chile) a Arica
(Chile) FOTOS - 23-12-08
8h - Acordamos e tomamos café no próprio quarto,
porque a diária do hotel não incluía o café da manhã. Pagamos o hotel, PC 25.000,
abastecemos o carro e, às 9h, deixamos Calama, com o tempo bem frio. Aliás, na cidade
faz frio à noite e no início da manhã. Isso porque estávamos no deserto e mesmo no
verão as temperaturas na parte da manhã e da noite são baixas.
Na estrada, paramos para tirar algumas fotos do deserto e pegar algumas pedras de
lembrança (eu tenho em casa uma vasilha de madeira contendo pedras coloridas, de todos os
locais que já conhecemos). Parou ao nosso lado na estrada um chileno que estava dirigindo
um caminhão amarelo. Ele veio até nós, falando "portunhol" e se apresentou
como Roland. Disse que ama o Brasil e o seu sonho é chegar ao nosso país com o seu
caminhão. Ele tentou uma vez, mas acabou desistindo no caminho. Achou muito cansativo.
Mesmo assim, disse que um dia tentará novamente.
11h5 - Passamos pela cidade de Quillaga. É um oásis no deserto. Depois de não vermos
verde no caminho, apenas rochas e areia, passamos por um lugar com área verde. Havia até
árvores! Na cidade, há uma aduana de controle para quem trás compras de Arica, que é
uma cidade fronteiriça e possui zona franca.
12h20 - Paramos para almoçar no restaurante "El Rotito". A comida estava muito
boa. Comemos "carne a la cacerola" e arroz curry. Pedimos dois pratos: um com
arroz e um com purê. Daquele momento em diante, nada de salada!
Pagamos pelo prato do dia PC 2.500 mais PC 150 pelo uso do banheiro (no Chile é comum
pagar para usar o banheiro e, pasmem, eles dão recibo!).
Resolvemos abastecer no posto Copec em frente. Mas, como o atendimento demorou demais,
resolvemos procurar outra opção.
1h15 - Passamos por postes de iluminação na pista que são abastecidos por energia
solar. É muito legal ver que aproveitam a escassez de chuvas para economizar energia, a
Natureza agradece!
1h15 - Paramos para abastecer no posto Esso, no pazo Almonte. Havíamos sido informados
que deveríamos abastecer ali, pois é o último posto de gasolina antes de Arica, que
fica a 300 km mais adiante.
14h15 - Curiosidade: no meio do deserto, passamos por um trecho com árvores do lado
esquerdo e deserto do lado direito.
14h50 - Começamos a descer numa pista cheia de curvas, ao lado de um cânion bem
profundo. Pista perigosa, muito perigosa!
18h - Depois de muito sobe e desce, finalmente chegamos à cidade de Arica. A cidade é
uma gracinha e fica à beira-mar. Procuramos por hotel e acabamos optando por nos hospedar
no Hotel Las Palmas II, Arturo Prat n.º 588. É simples, silencioso, limpo, tem café da
manhã e Internet. O quarto triplo saiu a PC 24.000. Não possui estacionamento privativo,
mas dá para colocar o carro em frente à entrada do hotel e há vigia noturno.
19h - Saímos para comer alguma coisa. Optamos por frango assado com batatas fritas, em um
lugar simples, próximo ao hotel. Depois, fomos andar na Avenida 21 de mayo, que é bem
movimentada. Passamos por uma feirinha de artesanato e lojas de equipamentos eletrônicos
no local e acabamos comprando algumas lembrancinhas lá mesmo.
Mais tarde, mortos de cansados, fomos para o hotel dormir.
24/12/2008 - Arica (Chile) a
Arequipa (Peru) FOTOS - 24-12-08
9h33 - Deixamos o hotel em Arica. Comprei logo o
meu gatorade para repor as energias perdidas com a diarréia. Ao pararmos para tirar fotos
da orla de Arica, novamente eu passei mal. O Marcelo foi comprar umas bananas para eu
comer e tentou encontrar água de coco para comprar (não existe nem em pensamento!).
Esperamos um pouco no carro enquanto ele ligava para o seguro saúde, mas não precisou,
porque acabei melhorando depois de comer a banana.
10h20 - Enfim, conseguimos sair de Arica.
10h40 - Paramos na aduana chilena.
11h20 - Paramos na aduana Peruana, Complejo Fronteirizo Santa Rosa, Tacna/Peru.
12h25 - Finalmente estávamos no Peru.
12h45 (horário até então) - Paramos para comer em Tacna, no Restaurante Don Leo.
Descobrimos que a hora local é duas horas a menos.
No restaurante, conhecemos um garçon de nome José. Ele é um venezuelano que foi morar
com sua mãe no Brasil, em São José do Rio Preto, quando ele tinha apenas 3 meses de
idade. Quando José estava com 9 anos, sua mãe o levou para o Peru, para sua tristeza. No
Peru, a vida dele é sofrida e ele nunca se acostumou aos hábitos peruanos.
José é louco pelo Brasil, fala português perfeitamente, mas sua mãe não consegue
voltar porque está com problemas com a imigração. Mas ele disse que pretendia em 2009
voltar para o Brasil e não ia desistir de tentar.
Almoçamos peixe com arroz e batatas, que estava uma delícia por sinal! Quanto ao nome do
peixe, entendemos como sendo algo assim: "cojivano", mas não sabemos se é esse
o nome. Aproveitamos para provar a famosa Inka Cola (que passou no teste). É o
refrigerante preferido dos peruanos e, durante a viagem, passou a ser o nosso também.
Olha que lá tem coca cola!
O refrigerante é gostoso. Possui um amarelo bem forte e, apesar de a fórmula ser um
mistério, estudiosos dizem ter milho na sua composição. José nos disse que perceberam
em testes também a existência de um pouco do nosso "capim santo", ou erva
cidreira. O sabor lembra um pouco o guaraná jesus (aquele cor de rosa) vendido no
Maranhão.
12h10 (horário peruano) - Trocamos, dentro de uma farmácia que possui um pequeno
quiosque de câmbio, pesos chilenos por soles (1.900 soles) e descobrimos que um sol
equivalia a quase um real.
Pagamos pelo almoço 38 soles. Aproveitamos para nos despedir do José e desejar-lhe muita
sorte. Paramos na feira (uma espécie de mercado central) que fica em frente ao
restaurante e ao lado da rua principal para comprar umas bananas (plátanos) e seguimos
viagem.
12h30 - Abastecemos o carro e deixamos Tacna para trás.
13h - Paramos na aduana (SUNAT) depois de Tacna. A aduana anterior, aquela do Fronteirizo
Santa Rosa, é muito bagunçada. Além de terem errado o preenchimento dos nossos papéis,
deixaram de anotar a data de permanência no país em um deles. Sem essa data não
poderíamos passar. Os policiais da Sunat foram bem simpáticos, ligaram para a outra
aduana, resolveram a situação e eles mesmos perguntaram quantos dias pretendíamos ficar
no Peru e assinalaram bem mais dias do que lhes dissemos. Em 15 minutos, resolveram tudo e
nos desejaram boa viagem.
14h28 - Em meio a um vale maravilhoso, a 7 km de Moquegua, o celular do Marcelo funcionou
em home. O Marcelo tentou ligar para o Matheus no Brasil, mas apareceu uma mensagem em
espanhol dizendo que aquele número não estava registrado.
14h32 - Passamos por uma ponte e, logo após ela, vimos um posto de pedágio, mas a
passagem estava liberada.
15h23 - Passamos por outro pedágio que não foi cobrado.
15h40 - Mais um vale maravilhoso, um oásis no meio do deserto com plantações de arroz.
Começamos a subir as montanhas e pegar um trecho com curvas muito perigosas. Estávamos a
cerca de 69 km da cidade de Arequipa. A estrada exigia muita atenção, pois beirava o
abismo o tempo todo.
17h - Pagamos o primeiro pedágio peruano: 5 soles.
17h25 - Paramos para abastecer em um posto já perto do centro da cidade de Arequipa.
Colocamos Gasolina Primax X 90, que custou 12,99 soles o galão. No Peru, a gasolina é
vendida por galão. Um galão possui em média 3,5 litros.
Que loucura o trânsito da cidade!
Arequipa possui ruas estreitas de paralelepípedo e uns táxis amarelos (quantos deles!)
também pequenos, acho que para caber nas ruas. Todos andam em alta velocidade buzinando o
tempo inteiro. A preferência parecia ser de quem chegasse primeiro e desse uma
"buzinadinha". É engraçado!
18h25 - Chegamos ao Hostal Latino, na Carlos Llosa 135, Telefax: 054-244770, onde
pernoitaríamos. O Hostal fica em uma rua tranquila, larga, longe da "muvuca".
Possui quartos bons, garagem para o carro e local para comer. Podemos escolher no
cardápio o que desejamos e eles mandam preparar na hora. Sai tudo bem fresquinho e bem
temperado. Enquanto nosso jantar era preparado, subimos para arrumar nossas malas e tomar
um bom banho.
20h - Jantamos e fomos, a pé, para praça de armas, assistir a uma missa na Catedral.
No caminho, paramos numa lanchonete para usarmos o banheiro e, já perto da praça, senti
falta da minha Carteira de Identidade que estava no bolso da calça. Voltamos rapidinho o
caminho para a lanchonete e, graças a Deus, o documento estava no chão do banheiro. O
dono já estava fechando a lanchonete. Já pensou que transtorno seria ficar sem a
Carteira de Identidade no exterior? Não gosto nem de me lembrar do ocorrido...
A cidade fica linda no Natal. Muitas luzes enfeitam as ruas e todos vão para a praça de
armas.
A missa foi muito bonita. Dentro da Catedral, na parte traseira, montaram um presépio de
tamanho natural. O menino Jesus é erguido no altar, para que todos o vejam, e é levado,
sob o aplauso emocionado de todos, até o seu lugar no presépio.
À meia noite, acontece uma queima de fogos na cidade, como se fosse o nosso reveillon,
mas nós só escutamos. Não presenciamos, porque estávamos cansados e resolvemos andar
apenas um pouquinho, tirar algumas fotos da praça e voltar para o hotel, pois
seguiríamos viagem na manhã seguinte. Voltamos de táxi para testar os pequeninos
veículos.
21h30 - Já no hotel, fizemos nossa prece de Natal. Aproveitamos para abrir o panetone que
o nosso filhão Matheus, que não viajou conosco, tinha nos dado. Celebramos um pouco e
fomos dormir, pois, no dia seguinte, Nazca nos esperava!
25/12/2008 - Arequipa (Peru) a Nazca
(Peru) FOTOS - 25-12-08
9h10 - Deixamos Arequipa.
11h30 - Na Panamericana (beirando o Oceano Pacífico), em Camana, paramos para almoçar em
uma das barraquinhas à beira-mar. O caminho era meio isolado e ficamos com medo de não
encontrar muita coisa pela frente. O lugar era bem humilde, mas a corvina que comemos com
arroz e batatas estava bem gostosa.
O problema foi banheiro. Com muito custo, a dona da barraquinha me deixou usar um
banheiro. Eu estava "apertadíssima" e, inicialmente, ela me disse para usar o
mar, como fazem. Percebi, contudo, que, na realidade, ela estava com vergonha da
simplicidade do local.
Além disso, eu não estava disposta a entrar no oceano gelado para resolver a questão.
Não estava vestida adequadamente para isso (usava jeans), e lugares simples nunca foram
problema para mim. Acabei insistindo com ela, que, depois de pensar um pouco, desapareceu
da barraquinha. Depois de um tempinho, retornou e me levou, finalmente, até o banheiro na
entrada de madeira ao lado da sua barraca. Percebi que ela havia acabado de jogar água
contendo cloro para limpar o lugar, que era bem simples, mas estava limpo. Vimos que ela
estava constrangida por sermos estrangeiros.
12h15 - Paramos para abastecer no único posto que vimos funcionando, posto Repsol.
Porém, mais à frente, na cidadezinha de Camana, vimos outros dois postos e também
restaurante.
12h35 - Passamos por uma paisagem muito bonita: plantações de arroz a perder de vista,
que, à distância, parecem ter sido feitas às margens do Pacífico. Muito lindo o
contraste do verde da plantação com o azul escuro do oceano.
14h25 - Passamos por um pedágio inativo em uma cidadezinha cujo nome não me recordo.
Lá, vimos um posto de gasolina. Foi o primeiro que vimos desde Camana. A cidade pareceu
ser também um pouco melhor do que a outra.
O percurso na panamericana é realizado, quase sempre, à beira de penhascos e com vistas
do Pacífico. Um pouco mais afastado da beira mar, há um trecho na estrada em que
praticamente toda a pista está coberta por areia. Isso deixa a pista perigosa e deve-se
redobrar o cuidado. A nossa sorte é que não havia muito trânsito de veículos. Como era
feriado, 25/12, cruzamos com poucos carros.
17h45 - Chegamos a Nazca. É uma cidade pequena e, para nossa surpresa, muito suja
também! Como é famosa, achávamos que teria um pouco mais de recursos, como em Arequipa.
Procuramos por hotéis na cidade pesquisando no nosso guia e na nossa listagem de dicas da
Internet. Andamos pela cidade e vimos um albergue bem simples, mas o sol batia bem de
frente no quarto onde dormiríamos e não havia garagem no local, o que para nós era
prioridade.
No meio da cidade, fomos abordados por uma moça. Ela era uma espécie de "corretora
de turismo" e nos indicou um hotel três estrelas. Fomos com ela até o endereço
indicado e acabamos nos hospedando lá mesmo. O hotel é excelente: silencioso, garagem,
quartos bons e limpos, frigobar, ar condicionado. Possui ainda um pátio interno com
piscina, espreguiçadeiras para descansar e Internet.
Nome: Don Agucho Hostal. Endereço: Av. Los Mastros n.º 100y, Avenida Los paredones. Tel:
(056)522.048. Não é um dos hotéis mais baratos que ficamos, mas, como a cidade não tem
muita opção, compensa o preço pago. Valor da diária no quarto triplo: 130 soles.
Fechamos com a "corretora de turismo" também um pacote de sobrevoo às famosas
linhas de Nazca para as 10h do dia seguinte. Ela nos recomendou que não bebêssemos nem
comêssemos nada 2 horas antes do voo. Descobriríamos depois do passeio que isso
realmente deve ser levado a sério!
20h - Jantamos no próprio hotel. A dona pediu frango com fritas pelo telefone para
comermos, pois, além de ser feriado, época difícil de encontrar restaurante aberto,
estávamos exaustos! Comemos e caímos na cama!
26/12/2008 - Nazca (Peru) FOTOS - 26-12-08
8h - Acordei muito bem. Pela primeira vez não
tive diarréia. Que alívio! Também, resolvemos cortar saladas do nosso cardápio há uns
três dias. Passamos a comer só frutas que pudessem ser descascadas e legumes cozidos.
Passamos a ser consumidores em potencial de bananas, que, em alguns lugares, são chamadas
pelo nome em espanhol: plátano.
O café da manhã do hotel é bom. Vimos que, devido à altitude, em praticamente todos os
hotéis peruanos servem chá de coca. É comum o uso para os males do estômago. E em
lugares mais altos veríamos que realmente é necessário!
9h20 - Saímos para sacar soles na cidade. Depois de muito tentar tirar dinheiro, quase
que em pânico, descobrimos que nos caixas de lá só se tira de 100 em 100 soles. Não
adianta, por exemplo, tentar sacar 300 soles de uma só vez, como estávamos fazendo até
então.
10h - O pessoal do passeio até as linhas de Nazca nos pegou pontualmente no hotel. No
pequeno Aeroporto Maria Reiche Neuman, pagamos uma taxa de embarque e nos deram um mapa
para acompanhar o sobrevoo. Esperamos por um bom tempo para sermos chamados, porque o
local estava lotado de turistas. Aviões pequenos subiam e desciam o tempo todo, até que,
enfim, chegou a nossa vez!
Mapas na mão e lá fomos nós!
O sobrevoo é fantástico, mas, com tantas reviravoltas, as pessoas costumam passar mal,
ou simplesmente "marear", segundo eles. Foi muito boa a recomendação para não
comermos nada. Mesmo assim, com tanto vai e vem no ar, o Vítor e o Marcelo voltaram
sentindo náuseas. (Convém tomar "Dramin" para enjoo antes de voar).
Estômagos à parte, o passeio é incrível!
São figuras geométricas, humanas, de animais (na sua grande maioria) e plantas gravadas
no deserto de Pampa Colorada, ao Sul do Peru. O tamanho dos desenhos é enorme, alguns
chegam a mais de 300 metros de extensão, o que faz com que sejam perfeitamente visíveis
apenas com o sobrevoo local. Há um mirador na região, de 12 metros de altura, porém só
dá para se avistar a figura da "mão" e da "árvore" e algumas linhas
retas, não mais que isso. Por isso optamos apenas pelo sobrevoo.
Devido ao tamanho e à precisão dos desenhos, a origem das linhas de Nazca é um
mistério. Foram descobertas pelos cientistas em 1927, mas construídas na época
pré-inca, antes de Cristo, tempo em que não havia ferramentas nem tecnologia (ainda mais
que os desenhos só são visíveis a centenas de metros de altitude, como teriam feito
isso?).
Há várias teses sobre seu surgimento: há quem diga que serviram de calendário solar e
lunar, calendário astrônomo e agrícola (versão mais aceita) e até quem diga que foram
feitas pelos extraterrestres! Esta última teoria se deve ao enorme desenho humano do que
parece ser um astronauta. Astronauta naquele tempo?
Independentemente das teorias, o fato é que os enormes desenhos estão lá e são bonitos
de serem vistos. Não é à toa que as linhas de Nazca foram consideradas patrimônio da
humanidade pela Unesco. Há vários desenhos, mas os mais famosos e visíveis são: o mono
(macaco), o colibri (beija-flor), o condor, a ballena (baleia), o perro (cachorro), a
aranha, o papagallo (papagaio), o astronauta, entre outros.
12h40 - Já de volta ao hotel, resolvemos pedir comida, mais uma vez, por telefone (o
próprio hotel faz a ligação e encomenda o que você pedir). O lomo (bife de filé) com
batatas fritas e salada saiu a S: 26,00. Pedimos 2 lomos com fritas e dispensamos as
saladas, pois não queríamos arriscar. Pedimos também duas porções de arroz. Acabou
sobrando bastante comida. Desfiei o frango para, se fosse o caso, colocar em sanduíches.
À tarde, com todos um pouco melhor, resolvemos aproveitar para tomar um banho de piscina
e descansar. Foi bem relaxante!
18h - Saímos para a cidade. Compramos camisetas de lembranças e fomos informados pela
dona de uma loja que Cuzco é uma cidade muito alta e, comumente, as pessoas se sentem mal
devido à altitude. Seria bom comprar umas "pastilhas" (comprimidos) para evitar
o que eles chamam de "soroche" ou "mal da altitude". Compramos as
pastilhas e o farmacêutico nos orientou a tomar uma antes de subir e outra quando já
estivéssemos no alto.
Jantamos em um lugar bem charmoso, de madeira, onde eles assam frango na hora, fica em
frente à praça de armas, e depois voltamos direto para o hotel.
Em Nazca há mais coisas para se ver: O Cemitério Chauchilla, que fica a 30km de Nazca,
os aquedutos e o Museu Didáctico Antonini. Como estava programado ficarmos apenas um dia
em Nazca, optamos opelo sobrevoo sobre as linhas, que foi muito gratificante!
Fomos dormir cedo porque, na manhã seguinte, seguiríamos para Cuzco.
27/12/2008 - Nazca (Peru) a Cuzco
(Peru) FOTOS - 27-12-08
7h55 - Tomamos chá de coca no café da manhã. Eu
tomei Dramin para não sentir enjoo. Deixamos para tomar as pastilhas contra o
"soroche" só se fosse realmente necessário.
Deixamos Nazca e logo já começamos a subir as montanhas. A estrada não é boa. Há
muitas curvas, buracos na pista e em alguns pontos a pista fica estreita.
9h - Vimos uma placa indicando um posto de saúde no meio das montanhas.
9h45 - Passamos por uma região cheia de Vicunhas.
10h5 - Por incrível que pareça, pagamos pedágio justamente em uma estrada que não
estava boa. S: 3,90.
10h37 - Passamos por um vilarejo chamado Lucamas.
11h5 - Abastecemos em Puquio. Entre Lucamas e Puquio a estrada (10 km) estava péssima.
Foi o pior trecho pelo qual havíamos passado até então. Muitos buracos. Não dava para
dirigir a mais de 30km/h.
11h35 - Na estrada depois do trecho ruim, tivemos que parar para esperar um monte de
lhamas atravessar. Que espetáculo esse convívio com a Natureza! Mais adiante, nós
avistamos lagos contendo flamingos.
13h27 - Na altura do povoado Negro Mayo, sobre as montanhas, pegamos nossa primeira chuva
desde que deixamos o território brasileiro.
14h37 - A 342km de Cuzco pagamos o 4.º pedágio peruano. S: 3,90.
15h5 - Paramos para abastecer em Chalhuanca. A cidadezinha é até grande, comparada às
outras que vimos pelo caminho. Há lojas, escolas, hospital, características de uma
cidade maior.
16h10 - Pagamos o 5.º pedágio no Peru, a 250km de Cuzco.
16h45 - Por volta das 15h10, a estrada começou a descer e descer muito por um bom tempo,
sempre ao lado de um rio, e que rio! Sabíamos que em certo ponto voltaríamos a subir,
porque Cuzco possui altitude média de 3.400 metros.
Realmente, voltamos a subir. O rio foi para esquerda e nós para a direita rumo às
montanhas. Foi uma subida rápida. Logo atingimos a altura das nuvens. Algumas pessoas
sentem um pouco de pressão na cabeça na subida, mas logo essa sensação é normalizada.
Se ocorrer dor no estômago, que foi o meu caso, é só tomar omeprazol que resolve.
No alto, porém, tivemos como recompensa um momento espetacular: como era final do dia, o
sol, em tom dourado, batia no alto das montanhas cobertas de neve, propiciando aos nossos
olhos uma visão simplesmente Divina! Descemos do carro, apesar do frio (5ºC) e do vento
cortante, para tirar umas fotos e, boquiabertos, contemplar o lugar...
Continuamos o nosso trajeto e pagamos mais um pedágio.
21h30 - Chegamos a Cuzco. O nome originário da palavra, na língua quéchua, era Qosco,
cujo significado é "umbigo do mundo".
A cidade é grande. Rodamos bastante procurando pelo hotel que nos foi indicado em
Arequipa. Quando finalmente conseguimos localizá-lo, não havia vaga. Procuramos em
outros hotéis, mas também estavam lotados. Só possuíam vaga os hotéis caríssimos da
cidade. Decidimos dormir em um hotel em que dormiríamos em quartos separados: eu e o
Marcelo ficaríamos em um quarto de casal e o Vítor ficaria em outro quarto, com banheiro
compartilhado, em outro andar. Dormiríamos somente por uma noite e procuraríamos por
algo mais barato no dia seguinte.
Pagamos no quarto duplo S: 75,00 e no simples S: 50,00.
28/12/2008 - Cuzco (Peru) FOTOS - 28-12-08
8h - Amanheci com diarréia. Pois é, voltou!
Tomamos café da manhã e saímos para procurar hotel na cidade. Comecei a passar mal
novamente. Os mesmos sintomas: fraqueza, pressão alta, mal estar e novamente fomos para
uma clínica indicada pelo seguro viagem.
Depois de relatarmos toda história ao médico novamente, ele resolveu me internar para
fazer exames. Enquanto isso, o Marcelo foi procurar hotel. Estávamos com uma dica da
Internet de um local chamado "La Casa de Mi Abuelo". Localiza-se na Calle Nueva
Alta 785, Fones: 255-837/232-242, e-mail: lacasademiabuelo@terra.com. Fica a 5 minutos da
Plaza de Armas e é perto da estação de trem para Machu Picchu. O Marcelo gostou muito
de lá, o que eu concordaria com ele depois. Deixou o Vítor hospedado e retornou para o
hospital.
No hospital, tomei medicamento para uma inflamação que apareceu no intestino e passamos
a noite lá. Descobrimos também que eu estava com verme e me deram vermífugo.
Finalmente havíamos descoberto o que era a doença desde o princípio: VERME!! Não
sarava porque estava tomando remédios para infecção intestinal, e não para vermes.
A clínica onde fiquei internada em Cusco era nova, com quartos enormes, e tivemos bom
atendimento.
29/12/2008 - Cuzco (Peru) FOTOS - 29-12-08
12h - Depois de ter almoçado no hospital, recebi
alta e fomos para o hotel. Daquele dia em diante, graças a Deus, não sentiria mais nada.
Enfim, o problema estaria definitivamente resolvido.
No hotel, conheci a Sônia. Que pessoa simpática e carinhosa com todos! Ela, com o marido
e o filho são os donos da "Casa de Mi Abuelo". O nome do hotel é por causa do
avô dela, cuja foto está no "folder" do local. Detalhe importante: adoram
brasileiros e são acostumados a recebê-los!
Fomos muito bem recebidos. O local é excelente: limpo, tranquilo, há banheiro privado,
as camas são boas, tem Internet e o café da manhã está incluído. O preço é bem
atrativo: S 75,00 o quarto para três pessoas. Como em Cuzco faz bastante frio e devido à
altitude também, a Sônia tem sempre água quente nas garrafas e folhas de coca para quem
quiser ou precisar tomar um chá.
Mas o melhor de tudo isso é o tratamento carinhoso que é dispensado aos hóspedes. A
Sônia faz ainda o papel de "agência de turismo". Ela dá excelentes dicas de
passeio, telefona para pedir informações quando necessário, faz reservas...
No hotel, conhecemos dois brasileiros: os amigos Jarbas, de Curitiba, e Jeane, professora
de história no Rio Gde do Sul. Logo fizemos amizade e passamos a fazer nossos programas
juntos, inclusive ir para Machu Picchu.
A Sônia nos informou que deveríamos comprar passagem para Machu Picchu até às 17h na
Peru Rail. Lá, compra-se a passagem diretamente no balcão, sem o intermédio de agência
de turismo. Decidimos todos fazer o sugerido.
16h - Paramos em um caixa automático para sacar dinheiro e fomos para a Peru Rail (eles
recebem dólares ou soles) comprar as passagens. As filas estavam enormes. Tivemos uma
desagradável surpresa: só havia passagem saindo diretamente de Cuzco para Águas
Calientes (Machu Picchu Pueblo) no dia 2 de janeiro, o que não daria para nós.
Mas estávamos determinados: não sairíamos do Peru sem conhecer Machu Picchu. Afinal,
era o ponto marcante da nossa longa viagem!
Compramos passagem, então, para o trem que saía da cidade mais próxima, Ollantaytambo,
às 18h58 do dia seguinte, 30/12. Na volta, sairíamos de Machu Picchu às 5h35 do dia
1.º/01 (depois do Reveillon. Não dormiríamos nada!). Mas, como se diz, era pegar ou
largar!
Há para Machu Picchu trens para todos gostos e bolsos: o mais luxuoso, obviamente mais
caro, é o Hiram Bingham, seguido pelo Vistadome.
Nós optamos pelo trem mais econômico: Back Packer. Preço da passagem para Machu Picchu:
62 dólares por pessoa, ida e volta. Crianças até 12 anos pagam metade da passagem.
Na ida, pegaríamos um táxi (ou Van) até Ollantaytambo (duas horas de viagem) e de lá
iríamos de trem até Águas Calientes (cerca de uma hora e trinta de viagem).
Na volta, faríamos o trajeto inverso: trem de Águas Calientes até Ollantaytambo e táxi
até Cuzco.
18h - Na "Casa de Mi Abuelo", a Sônia conseguiu, depois de muito pesquisar,
pois estava quase tudo lotado, um hotel para ficarmos em Águas Calientes. Já deixamos as
reservas feitas.
Depois, saímos para jantar em um restaurante chinês com o Jarbas e a Jeane. Todos
gostaram. Eu achei o tempero um pouco diferente da "nossa comida chinesa". Mas
valeu! No local, acabamos encontrando mais três brasileiros: o Ivan, que mora em Santa
Cruz de La Sierra, na Bolívia, e um casal do Rio Grande do Sul. Tiramos fotos juntos para
guardar de recordação, mas foi na máquina da Jeane e ela ficou de nos mandar depois por
e-mail. Encontro de brasileiros na América Latina sempre é uma festa!
De volta no hotel, pegamos mais uma dica preciosa da Sônia: para fazer ligações
internacionais para telefone fixo, compensa comprar o cartão internacional que custa 3
soles e dá para falar até uma hora.
30/12/2008 - Cuzco (Peru) até Águas
Calientes (Machu Pichu Pueblo) (Peru) FOTOS - 30-12-08
8h - Acordamos, tomamos café e fomos comprar
algumas lembranças na Feira de Artesanato de Cuzco, Avenida El Sol, próximo à Peru Rail
(onde compramos a passagem para Machu Picchu).
Uma coisa bem bacana de levar de presente é o jogo de xadrez (incas X espanhóis). É bom
pechinchar e verificar os modelos, pois há preços variados e tipos diferentes. Algumas
peças são talhadas à mão, feitas em madeira, e outras são feitas de cerâmica.
Comprei um por 28 soles, depois de andar bastante, todo em madeira.
Também você encontra no local álbum de fotografia com capa de couro (desenhos
peruanos), na faixa de 35 soles e ainda agendas, camisetas por 7 soles (quase de graça!),
pratos decorativos em cobre, canecas, roupas em lã, mochilas de couro, caixinhas de
madeira, e muitas outras opções. Achei o artesanato peruano muito bonito. Para mim, o
mais bonito de todos os lugares pelos quais havíamos passado. É rico em detalhes, muito
bem feito e, de quebra, possui preço menor do que na Argentina e no Chile.
Almoçamos na própria feira e retornamos ao hotel.
Compramos pão, alguns biscoitos, chocolate, água e suco para a viagem.
Choveu granizo antes de deixarmos Cusco.
15h20 - Deixamos o hotel em um táxi, por 3 soles, que nos levou até a rodoviária. Na
entrada da rodoviária, pegamos uma Van que nos levaria até Ollantaytambo (10 soles por
pessoa. Este preço é o mesmo cobrado por pessoa para ir de táxi até lá. Como
estávamos com o Jader e a Jeane e não caberíamos todos em um único táxi, fomos de
van).
15h55 - Quando a van ficou lotada (9 pessoas), partimos.
17h30 - Chegamos à estação de trem em Ollantaytambo e fomos beber chocolate quente e
comer algo até a saída do trem que nos levaria a Águas Calientes.
No local, conversei com umas jovens brasileiras. Elas disseram que estavam indo de ônibus
até a cidade mais próxima de Águas Calientes, mas que, devido às chuvas, houve
deslizamento e caiu uma pedra enorme que bloqueou a única estrada. Tiveram que retornar.
Pagaram 140 dólares pela passagem e a empresa não queria devolver o dinheiro. Elas
ficaram chocadas ao saber que a passagem de trem teria saído mais barato.
A despeito dos deslizamentos na estrada, as linhas de trem estavam funcionando
normalmente, pois o caminho era diferente.
19h10 - Deixamos a cidade de Ollantaytambo rumo a Águas Calientes (atualmente com nome
Machu Picchu Pueblo, mas praticamente todos no local só usam o nome antigo).
No trem, descobrimos outros brasileiros de várias partes do país com os quais tiramos
fotos. Havia gente de norte a sul: do Acre, Rio Grande do Norte, São Paulo, Brasília,
Curitiba, enfim, foi uma festa! Brincaram dizendo que o nosso vagão "B" levava
essa letra por ser exclusivo dos brasileiros.
A paisagem deveria ser linda, mas, como era noite, só víamos que estávamos subindo às
margens de um rio com bastante correnteza.
20h50 - Chegamos em Águas Calientes. Sorte que a Sônia havia reservado hotel para nós.
O pessoal do "Inka Tambo Lodge" já nos esperava. Ficamos em um quarto triplo,
com café da manhã incluído. Simples, mas bom. Pagamos 25 soles por pessoa.
Endereço do Inka Tambo Lodge: Jr. Juanacaure 160.
Telefone. 084-211072 / 984-938426.
Site: www.hostalinkatambomapi.com
Depois de acomodados, fomos direto comprar as entradas para Machu Picchu. O preço era 122
soles por pessoa. Menores de 18 anos pagam meia entrada.
A Jeane e o Jader estavam conosco. Comemos na pracinha, de frente a uma árvore de natal
feita com garrafa pet verde, onde há uma estátua inca.
23h - Voltamos ao hotel. Fomos dormir ao som do Rio Urubamba (de toda a cidade,
especialmente no silêncio da noite, dá para ouvir a sua forte correnteza, como se
estivéssemos próximos a uma cachoeira). Estávamos ansiosos porque, no dia seguinte,
Machu Picchu esperava por nós. Não combinamos horário com nossos amigos, porque eles
estavam mais animados: subiriam a pé até as ruínas. Nós preferimos "economizar
pernas" para andarmos dentro do parque. Então, subiríamos de micro-ônibus, como a
maioria das pessoas faz.
31/12/2008 - Machu Picchu (Peru) FOTOS - 31-12-08 -
Machu Picchu
4h20 - Acordamos e separamos o que levar na nossa
mochila para o parque: água, chocolate, fruta, biscoitos, capa para chuva, protetor solar
e repelente (dica da Internet).
Precisávamos sair cedo porque queríamos subir Waynapicchu (montanha mais alta de Machu
Picchu) e só 400 pessoas podem fazer isso. São distribuídas senhas na entrada dessa
montanha e não queríamos correr o risco de não conseguir as nossas senhas.
5h15 - Chegamos ao terminal para comprar a passagem do micro-ônibus. Havia fila e já
tinham saído uns 20 ônibus lotados. O preço da passagem foi 14 dólares (ida e volta),
por pessoa.
5h50 - Conseguimos entrar no micro-ônibus. Saem vários deles constantemente, todos
lotados.
6h15 - Chegamos à entrada de Machu Picchu, a "cidade perdida dos incas". Foi
descoberta em 1911 por Hiram Bingham, explorador norte-americano. O Nome Machu Picchu, na
língua quechua, significa "montanha velha". A cidade foi eleita, em 2007, uma
das Sete Novas Maravilhas do Mundo, título merecido como verificaríamos logo mais.
Há banheiros limpos e lanchonete no lugar. É na entrada também que ficam os vários
guias oferecendo seus serviços. Depois de muita pechincha, fechamos com a guia Gladys.
Ela fez o preço de 60 soles para nós três (eu, Marcelo e Vítor) com a condição de
que, se ela conseguisse, entrariam mais duas pessoas no GRUPO. Acabou ficando somente nós
três mesmo.
Descobrimos lá dentro que a contratação de um guia é indispensável, apesar do mapa
que eles entregam na entrada. Com a pequena aula de história, você aprende um pouco
sobre a organização político-sócio-cultural dos Incas. E como eram organizados!
Você consegue diferenciar salas, aposentos e templos sagrados, além de aprender a
apreciar os detalhes de cada construção que, diga-se de passagem, é de dar inveja a
arquitetos de renome! (e lembre-se que na época não havia equipamentos).
A energia que emana do local é fantástica. Para senti-la, deixe-se levar pela história,
recrie mentalmente cada canto, sinta a presença daquela civilização que nos deixou um
grande legado. Quanta sabedoria com tão poucos recursos!
Além do mais, só o fato de estar num lugar tão privilegiado pela Natureza, cercado de
tanto verde e no meio das montanhas, já nos faz sentir mais próximos de Deus. Só por
isso já terá valido à pena!
Quando entramos no parque, ele estava todo coberto por uma espessa neblina, o que
dificultava a noção de dimensão do lugar. Porém, por volta das 9 horas, o tempo foi
abrindo, as nuvens foram se dissipando e deixando à mostra uma linda cidade de pedras!
A cidade é dividida em zona agrícola (alta e baixa) e zona urbana (alta e baixa). Há
uma zona industrial, há templos, terraços, salas, recintos diversos, praças,
cemitério!
Conhecemos espaços incríveis e com histórias bem interessantes: o Templo do Condor, por
exemplo, foi feito em homenagem ao enorme pássaro que eles acreditavam que possuía a
missão de conduzir os espíritos incas ao outro mundo por meio de suas asas. O local é
sagrado. Dentro do templo, há uma formação rochosa na forma da ave.
O templo do sol estava em manutenção, mas percebemos que é a única construção
circular em Machu Picchu.
Vimos construções bem acabadas, com as rochas cortadas uniformemente, representando
recintos destinados à nobreza e outras com pedras cujo acabamento já não era "tão
perfeito", o que poderíamos dizer que pertencia "à ralé". Há muitas
janelas nos recintos. A Gladys (nossa guia) nos disse que foram construídas em forma de
trapézio, o que era uma precaução contra abalos sísmicos.
Conhecemos o observatório astronômico Intihuatana (que em espanhol significa "donde
se ata al sol", ou seja, "lugar onde se amarra o sol"). No local, há uma
enorme pedra com uma espécie de obelisco em cima dela. Era usada para se observar, entre
outros, a variação da luz solar. Ou seja, por meio desta pedra os incas já tinham
referência de mudança de mês e a passagem de um ano.
É ainda o ponto mais energético de MachuPicchu. A pedra não pode ser tocada. Fiquei
sabendo disso quando peguei a "pedrinha" do Matheus (meu filho maior não fez a
viagem conosco, mas mandou uma pedrinha que iria representá-lo) e a coloquei sobre a
Intihuatana para ser energizada. Na hora, apareceram algumas pessoas ao meu lado dizendo
que Intihuatana é sagrada e não deve ser tocada. Lição aprendida!
Passamos pelo Recinto do Guardião. É um dos pontos mais altos das ruínas. De lá, a
vista é muito bonita e dá para se tirar belas fotos tendo como cenário a praça
sagrada, bem verde, lá em baixo e ao fundo Waynapicchu. Ficamos sabendo também que é de
lá que se tira aquela famosa foto de Machupicchu que está em muitos livros e postais:
quando se vira a foto, vê-se o rosto de um Inca (o nariz é a montanha mais alta,
Waynapicchu, que pode ser escalada até o topo).
Bem, foi aí que surgiu a nossa grande dúvida: conseguiríamos subir Waynapicchu ou era
melhor subir uma outra montanha que era mais baixa? Optamos pela primeira ideia. Afinal,
depois de tantos quilômetros rodados até ali, com certeza teríamos energia suficiente
para subi-la!
8h20 - Chegamos até a entrada de Waynapicchu para pegar nossas senhas. Sobem a montanha
apenas 400 pessoas por dia. Essas pessoas são divididas em dois GRUPOS de 200. O primeiro
GRUPO pode subir das 9h até às 10h. O segundo, das 10 às 11h.
Como demoramos a tomar a decisão, quase ficamos sem senha.
Já pegamos os números 329, 330 e 331. Subiríamos com o segundo GRUPO.
Para quem quer subir Waynapicchu, o certo é pegar as senhas assim que adentrar o parque.
Como ainda era cedo para o nosso horário de subida (10h às 11h), continuamos nosso
percurso pelas ruínas.
Próximo à entrada de Waynapicchu, conhecemos a Rocha Cerimonial, que era a rocha sagrada
onde os incas faziam suas preces. Segundo a Gladys, foi construída como réplica,
guardando as mesmas proporções da rocha grande ao fundo, a qual eles subiam para a mesma
finalidade. Na rocha menor, eles podiam fazer suas orações quando não podiam subir e se
deslocar para a rocha maior, que era distante.
Passamos pela praça principal, onde se vê algumas lhamas pastando no gramado bem verde.
É um espaço aberto em que eram feitos os encontros e as reuniões. Os incas não
necessitavam de microfones. A acústica do lugar é fora de série. A nossa guia nos
convidou a bater palmas para verificarmos a repercussão do som pela praça. O som que sai
é fantástico! Só fazendo o teste para ouvir!
9h30 - Saímos do parque para fazer um bom lanche antes de subirmos Waynapicchu.
Gastaríamos muita energia, afinal!
Durante o dia, pode-se sair do parque e nele entrar a hora que quiser. É só apresentar
os ingressos comprados naquele dia.
Na lanchonete, os preços são bem salgados: 10 soles uma garrafinha de água mineral, 25
soles um sanduíche e 15 soles uma fatia de pizza ou um pedaço de torta. É mole?
Encontramos lá o casal de brasileiros e o Ivan, que havíamos conhecido em Cuzco.
Indicamos para eles a nossa guia Gladys, que eles acabaram contratando.
Aproveitamos o pequeno intervalo também para carimbar os nossos passaportes. É um
carimbo bem bonito, com o desenho de Machupicchu, que ficará como uma linda recordação
da nossa grande aventura.
10h50 - Pegamos a fila para subir Waynapicchu. Nenhum guia ou funcionário do parque sobe
conosco. O passeio é por conta e risco do turista. O que se deve fazer é assinar um
livro com o nome completo da pessoa e o horário que ela subiu. Na volta, assina-se o nome
novamente, com o horário da descida, para controle do parque.
A subida é cansativa e demorada, com pontos bem íngremes. A proteção em alguns pontos
é apenas algumas cordas que foram fixadas na rocha para dar apoio.
Paramos em vários pontos para recuperar o fôlego. Vimos que é indispensável levar
água e um lanche na mochila.
Mas o sacrifício é recompensado pelo ar puro da mata e todo aquele contato direto com a
história e o equilíbrio espiritual que emana do lugar. Nós conseguimos!
Depois de cerca de 1 hora e trinta minutos de subida, finalmente chegamos ao topo. Algumas
pessoas sobem em menos tempo, mas não é o nosso caso. Não tínhamos preparo físico
para tanto!
A visão é linda! Os pontos que achávamos alto quando estávamos lá em baixo, agora
pareciam miniaturas que cabiam na palma da mão. Não dá nem para acreditar que subimos
tão alto! Como é lindo aquele lugar!
Conhecemos lá em cima uma família de brasileiros: Roberto, sua esposa (Simone) e sua
filha. Tiramos fotos uns dos outros.
Depois do "lanchinho" nas alturas, era hora de voltar. Iniciamos a nossa descida
com cautela e atenção redobradas, pois começou a chover um pouco, o que torna o caminho
mais perigoso ainda.
No caminho, passamos por mais um templo. Eu e o Vítor tiramos fotos. Não sabemos o
porquê da construção do templo, mas, provavelmente, é o que supomos, era algum ponto
de oração ou de segurança, já que lá de cima avista-se Machupicchu por inteiro, bem
como os arredores.
Ainda na descida, conhecemos mais brasileiros: Vânia e Helen, que também são de
Brasília e nos fizeram companhia pelo trajeto até embaixo.
14h20 - Chegamos no nosso ponto final. Assinamos o livro de descida e tiramos fotos com os
brasileiros que conhecemos lá em cima.
Andando mais um pouco, encontramos com um casal de São Paulo, que nos emprestou a
bandeira do Brasil para tirarmos foto. Logo, outros brasileiros se juntaram a nós e todos
pousaram para uma grande foto de recordação. Foi uma festa, porque se formou uma turma
imensa de brasileiros! Valeu pessoal! É com muito carinho no coração (aquela pontinha
de saudade da pátria amada) que encontramos nossos irmãos compatriotas.
15h30 - Deixamos Machupicchu com aquele aperto no peito, uma velha sensação de
"quero mais". Porém, estávamos leves, tranquilos, em paz com nós mesmos e com
a vida!
E qual seria o melhor lugar para se passar o último dia do ano? Certamente ali,
recarregando nossas baterias no meio da Natureza, mais próximos de Deus. Estávamos nos
despedindo ali de um ano que, certamente, foi fechado com chave de ouro.
Diante da rocha cerimonial, elevamos os nossos pensamentos a Deus, fechamos os nossos
olhos e agradecemos por tudo, especialmente por ter conhecido um lugar tão incrível!
Saímos do parque, pegamos o micro-ônibus e retornamos para Águas Calientes.
16h - Famintos, assim que descemos na cidade, fomos logo tratar de procurar um
restaurante. Comemos na praça central. Pedimos "lomo saltado" (é o nosso
picadinho) com tomate, cebola e cheiro verde. Só que pedimos carne de alpaca para
experimentar. Estava muito boa! Pedimos ainda: "pollo a la prancha", que é o
bife de peito de frango grelhado. De acompanhamento veio batata frita, arroz e um pouco de
salada (desta não comi, porque, afinal, não queria conhecer nenhum outro hospital!).
17h - Fomos conhecer as águas termais de MachuPicchu. As piscinas são realmente quentes
e relaxantes. Contudo, a cor da água não é muito chamativa e o cheiro não é
agradável. Fomos informados por umas peruanas que isso se deve aos componentes minerais
da água. Mas, levando-se em consideração que já era final do dia, acho que havia
também outro componente "amarelo".
20h30 - Jantamos na cidade e tomamos cerveja preta "cusquenha" para experimentar
e brindar os nossos 365 de 2008, que foram uma bênção. Quanto à cerveja, parece a
nossa cerveja preta brasileira. É boa!
Tentamos telefonar para os meus irmãos no Brasil e meus pais, para desejarmos um feliz
ano novo, mas não conseguimos a ligação.
22h - Tentamos ficar acordados para ver a passagem de ano, mas estávamos exaustos e o
sono bateu pesado e não descemos para ver a queima dos fogos, apesar dos protestos do
Vítor. Além disso, no dia seguinte, nosso trem sairia às 5h30.
24h - Feliz 2009! Das nossas camas, ouvimos o som dos fogos de artifício. A festa na
praça parecia estar boa, mas nem isso nos tirou da caminha quentinha e gostosa.
1/12009 - Águas Calientes (Machu Pichu
Pueblo) (Peru) a Cuzco (Peru) FOTOS
- 01-01-09
4h - Levantamos. Mais um ano. Mais uma chance que
Deus nos dá de zerarmos os erros e recomeçar as novas vidas. Afinal, plagiando Chico
Xavier, "você não pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas pode começar
agora e fazer um novo fim!".
Tomamos o café, fechamos nossa conta no hotel e, às 5h, fomos para a estação.
5h35 - O trem partiu de Águas Calientes para Cuzco. Com o dia já claro, pudemos apreciar
melhor a paisagem, margeando a correnteza do rio Urubamba. Como é lindo!
Pena que estávamos mortos de cansaço para ficarmos todo o trajeto acordados. Não
resistimos e, como a maioria dos passageiros, caímos no sono. Não foi um cochilo
tranquilo porque o espaço entre os bancos do trem era bem mais apertado do que o do trem
da ida. Mas valeu!
Depois de cerca de 1 hora e 30 minutos, descemos em Ollantaytambo. Na estação, há
vários táxis e vans oferecendo para nos levar até Cuzco. Pegamos um táxi (um carro
maior) que coube nós cinco pelo preço de 10 soles por pessoa, o mesmo que pagamos na
ida.
De volta à "Casa de mi Abuelo", fomos recebidos mais uma vez com muito carinho
pela Sônia. Enquanto estivemos em Águas Calientes, as duas diárias não foram cobradas
por ela (ela combinou antes) e os nossos pertences ficaram guardados em um cômodo.
Dormiríamos mais uma noite em Cuzco e, no dia seguinte, seguiríamos para Puno.
Procuramos por um supermercado, mas, como acontece no Brasil, estavam fechados, por ser
feriado (1.º de janeiro). Apenas pequenos estabelecimentos e feira funcionam.
O Vítor resolveu cortar o cabelo. Pagamos 4 soles pelo corte (o cabeleireiro passou
máquina 3 e 4). Ficou do jeito que ele queria: mudar um pouco o visual.
Almoçamos no Restaurante Los Portales, que fica numa das praças de Cuzco, não me
recordo o nome. (Só sei que não é a Praça de Armas).
Enquanto almoçávamos neste local, o Jader e a Jeane, sem marcarmos, chegaram e acabaram
almoçando conosco.
Durante o almoço, dois rapazes começaram a tocar e cantar músicas andinas, usando
flauta peruana e violão. Muito bonito o show. Ficamos emocionados!
Infelizmente, não pudemos registrar este momento porque havíamos esquecido no hotel a
filmadora e a máquina fotográfica. Compramos o CD deles (Apu Kuntur) por 20 soles. O CD,
além de conter músicas andinas, possui regravação de músicas famosas, como
"Guantanamera" e "El Condor Pasa". Por incrível que pareça, esta
última música foi o tema que escolhemos, em Brasília, para a nossa Expedição Machu
Picchu. Olha que nem imaginávamos que esta música estaria no CD que compramos na praça.
Foi uma linda surpresa quando a ouvimos no carro.
Coincidência? Bem, eu e o Marcelo não acreditamos muito em coincidências e sim em
destino. Para nós, a música "El Condor Pasa" é simplesmente a cara de Machu
Picchu, como que um hino.
Fomos ao Mercado Municipal (é mais, na realidade, uma feira de frutas e legumes com
algumas barracas onde vendem também roupas e artesanatos). Compramos uma linda toalha
para nossa mesa (bem colorida, a cara do Peru!) e algumas lembrancinhas.
Conversando com uma das feirantes, descobrimos o tanto que as peruanas adoram as novelas
brasileiras. Ela disse o nome de vários atores brasileiros. Perguntei para ela o que ela
achava de diferente nas novelas brasileiras e ela disse que as novelas brasileiras são
mais realistas.
Depois disso, passamos para sacar dinheiro no caixa eletrônico e retornamos ao hotel.
Demos uma boa e merecida cochilada na parte da tarde.
À noite, estávamos cansados e resolvemos continuar no hotel. A Sônia pediu uma pizza
para nós. É engraçado porque, além da pizza, eles entregam um pedaço de pão
recheado, como acompanhamento. É fininho e tem sabor de pão de alho. Estava muito bom. A
pizza custou 37 soles. Ficamos mais um tempo conversando, "para fazer a
digestão", e depois fomos dormir.
2/1/2009 - Cuzco (Peru) a Puno (Peru) FOTOS
- 02-01-09
7h30 - Descemos para o café da manhã.
Aproveitamos para nos despedir da Jéssica e da sua mãe Johanna (alemãs que conhecemos
no hotel) e do Jader e da Jeane.
E é claro, já com um grande aperto no coração, nos despedimos também da querida
Sônia e do seu marido e filho, todos muito prestativos. A Sônia é o tipo de pessoa que
não dá para esquecer. O carinho, límpido e verdadeiro, com que trata todas as pessoas
que lá se hospedam, faz a diferença. É como se a conhecêssemos há anos.
A Casa de Mi Abuelo foi eleita para nós, de um modo geral, especialmente pelo tratamento,
o melhor dos lugares em que nos hospedamos em toda a viagem. Para nós, será parada
obrigatória em caso de um provável retorno a Cuzco.
9h - Tiramos fotos todos juntos e, já com lágrimas nos olhos, deixamos Cuzco para trás.
9h53 - Paramos na estrada para fotografar a Laguna de Urcos, que é muito bonita.
A título de curiosidade, observei que praticamente não vimos mulheres dirigindo nas
cidades peruanas pelas quais passamos.
10h29 - Pagamos pedágio. S: 7,50.
11h43 - Pagamos outro pedágio no mesmo valor.
Começou a esfriar bastante na estrada. O termômetro do carro marcava 10º. Logo adiante,
começamos a ver ao longe montanhas coberta de neve.
11h50 - Paramos para fotografar a placa da divisa Cuzco/Puno. Estávamos a uma altitude de
4.335 metros, como pudemos verificar pela placa que lá existe.
O local tem uma visão fantástica. Além disso, há algumas barraquinhas que vendem
artigos de pele. Ofereceram para nós um lindo tapete por 225 soles. Achamos caro o
preço, mas, depois de muito pechinchar, acabou saindo por 180 soles.
Eu e o Vítor tiramos fotos com um carneirinho "bebê", de apenas uma semana de
idade. Demos 2 soles para a peruana que estava com ele, pois é o "ganha pão
dela". O país é muito pobre e eles sempre estão achando uma forma de ganhar uns
trocadinhos.
13h10 - Paramos para almoçar em uma cidadezinha chamada Ayaviri. Pegamos a ruazinha
principal e vimos um pequeno restaurante, quase invisível, com uma placa na calçada
(Restaurant/picanteria Ayavireña). O lugar é muito simples, mas é limpo e a comida bem
preparada. Servem a típica refeição peruana: um prato de sopa de entrada (com quinoa),
carne de alpaca ao molho com batata, chicha morada para beber (é como um suco feito de
milho roxo fermentado, servido quente) e, ainda, uma tacinha de doce como sobremesa.
Veio muita comida. Não consegui tomar a sopa nem comer a sobremesa, muito menos beber o
chicha morada. Estava tudo muito gostoso, mas a barriga já estava demasiadamente cheia.
Não cabia mais nada! Os peruanos costumam comer muito devido ao clima frio que é
constante nas regiões andinas. Não estamos acostumados.
O Marcelo achou que foi a carne de alpaca mais saborosa que ele havia comido até ali. E a
conta? Acredita que tudo isso ficou por apenas 9 soles?
13h30 - Pegamos a estrada novamente
13h35 - Pagamos pedágio. S: 7,50. Foi o nono que pagamos no Peru.
A região pela qual atravessamos lembra muito o banhado do Taim, no Rio Grande do Sul. É
uma paisagem linda com pequenas lagoas e alguns animais, tais como alpacas, ovelhas, patos
e pássaros.
Vimos uma coisa curiosa: às margens do asfalto, ao longo da pista, havia vários
cachorros deitados, todos pretos, aparentemente da mesma raça, com olhos enormes. Estavam
arrepiados e pareciam molhados. Acredito que é porque a região, além de fria, é
molhada, e eles se deitam no asfalto para se aquecerem.
14h35 - Passamos por Juliaca. A primeira visão da cidade é decepcionante. Quanta lama e
lixo, que bagunça, parecia um chiqueiro a céu aberto. O trânsito é uma confusão só.
Você segue por uma avenida direto e, de repente, quando você menos percebe, já está na
contramão. Além disso, você tem que fazer um verdadeiro malabarismo para desviar dos
"táxi bicicleta", que não são poucos.
14h50 - Conseguimos atravessar Juliaca. A cidade é grande, comparada às pequenas pelas
quais passamos.
15h10 - Pagamos outro pedágio (7,50 soles).
Rodamos alguns quilômetros e paramos para fotografar a placa de chegada da cidade de
Puno, lugar em que passaríamos dois dias.
15h45 - Chegamos em Puno, no hotel Inka's rest, indicado pela Sônia em Cuzco. Fazia muito
frio na cidade. Quando chegamos, no termômetro marcava 10º, mas a sensação é de que a
temperatura estava bem menor que isso.
Endereço do Inka's Rest: Pasaje San Carlos n.º 158.
Telefone: 051-368720.
O dono do hotel é um uruguaio brincalhão de nome Alfredo. No hotel, havia quartos mais
baratos, porém com banheiro compartilhado. Nós optamos por um mais caro, porque
queríamos banheiro privativo. A diária do quarto (continha 5 camas) saiu a 105 soles.
Depois de instalados, fomos andar pela cidade até o Mercado Bela Vista, que é uma
espécie de "feira dos importados", semelhante a uma feira que há em Brasília.
Vimos produtos diversos: brinquedos, maquiagem, alguns eletrônicos e agasalhos para frio.
Os preços estavam em conta. Compramos um casaco para o Vítor, pois o frio estava
terrível. Bem que o Marcelo quis comprar um, mas os casacos não serviram nele, nem os de
número maior. Ficaram curtos demais e com mangas curta também. É porque são fabricados
para a estatura dos peruanos, que é baixa.
Compramos ainda alguns DVDs para a nossa filmadora. Custaram 15 soles cada um, o que é um
ótimo preço se comparado às lojas nas quais pesquisamos anteriormente.
Voltamos para o hotel para nos trocar e sair para jantar.
Comemos em uma "Polleria" de nome Mediterraneo. Servem frango assado na hora com
fritas de acompanhamento e salada. De entrada, como de costume, trazem uma tigela de sopa
para cada um. Nessas alturas, já estávamos dispensando a sopa. Ficávamos com apenas uma
tigela e olhe lá!
O ambiente era acolhedor. Mais tarde, dois homens começaram a cantar e tocar músicas
para nós. Era uma espécie de "sertanejas peruanas". Eles tocaram e cantaram
muito bem. Ao final, demos uma gorjeta, que é pedida a quem quer contribuir.
Voltamos andando para o hotel e fomos dormir.
3/1/2009 - Puno (Peru) - Lago Titicaca
FOTOS - 03-01-09
6h - Tomamos café da manhã cedo porque marcamos
um passeio com a empresa Inka Tour para conhecermos o Lago Titicaca. O nosso tour
incluiria as ilhas dos uros, Taquile e Lago Mosa e foi marcado no próprio hotel, ao custo
de 35 soles por pessoa. A saída estava marcada para as 6h30 da manhã com retorno às
17h, já incluso no pacote o traslado de ida e volta de van do hotel até o porto. Um
pequeno lanche também seria oferecido no passeio (chá e croassant). Como o nosso pacote
não incluía almoço, este seria por nossa conta, na ilha Taquile.
Encontramos no café a mesma família de franceses que havíamos conhecido em Cuzco. A
Sônia também havia indicado para eles o mesmo hotel. Tiramos fotos para guardarmos de
recordação.
6h50- A van nos pegou no hotel e nos levou até o porto. O barco que fomos possui
capacidade para cerca de 25 pessoas e tem banheiro, detalhe importante, visto que não há
banheiro na ilha dos uros.
7h20 - Deixamos o porto. Outros dois barcos também saíram no mesmo horário.
O nosso guia, durante o trajeto, começou a contar a história do local, mas infelizmente
o microfone não estava bom, o que fez com que não ouvíssemos quase nada.
Após trocarem o microfone, conseguimos finalmente acompanhar um pouco da história.
O lago é enorme, sendo o lago navegável mais alto do mundo e o segundo maior em
extensão da América Latina. Está a uma altitude de cerca de 3.821 metros. Possui
várias ilhas, entre elas algumas artificiais, que são as famosas "ilhas
flutuantes" dos Uros.
Falaram das várias espécies de aves que habitam o Titicaca. Pudemos ver muitos patinhos,
de diferentes espécies, enquanto cruzávamos o lago. Foi passado aos passageiros um
álbum contendo um catálogo da fauna local.
Por volta das 8h30, chegamos às ilhas flutuantes. Fomos saudados por nativas sorridentes,
usando saias bem coloridas, que apresentaram uma dança graciosa enquanto nos
aproximávamos para desembarcar.
Tivemos uma pequena aula sobre a formação da ilha, com direito a sala de aula ao ar
livre, sentados em um tronco. Pedaços de totora (espécie de junco ou capim comprido que
forma a ilha) foram passados de mão em mão para conhecermos. O presidente da ilha,
Orlando, nos explicou como as ilhas são formadas: eles amarram as raízes que ficam
imersas um metro no lago e colocam por cima a totora em quantidade que também chega a um
metro acima.
Foi explicado ainda como são feitos os barcos de totora e o tanto que ela é essencial na
vida dos uros. Com a totora, os nativos formam a ilha, levantam suas casas, fazem
embarcações, artesanatos e podem, ainda, consumi-la como alimento. Eles comem a parte
branca, interna, da totora, que é rica em cálcio e, sobretudo, em iodo e flúor, além
de possuírem outras propriedades. Orlando nos disse que raramente os uros precisam de
dentista, apesar de haver dentista na comunidade e um posto de saúde.
Falou-se também da língua local.
O Quechua é uma língua falada na parte central dos andes desde antes do império inca e
ainda hoje é o idioma nativo mais falado na América do Sul (informação do Wikipédia).
Todavia, no Titicaca, conforme nos foi relatado na ilha, é o Aimará que predomina na
região, apesar de as duas línguas serem muito parecidas e terem até palavras em comum.
Fala-se o Quechua apenas na ilha Taquile e em outra pequena região do Lago.
O Aimará, juntamente com o Quechua e o Espanhol, são línguas oficiais do Peru, da
Bolívia e do Equador.
Foi aberto um espaço também para quem quisesse fazer perguntas e matar curiosidades.
Depois da nossa aula, compramos alguns artesanatos no local. Comprei colares para mim e o
Vítor por 10 soles cada um e, ainda, barquinhos bem coloridos de totora, que saíram a 45
soles os dois.
Experimentamos, por fim, a travessia feita em um barco de totora. Fomos a outra ilha que
fica em frente da qual estávamos. Pagamos 7 soles por pessoa. Durante a travessia,
ouvimos pequenos trechos de músicas, cantaroladas em várias línguas, inclusive em
português, por um garotinho nativo que foi no barco.
O barco feito de totora é comprovadamente muito resistente e leve ao mesmo tempo. Fomos
em torno de 25 pessoas no barco e, mesmo assim, não sentimos nenhuma instabilidade nele;
pelo contrário, é muito seguro. Deslizou suavemente pelas águas do Titicaca.
Na outra ilha, vimos como é feita a criação de peixes pelos uros, em um poço feito no
meio da totora. Compramos um pedaço de bolo (vende no local) e voltamos para o nosso
barco de turismo que nos aguardava para darmos continuidade ao nosso passeio.
9h10 - Seguimos o nosso curso pelo Titicaca.
9h30 - Serviram chá no barco. Pode-se escolher chá de coca, chá normal ou coca cola. Eu
escolhi um chá normal (chá preto). Depois, serviram croassant também.
O Titicaca é dividido em duas partes: Lago Maior e Lago Menor.
Há uma disputa incansável entre peruanos e bolivianos sobre quem possui a melhor parte
do Titicaca. Os peruanos, por fim, dizem que certamente os bolivianos possuem a melhor
parte, porque têm a melhor vista: O PERU. Brincam também a respeito do nome Titicaca.
Dizem que "titi" veio dos peruanos e a "caca" dos bolivianos.
10h35 - Passamos para o Lago Maior, onde se localiza a Ilha Taquile, nosso próximo
destino. A ilha, segundo informação do guia, possui cerca de 1.600 habitantes. Muitos
ainda guardam as tradições incas. No alto da montanha, por exemplo, há um templo em que
fazem oferendas a Pachamama, ou seja, a "mãe terra". Queimam folhas de coca e
oferecem milho para que a colheita seja abundante. Esse ritual é feito apenas duas vezes
ao ano devido à época do plantio. Atualmente, o culto a Pachamama é paralelo ao
cristianismo, ou seja, ambos convivem na região.
O primeiro dono da ilha era Peter Gonçalves de Taquila, por isso o nome dado a ela.
12h - chegamos à ilha de Taquile. Tivemos que fazer uma caminhada bem íngreme, em um
caminho de pedra, morro acima, para chegarmos ao alto da ilha, na praça central.
Na subida, extremamente cansativa devido à altitude, mal respirávamos. Recebemos,
então, pequenos galhos de uma planta chamada "mamunha" para cheirarmos. Tal
planta tem a propriedade de "abrir os pulmões". Ela tira o cansaço e é
facilmente encontrada na ilha. O cheiro dela lembra o "poejo", que usamos para
fazer chá para crianças no Brasil.
Já na praça, fomos ver alguns artesanatos locais. O que se destaca muito por lá são os
produtos têxteis, como gorros, cachecóis, luvas, que são tecidos à mão,
principalmente pelos homens. Os produtos são considerados um dos melhores do Peru em
termos de acabamento. E realmente o são.
Combinamos todos da excursão de nos reunimos na praça, às 13 horas, para o almoço.
Enquanto aguardávamos, nós nos sentamos ao lado de um habitante local que estava
tricotando um gorro. Começamos a puxar assunto com ele. Seu nome era Juan. Perguntamos a
ele sobre os costumes a respeito do casamento, e ele nos respondeu que ainda mantêm a
tradição inca: moram com as mulheres primeiro, depois, se der certo, casam-se. Este
período de convívio deve ser de no máximo 3 anos. Casam-se em média dos 25 aos 30
anos.
Disse que não há polícia na ilha. Eles têm suas regras e as seguem. Cada qual tem sua
responsabilidade, que deve ser seguida.
Às 13 horas, fomos almoçar. Comemos truta com batatas, arroz e, de entrada, tomamos uma
deliciosa sopa de quinoa e comemos pão. Preço da refeição: 15 soles por pessoa.
Ficamos sabendo que existem mais de 70 espécies de quinoa e mais de 3.000 espécies de
batata, acredita?
O guia da excursão nos contou sobre os costumes da ilha. Os homens casados usam toca
vermelha e os solteiros usam toca branca. A faixa que usam na cintura é rígida, feita de
lã. Serve como prevenção contra hérnia. Usam calças pretas e blusas brancas, legado
que foi deixado pelos espanhóis.
Os homens casados carregam ainda uma bolsa colorida para colocarem folhas de coca. Quando
se encontram, trocam essas folhas em sinal de respeito uns aos outros. Se isso não
acontece, consideram uma ofensa.
Depois do almoço, ganhamos uma xícara de chá de mamunha. O gosto, assim como o cheiro,
lembra o chá de poejo.
Começamos, por fim, nossa descida de retorno até o barco. No caminho, vimos uma flor
bonita, de cor vermelha, e a guia nos disse que é a Cantuta, flor típica do Peru, que
floresce o ano todo. Resiste até a neve.
14h35 - O nosso barco deixou Taquile. Percebemos que na ida o Lago Titicaca estava muito
tranquilo. Porém, na volta, a situação mudou e muito. Ventava demais e ele estava muito
agitado. Parecia um mar, cheio de ondas. Pegamos chuva no caminho também. O barco
começou a sacolejar muito, o que deu um pouco de enjoo (deveria ter levado o meu
"dramin"!).
Na cidade, pegamos uma "chimbiquinha" (apelido dado pelo Marcelo ao mototáxi),
que nos deixou na praça principal para sacarmos dinheiro. Passamos pelo posto turístico
para pegar uns mapas e fomos caminhando pela rua de lojas. Compramos alguns artesanatos,
inclusive uns tapetes bem bonitos de pelo de lhama, 15 soles cada, vendidos por uma
senhora que passava por lá.
Enquanto sacávamos dinheiro, começou a passar pela rua uma espécie de procissão com
vários blocos. Fomos informados de que era o ensaio para a festa da Virgem da
Candelária, que é a mais famosa festa do altiplano peruano. A festa mesmo só acontece
no mês de fevereiro, mas eles ensaiam bem cedo. Se o que vimos era apenas o ensaio,
imagine a festa como não é!
Desfilaram vários blocos pela rua. Havia bandas tocando músicas bem alegres e danças
com coreografia. Os grupos eram bem variados. Alguns continham apenas adolescentes, outros
idosos, outros mulheres, outros se misturavam. Os trajes eram deslumbrantes, cheios de
brilho e cor. Os olhos dos participantes reluziam de felicidade por fazerem parte daquela
festa. Os moradores de Puno, emocionados, sentiam orgulho em nos explicar o motivo de toda
aquela festa. Não houve quem não parasse para apreciar o espetáculo.
Resolvemos voltar a pé para o hotel, para ver se encontrávamos o estabelecimento que
iria ser inaugurado na cidade pelo Alfredo. Ele montou na cidade uma casa de sanduíches e
pequenas refeições. Mas, acabamos não encontrando o local.
Já no hotel, o Alfredo nos explicou melhor o endereço. Só que tivemos um dia bastante
agitado e resolvi não sair para jantar, pois estava bastante cansada. O Marcelo saiu para
comprar comida e comemos no hotel mesmo.
4/1/2009 - Puno (Peru) a Arica (Chile) FOTOS - 04-01-09
7h20 - Fechamos a conta e, após nos despedirmos
do Alfredo, seguimos nosso destino rumo a Arica.
Mal dobramos a esquina, fomos parados pela polícia de Puno em um cruzamento, na Avenida
Sol. Eram dois policiais. Um estava em cima de um pequeno mirante de madeira e o outro
estava no chão.
O policial que estava no chão, orientando o cruzamento, nos fez parar sobre a faixa de
pedestre. Depois, fez sinal para pararmos perto dele. Pediu nossa documentação e disse
que havíamos cometido uma infração. Adivinhe qual? Justamente parar sobre a faixa de
pedestre. Disse que a multa era de 160 soles. Mostrou-nos no código o artigo o qual
havíamos infringido, dizendo que dava também retenção da habilitação.
Tentamos educadamente explicar toda a situação para ele, mas se mostrou irredutível. O
policial nos disse que teríamos que pagar a multa no departamento, mas veria o que
"daria para fazer". Conversou com o outro policial e voltou dizendo que
poderíamos pagar para ele "50%" do valor da multa, que para ele era 50 soles
(nem fez as contas direito). Tínhamos muito chão pela frente, era domingo, tudo estava
fechado, o que nos fez decidir pelo pagamento da propina e seguir adiante.
Pegamos uma estrada que não estava boa de Puno a Desaguadero. Beira o Lago Titicaca e
está bastante esburacada em alguns trechos.
9h25 - Paramos para abastecer no caminho. As bombas são manuais, o que causou um pouco de
insegurança da nossa parte. Mas é o que tem no trecho, pois não é fácil encontrar
combustível por aquelas bandas.
De Puno a Desaguadero são 132 quilômetros.
10h40 - Faltando cerca de 215 km para Moquegua, passamos por paisagens maravilhosas nas
cordilheiras. Vimos montanhas em tom avermelhado com neve no topo, muitas alpacas ao
redor, lagoas com patinhos, enfim, mais um cenário de paraíso. Foi um trecho em que a
viagem não rendeu muito, porque paramos para fotografar todas vezes que nossos olhos se
enchiam de tamanha beleza.
Além disso, sobe-se e desce-se muito as montanhas. Principalmente desce-se, porque
estávamos deixando a parte do altiplano para Arica, que já é uma cidade beira-mar.
13h5 - Pagamos pedágio: 3,90 soles e fomos vistoriados pela fiscalização sanitária.
Estava tudo OK.
13h30 - Paramos para almoçar na cidade de Torata, em frente à pracinha da cidade.
Pedimos dois pratos de arroz com pato e dividimos para nós três. Não sei se era devido
à fome, mas estava simplesmente delicioso! Pagamos o total de 26 soles, incluindo uma
inka cola de 500ml.
14h45 - Passamos Moquegua, a capital do cobre peruano. É uma cidade grande e bem
arrumadinha. Lá fica também a rota do Pisco, bebida que os peruanos juram ser os
inventores (velha disputa com o Chile).
16h15 - Pagamos pedágio. S:7,50.
Chegamos em Tacna por volta das 17h20. A nossa intenção era dar uma passadinha na zona
franca que há na cidade. Mas ficamos sabendo que no domingo não abre. Decidimos parar
para comer alguma coisa, pois atravessaríamos a fronteira peruana (Tacna para Arica) e
não sabíamos se iria demorar. Na própria avenida principal, vimos um lugar bem
arrumadinho chamado "Presto". Descobrimos que é uma rede que tem no Peru. Há
dessa franquia também em outros lugares, inclusive em Arequipa. É boa. Pedimos duas
lasanhas e um prato com carne para o Marcelo e ainda dois milkshakes, uma fanta e uma inca
cola. Pagamos 41 soles.
Compramos algumas guloseimas para levar de recordação: inca cola, chocolate vizzio e
caramelos (balinhas) de chicha morada. Coisas que não encontraríamos quando
atravessássemos a fronteira.
Aprendemos uma coisa importante em um posto de gasolina:
Se você pedir no comércio uma "fatura" do que foi gasto, pagará, além do que
já pagou, mais 19% de imposto. Por outro lado, se pedir só o "boleto", é como
a nossa nota fiscal (registra somente o que foi pago e não pagará mais nada). É bom
saber porque em alguns lugares podem perguntar se você prefere "fatura" ou
"boleto".
19h - Chegamos na aduana peruana. Era hora de dizer um "até breve" para aquele
país que muito nos enriqueceu em matéria de conhecimento e vivência com outra cultura.
Deu um pequeno aperto no peito já de saudade.
19h40 - Saímos da aduana do Peru.
19h42 - Chegamos na aduana chilena.
20h15 - Deixamos a aduana do Chile.
20h40 - Chegamos em Arica. Fomos ao Hotel Las Palmas (Arturo Prat n.º 588), onde
havíamos dormido na ida, mas estava lotado. Acabamos hospedados em outro: Hotel Almagro.
Endereço:Sotomayor 490, P.O. Box 245.
Telefone: (56) 58 224444
A diária do ap. triplo saiu a 29.000 pesos chilenos, com café da manhã, TV a cabo,
Internet e garagem.
5/1/2009 - Arica (Chile) a Iquique
(Chile) FOTOS - 05-01-09
6h30 - Acordamos e lembramos que no Chile nossos
relógios deveriam ser adiantados em 2 horas (sem fazer nada, já estávamos atrasados!)
O Vítor amanheceu com diarréia e os mesmos sintomas que tive: moleza, cansaço, dor na
altura do intestino. Tratamos de comprar para ele os mesmos medicamentos que eu havia
tomado (principalmente o vermífugo).
11h40 (já na hora local) - Depois de trocarmos soles por pesos chilenos (1 nuevo sol =
200 pesos chilenos), abastecemos o carro, compramos gatorade para o Vítor (serve como
soro) e deixamos Arica. No rádio local, tocava a música Charlie Brown de Benito de
Paula.
13h20 - Paramos para almoçar bem no alto das montanhas. Estávamos a 164km de Iquique. É
o único estabelecimento no local. Parece aqueles "barzinhos" de madeira de
filme estilo "bang bang", com cortina de babado na porta, com direito a ventania
e muita areia. Eles tinham frango assado e arroz. Achamos uma boa opção.
Acabamos conversando sobre as estradas com um caminhoneiro que estava almoçando no mesmo
local. Ele nos disse que estavam boas, mas que havia dois caminhos até Copiapó:
Ruta 5 - Vai pelo deserto e é bem isolada.
Ruta 1 - Beira-mar. É perigosa, mas não é tão isolada.
Decidimos seguir pela Ruta 1. Ele nos disse que deveríamos abastecer em Antofagasta
porque, depois disso, há um trecho de cerca de 400km em que não se acha postos de
gasolina.
O deserto do Atacama é o mais árido do mundo. O caminhoneiro nos disse que a única
árvore que sobrevive nesse clima é o Tamarugo.
14h - Agradecemos as informações recebidas e seguimos viagem.
17h50 - Chegamos em Iquique. Já da estrada, do alto do morro, é possível avistar a
charmosa cidade a beira-mar. Há comércio com prédios modernos, shopping e uma zona
franca de nome "zo free", que fecha às 21h.
Ficamos hospedados no King Hotel:
Endereço: 12 De Febrero, 1040.
Telefone: 57-416876 / 78066016.
Depois, fomos conhecer o "zo free". É uma espécie de shopping, com praça de
alimentação e várias lojas. Algumas coisas são realmente mais baratas do que no
Brasil, tais como relógios, perfume e artigos para casa. Tvs, geladeiras, micro-ondas,
eletrônicos, são muito, muito mais baratos. Pena que não dava para trazer de carro.
Quanto a celulares e outras mercadorias, deve-se pechinchar bastante.
Comprei meu perfume preferido (dulce vita) com preço 50% menor do que em Brasília.
Andamos muito, compramos relógio, objetos de madeira, algumas lembrancinhas e voltamos
para o hotel. No outro dia sairíamos cedo.
6/1/2009 - Iquique (Chile) a
Antofagasta (Chile) FOTOS - 06-01-09
7h30 - Era para acordarmos às 6h30, mas acabamos
acordando mais tarde porque esquecemos de ligar o despertador. De certa forma, foi até
bom, porque o Marcelo não acordou bem e dormiu um pouco mais. Estava com enjôo e dores
no estômago.
O Edson, quem nos atendeu no hotel, ficou preocupado com o Marcelo. Ele recomendou que
comprássemos pastilhas de carvão, mas acabamos não comprando.
9h - Deixamos o hotel. A orla da cidade é bem arrumada. Há coqueiros, quadra de skate,
parquinho e um calçadão bem bonito. Paramos para fotografar.
Vimos uma placa anunciando um telepizza em Iquique. Não sabemos se é bom, mas a quem
interessar o número é: 430000.
No carro, a quilometragem marcada era 26.295 Km.
O Marcelo estava com fraqueza e muito sono. Assim que deixamos a cidade, eu passei a
dirigir para que ele descansasse bem
11h - Paramos em uma espécie de aduana estadual. É o controle de saída de Iquique. Com
certeza é por causa do "zo free". Carimbaram atrás do nosso seguro "Carta
Verde". Isso é rápido. O problema é que eles alternam a liberação da pista.
Fecham a estrada em que você está e só liberam quando acabam de atender o pessoal que
vem no sentido contrário e vice-versa.
11h15 - Saímos da aduana.
Por volta de 11h50, paramos para almoçar em um restaurante que fica na beira de uma
cidadezinha por onde passávamos. O Marcelo não quis comer quase nada. Entrou no carro e
voltou a dormir.
15h - Chegamos a Antogasta. A cidade, que também está localizada à beira-mar, é
enorme. Rodamos muito e acabamos nos perdendo na cidade.
Quando, por fim, encontramos um posto de gasolina e paramos para abastecer, já eram 16h,
o que era bem tarde. A próxima cidade ficava a 500km de Antofagasta e o caminho é
desértico. Além disso, o Marcelo não tinha melhorado. Decidimos, então, dormir na
cidade.
Programamos o GPS para encontrar algum hotel por perto. Chegamos ao Hotel Tatio, muito
bom, mas resolvemos ficar em um mais barato: Hotel Costa Marfil, na Arturo Prat, 950, com
café e Internet.
O hotel é até arrumadinho, mas haviam batido inseticida em uma parte dele. No quarto em
que estávamos, eu comecei a sentir o cheiro muito forte e vi que não conseguiria dormir
lá.
Mudamos de quarto, para um maior, único que estava desocupado. Tivemos que pagar a
diferença, mas compensou. O quarto era bem maior, mais arejado. Possuía amplas janelas,
frigobar, uma cama de casal e três de solteiro. No hotel não há ar condicionado, mas
não foi necessário.
A dona do hotel foi simpática. Não cobrou o outro quarto anterior (apesar de já termos
tomado banho e usado o quarto). O hotel costuma dar descontos para estrangeiros também.
Quanto ao nosso jantar, acabamos comendo os sanduíches (hamburguesas) que havíamos
comprado no posto de gasolina.
7/1/2009 - Antofagasta (Chile) a La
Serena (Chile) FOTOS - 07-01-09
8h10 - Saímos de Antofagasta. (km do carro:
26.720). De Antofagasta até Copiapó seriam 515km.
10h30 - Paramos em Água Verde para abastecer. Não é uma cidade. É um posto Copec,
próximo a uma pousada com restaurante, bem humilde, no meio do nada. Deve-se abastecer
nesse ponto, pois não se encontrada nada mais na estrada, é deserto mesmo!
12h15 - Paramos para almoçar em Chañaral, no restaurante e hotel "Mi Casita".
A cidade é beira-mar e pequena. Pedimos dois pratos de pescado, um com purê e um com
arroz. Pagamos 200 pesos chilenos.
Paramos em um deque para ver focas e pelicanos que estavam no local e fotografamos. Muito
legal! Nunca tínhamos visto um pelicano "ao vivo" antes. É grande e bonito.
Deixamos Chañaral. O carro marcava 27.120 km.
14h50 - Chegamos em Copiapó, a conhecida "capital do deserto" para abastecermos
e tomarmos um sorvete, pois estava muito quente.
Ficamos sabendo por lá que um Francês, de moto, que participava do Rally Dakar,
desaparecido há três dias, foi encontrado morto, embaixo de um arbusto, perto de Puerto
Madryn e distante da sua moto. O combustível da moto havia acabado, mas não se sabia
ainda o motivo da morte. O Rally estava previsto para chegar em Copiapó no dia 12/1.
De qualquer forma, antes da nossa viagem, de uma coisa havíamos sido informados: o
deserto é bem traiçoeiro e deve-se tomar certas precauções para atravessá-lo, seja
com relação a alimentação, a bebida, a medicamentos e até mesmo a vestimentas a serem
usadas. É isolado e muito difícil de se encontrar socorro, mesmo para quem passa por
lugares asfaltados, quanto mais indo por regiões do rally!
Deixamos Copiapó (km do carro:27.283).
Enquanto avançávamos na estrada, começamos a perceber mudanças na paisagem. Começaram
a aPARECER algumas plantas mais verdes e até algumas árvores (raridade!).
17h15 - Chegamos a La Serena. (km do carro:27.615).
A cidade é uma gracinha. Há um observatório austral que disserem ser bem legal de se
visitar. Fica no Cerro Tololo (dizem que lá há um telescópio de 4 metros de diâmetro).
Há também o Cerro Mayu e ainda, a 62km de La Serena, fica Vicuña, cidade natal da
poetisa Gabriela Mistral, que foi nobel da literatura em 1945 (eles sentem muito orgulho
até hoje).
Não pudemos comprovar esses dados, pois apenas dormiríamos em La Serena. Mas fica a dica
para quem tiver mais tempo!
Pedimos informações no Centro de informações Turísticas da cidade, que fica na Matta
461, Oficina 108, La Serena. Pegamos mapa da cidade e alguns panfletos com dicas de
passeios. Fomos ver os hotéis indicados.
Ficamos hospedados no Hotel Del Cid. O quarto triplo sairia por PC: 40.000,00, mas demos
uma chorada e ficou por PC: 35.000,00.
Hotel Del Cid: O'Higgins n.º 138 (entre Colón e Almagro), Casilla 822.
Telefones: (51) 212692 / 222289 (Fax).
www.hoteldelcid.cl
Passamos por uma rua de nome "Brasil".
20h15 - Jantamos em lugar bem charmoso indicado pelo pessoal do Hotel: "La Casona del
Guatón", na Brasil #750 (Tel.: (51) 211519). Fomos a pé mesmo. A comida é
preparada na hora e é muito boa (ainda bem porque eu já estava morta de fome!). Comemos
uma carne bem macia (enorme!) assada na brasa, com uma porção de palmito, arroz, purê.
Tomamos, para acompanhar, meia garrafa do vinho chileno "El Connor"- Cabernet
Sauvignon. Estava muito bom também. Total da conta: 25.400 pesos chilenos.
Passamos em um mercado, próximo ao restaurante, para comprar água e chocolates vizzio
(PC: 899 a caixa). Quando voltamos para o hotel, ao andarmos pelas ruas, que frio
passamos! É incrível porque a cidade é super quente durante o dia e a temperatura cai
bastante à noite. Nem parecia que era cidade de praia!
8/1/2009 - La Serena (Chile) a
Valparaíso (Chile) FOTOS - 08-01-09
7h - tomamos o nosso café da manhã no hotel.
Estava muito bom. Tinha muffin, iogurte, pão (macio), queijo, presunto, geléia, café
com leite e chá, o que constitui uma verdadeira fartura para o padrão dos hotéis pelos
quais passamos.
8h45 - Após fecharmos a conta e deixarmos o hotel, paramos em um posto para abastecer o
carro. E o susto: não há atendente, é autoserviço, ou seja, cada um abastece o seu
próprio carro e vai até a cabine acertar a conta. O Marcelo acabou se saindo bem.
Fotografamos, é claro!
9h5 - Saímos de La Serena. O carro marcava a quilometragem 27.625.
La Serena é uma cidade colada a outra de nome "Coquinho", que também é
praiana.
Vimos em uma placa que de La Serena até Santiago são 469 km, mas iríamos para
Valparaíso que era um pouco mais perto.
A título de curiosidade, a região considerada Deserto do Atacama vai até a cidade de
Copiapó, que é sua capital. À medida que se desce o país, além da paisagem que passa
a ser mais verde, o padrão de vida da população visivelmente também melhora.
A pista que sai de La Serena rumo ao sul é duplicada e bem sinalizada.
9h55 - Pagamos pedágio. PC: 2.300.
Acabamos atropelando um passarinho. Ele bateu no bagageiro. Infelizmente, isso acontece
com certa frequência nessas estradas.
11h - Passamos pelo parque eólico Canela. Tiramos fotos dos gigantes cataventos que
giravam.
11h10 - Pedágio. PC:2.300,00.
11h25 - Paramos no Posto Top Stop. É um "senhor posto", com lanchonete,
mercadinho e banheiros limpos e modernos. Para se ter uma idéia, a descarga é acionada
com o pé. Medida de higiene. Paga-se PC:200,00 pelo uso, mas o dinheiro é bem aplicado!
Aproveitamos para comer empanadas de queijo (pastéis) fritos na hora. Não comi muito
porque iria almoçar depois. O Marcelo e o Vítor caíram matando no lanche.
12h30 - Pagamos pedágio. PC: 2.200,00.
13h - Em certo ponto da estrada, há várias entradas à direita que vão rumo à orla. Em
uma delas, o GPS indicou que deveríamos entrar. Como ultimamente ele acabava nos mandando
para estradas de terra, em lugares pouco confiáveis, resolvemos seguir direto. Na
dúvida, paramos para perguntar. O GPS estava certo. Para ir para Valparaíso precisa
descer e pegar a beira-mar. Conforme fomos orientados, descemos na entrada para Catapilco
que também vai dar em Viña del Mar (antes de Valparaíso).
14h - Paramos para comer um peixe, à beira-mar em Concón. Só eu almocei. O Marcelo e o
Vítor, como eu imaginava, comeram empanadas demais e não estavam com fome.
Fomos seguindo a orla. Passamos em Viña del Mar. A cidade é bem arborizada e
estruturada. Possui vida agitada, barzinhos, bons restaurantes, pizzarias, hotéis e
apartamentos de primeira. Há centro de convenções e ainda carruagens bonitas que fazem
passeios pela praça (como no Central Park, em Nova Iorque). Há jardins bem cuidados e
uma orla bem montada.
Passamos por uma ponte, por meio da qual um pedaço do oceano adentra a cidade e, em
questão de alguns minutos, chegamos em Valparaíso, que fica grudada a Viña del Mar.
15h45 - Paramos, já em Valparaíso, para pedir informações a respeito de hotéis no
Centro de Turismo, localizado na Rua Condell n.º 1.490.
A cidade é enorme, com trânsito confuso. É um contraste se comparada a Viña del Mar.
Esta é mais organizada, possui construções modernas. Valparaíso é uma cidade mais
pitoresca, bem antiga, com ônibus elétricos, ascensores, construções coloridíssimas,
o que lhe dá um certo charme. Por isso optamos por ela.
No posto turístico, pegamos mapa da cidade e recebemos a indicação de alguns hotéis.
Ficamos em um mais barato, mas com banheiro privativo, detalhe que achávamos
indispensável.
Hotel Kolping Valparaíso, na Fco. Valdes Vergara 622. Diária em quarto triplo, com
café: PC 25.000,00. É um hotel simples, silencioso e tem Internet e um bom café da
manhã.
Depois de jantarmos em um restaurante de frente à praça que fica diante do hotel, fomos
andar um pouco pela cidade. Aproveitamos para comprar um tênis de basquete para o Vítor
que foi um verdadeiro achado. Um tênis da Adidas que saiu por cerca de R$110,00. Em outro
dia, vimos o mesmo tênis, em Buenos Aires, por R$220,00!
Vimos uma feirinha de artesanatos na praça. Deixamos para conhecê-la no dia seguinte.
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9/1/2009 - Valparaíso (Chile) FOTOS - 09-01-09
9h - Tomamos o nosso café da manhã e saímos
direto para conhecer um dos ascensores de Valparaíso. Optamos pelo
"Artilheria", localizado na Plaza Weelwright, onde está também o antigo
prédio da Aduana. Paramos o nosso carro em uma rua paralela à Aduana e fomos direto
comprar nossos ingressos para o ascensor, que fica ao lado. Preço do ingresso por pessoa:
PC 300,00.
Nem imaginávamos a surpresa que nos aguardava logo na saída do ascensor: Assim que
descemos deste, o Marcelo ouviu a voz da Rose, nossa amiga de Brasília.
Pensei que fosse alguém apenas com uma voz parecida. Porém, para a nossa alegria e
surpresa, é inacreditável, lá estavam eles: Ari e Rose, seus dois filhos (Vítor e
Lucas), e o seu Moacir (pai da Rose). São nossos amigos, além de compadres, e formam
conosco os "Viajantes da Capital".
Fizemos a Expedição Ushuaia juntos em 2006/2007. Porém, desta vez, eles não foram
conosco fazer a Expedição Machu Picchu, pois queriam conhecer a "Carretera
Austral".
O incrível é que não combinamos esse encontro. O nosso roteiro, inclusive, o qual eles
tiveram acesso, acabou alterado por causa do dia que fiquei internada e pelo outro dia que
não achamos a passagem de volta para Cuzco. Além disso, nosso último contato havia sido
em dezembro, antes da viagem, e eles não sabiam de nada desta alteração de planos nem
quando iríamos estar em Valparaíso.
Eles, por outro lado, também não eram para estar naquele dia em Valparaíso. Também
resolveram alterar os planos. De qualquer forma, não havíamos combinado nada antes
porque nossos roteiros não coincidiriam em nenhum dia.
Mas o destino não deixa por menos. É como sempre digo: nada na vida é por acaso e
coincidências não existem. Se nos encontramos sem nada marcar, é porque era para
acontecer. Vai ver que é porque nossos espíritos vibram na mesma sintonia e se emocionam
na ânsia de conhecer novos rumos...
Foi uma manhã muito agradável. Conversamos bastante, trocamos várias informações
sobre nossas viagens.
Acabamos conhecendo também neste local um casal de argentinos bem simpáticos, que são
de Mendoza. Dissemos a eles que iríamos para lá no dia 13.
A conversa estava tão boa que nem vimos o tempo passar e já estava quase na hora do
almoço.
O Ari e sua turma estavam indo para Santiago naquela hora e nós iríamos para lá
também, mas só no dia seguinte. Desta vez, marcamos de nos encontrar em Santiago. Por
fim, nos despedimos e eu, Marcelo e Vítor continuamos nosso passeio.
No alto do ascensor, Paseo 21 de Mayo, fica o Museo Naval e Marítimo. A entrada custa PC
700,00 por pessoa. Resolvemos não entrar porque acabou ficando um pouco tarde para nós,
que tínhamos outras coisas para conhecer.
Nesse mesmo lugar, fica a Igreja San Domingo e uma feirinha de artesanatos. A visão que
se tem do porto, lá do alto, é muito bonita.
12h45 - Almoçamos por lá mesmo, ao lado da saída do ascensor. O almoço estava gostoso.
Comemos um peixe mediterrâneo acompanhado de arroz e batata cozida. Porém, achamos o
preço meio salgado pela quantidade de comida que vem, que é pouca. Lá, quando dizem que
o prato dá para um, é porque é para um mesmo!
Mas valeu pela simpatia do garçom que nos atendeu. Ele já morou no Brasil e conversou
muito conosco. Com desconto, o almoço saiu a PC 5.600,00 o prato.
Tiramos fotos no ascensor e fomos ao hotel pegar nossas coisas para irmos para Viña Del
Mar conhecer o pacífico, do lado de dentro, é claro!
Na porta do nosso hotel, estavam vários motoqueiros procurando por hospedagem. Era o
pessoal que acompanhava o Rally Dakar que estava chegando na cidade. Ainda bem que já
estávamos hospedados. Essa era a nossa maior preocupação com relação ao Rally. Se
chegássemos depois deles, dificilmente acharíamos vagas em hotel.
Ao chegar na praia, achei estranho porque vi muitas pessoas na areia e ninguém na água.
Quando tirei a roupa descobri o motivo: sopra um vento muito gelado que vem do mar e a
água também é tão gelada que só dá para pegar sol na areia e pronto.
O Vítor e o Marcelo, vencendo o frio, deram um mergulho na água. Eu consegui molhar
somente os pés. Serviu como batismo!
16h - Comemos pizza no "Telepizza Chile S.A." É um verdadeiro achado! Fica na
Av. Martin 350, em frente à praça de onde saem os passeios de carruagem. É um prédio
pequeno, branco e vermelho, de dois andares.
Lá, você monta a sua própria pizza, escolhendo 3 recheios. A pizza é deliciosa!
Pedimos 2 pizzas individuais. Uma com lomito, tomate e cebola e outra com frango, presunto
e champion. Preço total com refri: PC 4.980,00.
16h45 - Fizemos o passeio de carruagem. É legal! Durante o trajeto, o cocheiro vai
mostrando alguns pontos turísticos da cidade. O passeio tem duração em torno de 20 a 30
minutos. Saiu por PC 10.000 pelos três, já com desconto.
Voltamos ao hotel e depois saímos para jantar na avenida, próximo de onde compramos o
tênis do Vítor.
Depois, andamos na feirinha e compramos algumas lembrancinhas. Entre elas, um flamingo
feito de conchas e uma rocha com focas em cima dela, além de cartões postais para a
minha coleção.
10/1/2009 - Valparaíso (Chile) a
Santiago (Chile) FOTOS - 10-01-09
9h - Fechamos nossa conta no hotel. Deu PC:
50.000,00. Saímos rumo a Santiago. Km do carro: 28.078. Seriam 109 km de Valparaíso até
Santiago.
9h53 - Pagamos pedágio. PC 2.200,00.
10h20 - Pedágio, no mesmo valor.
10h25 - Chegamos em Santiago. A cidade é enorme e difícil de andar. Mas já sabíamos
disso desde a nossa Expedição Ushuaia. Procuramos pelo Hotel Kolping. Combinamos com o
Ari que se fosse bom e barato, ele ficaria lá e nos encontraríamos com ele.
O hotel estava cheio. Perguntamos se nossos amigos brasileiros haviam passado por lá.
Eles disseram que sim e, como estava cheio, iriam ver no Hotel Los Arcos.
Fomos ao Hotel Los Arcos, que era perto do outro, mas eles também não estavam hospedados
nele. Decidimos então telefonar para o Ari. Conseguimos conversar com ele, que nos disse
que estavam em um ônibus turístico fazendo um tour na cidade. Estavam hospedados no
Hotel Paris.
O trânsito de Santiago é uma loucura. Há duas faixas exclusivas para ônibus. Quando
você quer virar para a direita, os ônibus acabam atrapalhando e, não raro, acabamos
perdendo o retorno desejado.
Depois de muito errar, olhando apenas no mapinha (papel), pois no nosso GPS ainda não
estavam baixadas as ruas de Santiago, chegamos enfim ao Hotel Paris. Neste hotel, só
havia um quarto triplo disponível que dava para uma avenida bem barulhenta. Além disso,
a diária era PC 25.000,00, fora café da manhã e estacionamento que eram pagos à parte,
o que daria em torno de PC 33.000,00.
Optamos por voltar até o Hotel Los Arcos e verificar. O preço do quarto triplo era PC
25.000,00, já incluso café da manhã, estacionamento e Internet wifi. A vantagem também
é que era mais afastado do tumulto. Localizava-se numa avenida tranquila e o quarto era
muito bom: apesar do carpete, era limpinho e possuía dois andares. No de baixo, havia uma
cama de casal, banheiro, ventilador e uma TV. No de cima, havia um beliche e mais duas
camas de solteiro. Resolvemos ficar por lá mesmo.
Hotel Los Arcos: Agustinas 2173.
Fone 699-0998 ou 696-5602.
14h - Fomos almoçar perto do hotel. Comemos no Restaurant Bar (Sushi Bar), na Ab. Brasil
255-A. Não comemos sushi, mas pedimos uma tábua com carne e um menu do dia com frango. A
comida estava boa e o ambiente é bem agradável.
O prato que eles dão o nome de menu vem com entrada (salada ou sopa), o prato principal
(chamam de "plato de fondo"), um refri ou uma taça de vinho. Preço da conta:
PC 13.200,00.
Retornamos ao hotel, descansamos um pouco e marcamos uma visita à vinícola Concha y Toro
para as 10h do dia seguinte. A visita dura em torno de 1 hora.
18h - Saímos para o shopping Las Condes. Passamos antes no Hotel Paris para ver se nossos
amigos haviam chegado. Deixamos recado, e, quando já íamos embora, encontramos com eles
na portaria. Estavam acabando de chegar do city tour. Conversamos um pouco e os convidamos
para jantar. Eles não aceitaram porque já haviam comido algo e estavam muito cansados.
Precisavam dormir cedo porque iriam embora no dia seguinte. Ficamos de marcar um almoço
em Brasília, para falarmos da viagem e nos despedimos.
19h20 - Chegamos ao Shopping Las Condes. É enorme. Há um mercado Jumbo no térreo e as
lojas ficam no andar de cima. A praça de alimentação traz boas opções. Comemos e
voltamos para o hotel porque precisávamos descansar um pouco porque o dia fora bem
agitado.
11/1/2009 - Santiago (Chile) FOTOS - 11-01-09
9h30 - Saímos para a Vinícola Concha y Toro.
Chegamos atrasados, às 10h40, pois foi difícil de encontrar o local. Mesmo assim
conseguimos entrar. Pagamos PC 7.000,00 por pessoa com direito a duas degustações de
vinho e uma taça de brinde. O Vítor não pagou porque era menor de idade. Nossa guia
seria a Paula.
A vinícola fica aos pés da Cordilheira, que forma uma barreira natural protegendo os
vinhedos.
Inicialmente, assistimos a um filme sobre a vinícola. Descobrimos que a Concha Y Toro
possui mais de um século de existência.
Casillero Del Diablo é o vinho mais antigo. Trio é o que mistura três variedades de uva
branca. A Concha Y Toro é o maior exportador da América Latina. O nome deve-se ao
fundador de nome "Don Melchor". Passamos pela casa de veraneio de sua família.
O terreno possui 23 hectares de parque, muito bem cuidado. As primeiras parreiras foram
trazidas da França.
Passamos pelo vinhedo do Valle Del Maipo.
O terreno mais pedregoso é melhor para a uva. Ela não cresce muito por causa disso, o
que mantém o seu sabor. As uvas são plantadas de norte a sul para melhor aproveitamento
da luz solar.
Degustamos um vinho trio de 2008. Muito bom. Fomos conhecer, então, as barricas. São
utilizadas por até quatro vezes. A temperatura local é entre 12º e 20º para evitar a
fermentação. Os melhores vinhos ficam de 14 a 16 meses dentro da barrica. Cada barrica
cabe mais ou menos 220 litros de vinho, os quais enchem cerca de 300 garrafas.
Os vinhos tintos passam pelas barricas. Já os brancos geralmente não passam.
Visitamos "Casillero Del Diablo". Foi construído a 30 anos de existência da
Concha Y Toro. Fica a 4 metros do solo. Os ladrilhos do local são feitos de cal, clara de
ovo e areia. Conta-se que os vinhos desapareciam misteriosamente dali. Don Melchor, em
face disso, espalhou a história de que um diabo vivia ali. Desde então nunca mais
desapareceram garrafas de vinho. No local, há uma bodega particular, de onde garrafas
empoeiradas, bem antigas, só saem em situações especiais. Lá, há uma imagem
assustadora "daquele" lá do fundo, para colocar medo mesmo!
Degustamos um Cabernet Sauvignon de 2007, que é um vinho tinto muito bom também. Mas
gostei mais do trio.
Ao final do tour, há um local em que as pessoas podem comprar vinhos ou algumas
lembrancinhas.
Saímos da vinícola às 12h20, já tontos de experimentar vinho e com a barriga roncando
de fome.
No caminho de volta para Santiago, como não encontramos nenhum lugar par almoçar,
paramos, por incrível que pareça, para comer sanduíches no McDonald. Coisa que não
faríamos no Brasil.
13h30 - Aproveitando a tarde, decidimos conhecer o Cerro San Cristoban.
Compramos ingresso apenas de subida para o funicular. Se comprássemos ida e volta sairia
mais barato. Só que queríamos andar de teleférico também e achávamos que este
voltaria para onde estávamos. Passagem de subida (só ida) no funicular: PC 800,00 por
pessoa.
Em cima do Cerro há uma capela e, mais acima, a imagem da Virgem Imaculada Conceição
bem grande, como a proteger constantemente a cidade de Santiago. No alto, abaixo do ponto
da imagem, há feirinha de artesanato, banheiros, mirador da cidade de Santiago e local
para comprar lanches.
A vista lá de cima é espetacular. Ficamos impressionados de ver o quanto Santiago é
grande. Para se subir até a imagem, passa-se por uma espécie de arquibancada (longos
bancos de cimento). Ficamos sabendo que missas e até casamentos são realizados ali, ao
ar livre, no alto do Cerro, sob a proteção da Virgem.
O local é bem gostoso. Soprava uma brisa fresquinha para amenizar os 37º que faziam no
momento. De fundo, ouvia-se de um som ambiente músicas bem tranquilas, religiosas, o que
traz muita harmonia ao local.
Descobrimos que o teleférico desce para o lado oposto de onde desce o funicular, do outro
lado do cerro. Acabamos tendo que pagar para descer no teleférico, subir com ele
novamente e descer no funicular (saída em frente a qual ficou estacionado nosso carro).
Mas compensou o passeio. A vista do teleférico, apesar do calor, é incrível. Preço do
teleférico por pessoa: PC 1.200,00.
17h20 - pretendíamos visitar um museu ainda, mas vimos que pelo horário provavelmente
já estaria quase fechado. Decidimos retornar ao hotel.
12/1/2009 - Santiago (Chile) FOTOS - 12-01-09
8h30 - Na sala de café do hotel, conhecemos
brasileiros. Um paulistano que estava viajando sozinho e um casal de Santos que estava
viajando de moto. Conversamos e trocamos ideias sobre as estradas e locais que merecem ser
visitados.
9h - Pegamos um táxi até a Praça de Armas: PC 1.200,00. Fomos andando até o Mercado
Central, somente para conhecer, porque é um ponto turístico famoso da cidade. É um
mercado tipicamente de peixes e mariscos, com restaurantes no próprio local e algumas
bancas que também vendem Frutas.
De lá, pegamos um ônibus de turismo (vermelho) de dois andares. Esses ônibus circulam
pela cidade até às 18h. Você paga um ingresso único de PC 18.000,00 por pessoa e pode
descer e subir do ônibus durante todo o dia, quantas vezes desejar. Ele possui 11 paradas
ao longo do percurso e passa por vários pontos turísticos.
Sinceramente, para nós não achamos que tenha compensado pagar o valor. Isso porque já
havíamos conhecido alguns pontos por onde o ônibus transitou e ele demora muito a
passar. Além disso, vimos que, de táxi, para nós três, sairia mais barato.
12h - Descemos do ônibus no ponto do Shopping Arauco. Acabamos almoçando em um
restaurante chinês lá dentro. A comida estava boa. Depois, demos uma volta pelas lojas
para conhecer.
15h20 - Na saída do shopping, em frente ao ponto onde se pega o ônibus de turismo, havia
um brinquedo diferente para crianças e adultos. Era uma espécie de "estilingue
humano", uma cadeira com três lugares, presa a um elástico, que é arremessada para
o alto. Dependendo do arremesso, chega a dar uma volta no ar. Só o Vitor, mais corajoso,
resolveu testar o brinquedo e adorou! Paga-se PC 12.000,00.
Fez 39º na cidade durante o dia. Estava um forno!
16h - Pegamos o ônibus de turismo novamente e descemos na Praça de Armas. A nossa
intenção era pegarmos um táxi até o Museo Interativo Mirador. O motorista do táxi,
todavia, nos desaconselhou a ir. Disse que o bairro é muito perigoso e que ele próprio
não queria ir até lá com o seu táxi. Poderia ser mais convincente?
Acabamos retornando ao hotel e o Marcelo aproveitou para levar o carro para trocar o
óleo. Ele fez a troca na Juan Zamora Y Compañia Ltda., na Pdte. Pinto 1541,
Independência. Preço do serviço: PC 25.250.
20h - Saímos para comer alguma coisa. Resolvemos ir ao Sushi Bar, porque era perto e já
conhecíamos. O Vítor resolveu experimentar o sushi da casa, mas não gostou muito. Isso
porque o sushi de lá vem com abacate dentro, como quase tudo no Chile.
Já para mim e o Marcelo, pedimos uma tábua de carne com shitake e pães, estava bom, mas
um pouco salgado. Resolvemos experimentar também o famoso Pisco Sour (aguardente feito de
uva com limão). É muito bom. Lembra muito a nossa caipirinha. Total da conta: PC 20.600.
Paramos em um locutório para dar um alô para a família no Brasil e voltamos para o
hotel. Aproveitamos para encerrar logo a conta, que deu PC 75.200. A dona do hotel nos deu
a nota fiscal. Comentamos com ela o fato de que até quando pagamos o uso do banheiro no
Chile a nota é emitida. Ela nos disse que a fiscalização chilena é rigorosa e que quem
não emite a nota recebe uma multa "bem salgada", segundo ela.
13/1/2009 - Santiago (Chile) a Mendoza
(Argentina) FOTOS - 13-01-09
Conhecemos mais dois brasileiros enquanto
tomávamos café da manhã no hotel. Moram em Florianópolis e estavam indo conhecer
Bariloche e parte do sul do Chile.
10h10 - Demos o nosso "TChauzinho" para Santiago e seguimos rumo a Mendoza.
Tínhamos uma aduana para enfrentar pela frente. O carro marcava 28.356 quilômetros.
10h30 - Pagamos pedágio. PC 800,00.
11h - Outro pedágio. PC 1.600,00.
11h50 - Paramos no Hiper Lider, que é um mercado na cidade de Los Andes para almoçar. É
a última cidade antes de subir a cordilheira e atravessar a aduana. Então, para
almoçar, só nessa cidade mesmo.
O local em que comemos chama-se Mamut. É bem aconchegante, possui decoração em madeira
e é bem arrumadinho mesmo. Funciona como restaurante, café e bar. Tem até site:
www.mamutrestaurant.cl.
O Marcelo pediu um suco de Chirimóia para experimentar. Lembra um pouco o cupuaçu e a
graviola.
O prato no restaurante é individual. Pedi pescado com creme branco e espetinho de
camarão e arroz branco (é parborizado, como na maioria dos restaurantes). O Vítor e o
Marcelo pediram, cada qual, um prato de filet mamut com arroz (é uma carne de 300gr
assada).
A comida é boa, mas vem pouco tempero, já lembrando o estilo de comida da Argentina.
Para sobremesa, resolvemos arriscar um sundae mamut da promoção. São dois por PC
3.290,00. Pela foto no cardápio, achamos que era de tamanho normal. Mas quando chegou,
era gigante!
Ao final, o restaurante deu para nós um pequeno desconto. A conta ficou em PC 22.650,00.
Aproveitamos para comprar uns vinhos chilenos no mercado, antes de deixar o país.
13h40 - Saímos de Los Andes e começamos a subir a cordilheira. A paisagem é linda, sem
comentário!
14h20 - Iniciamos a subida dos "caracoles". É um trecho da cordilheira marcado
por uma curva após outra, montanha acima, em forma de espiral, que realmente lembra um
caracol. É uma pista perigosa e há muitos caminhões que passam por lá.
14h40 - Chegamos na aduana chilena. Despedida do Chile. O Marcelo mostrou o papel grande,
escrito "Título de Importacion Temporal de Vehiculos" , e eles o carimbaram
atrás.
15h30 - Chegamos no controle integrado aduaneiro Chile/Argentina. Três filas enormes de
carros nos aguardavam.
Na fila, conhecemos uma pessoa de Brasília que estava com uma camiseta escrita
"Brasília Dakar 2008". Ele foi acompanhado da namorada participar de apenas um
trecho do Rally. Estava em um Fiat Estrada preto.
17h25 - Ainda estávamos na fila. Compramos lá um sanduíche para dividirmos por nós
três. Um lanchinho para aguentar a demora.
17h35 - Finalmente fomos atendidos. Alguém veio até o carro. O Marcelo entregou um papel
cor "café" e os passaportes com os papeizinhos brancos.
18h5 - Chegamos na Aduana Argentina (no próprio local), onde fazem a vistoria do carro.
Pegaram os papéis coloridos e carimbaram nossos passaportes.
18h10 - Saímos, enfim, das aduanas. Demoramos 2 horas e 40 minutos nesse trâmite. Foi o
nosso recorde de demora.
19h35 - Passamos pela pequena cidade de Uspallata. Fica em um vale arborizado no meio das
montanhas. Espetacular!
21h15 - Chegamos em frente ao Hostel Triskel, em Mendoza. Já conhecíamos este hotel da
outra expedição que fizemos e gostamos do lugar e do atendimento da Alejandra, dona. É
simples e possui beliches nos quartos. Os banheiros são fora do quarto e compartilhados.
Mas cada quarto usa um banheiro específico. Como ficaríamos só nós três no quarto, o
banheiro acabava sendo exclusivo.
O hotel, na realidade, é uma casa em que os quartos que ficam no andar de cima são
alugados. No andar de baixo fica a sala com sofá, TV, mesa com cadeiras e a cozinha. Quem
quiser pode usá-la para esquentar comida ou guardar algo na geladeira também.
A Alejandra, dona do hostel, seu namorado Leandro, a Lorena e todo o pessoal que lá
trabalha são jovens e bem simpáticos.
Ela ficou muito feliz em nos receber, especialmente por estarmos indo pela segunda vez.
Disse que, para completar sua felicidade, no dia seguinte seria seu aniversário e que,
para comemorar, queria nos dar uma diária a mais. Agradecemos muito, mas dissemos que
nosso tempo estava apertado e, infelizmente, não dava para esticar um dia sequer do nosso
roteiro.
Vimos com ela alguns passeios que poderiam ser feitos na cidade. Eles têm vários para
indicar.
Para jantar, decidimos comer os sanduíches que havíamos comprado na aduana. Depois,
cama.
Hostel Triskel. Fica na Salta, 1904. Diária para os três: PA 110,00, com café da
manhã.
14/1/2009 - Mendoza (Argentina) FOTOS - 14-01-09
Acordamos tarde, por volta das 8h40, e tomamos o
nosso café.
Depois, fomos dar uma volta pelas ruas da cidade e sacar dinheiro no caixa automático.
Almoçamos em um dos cafés em frente à Praça Independência. É preciso chegar bem
cedo, porque o nosso almoço demorou 45 minutos para ficar pronto. Eu já estava faminta!
A comida Argentina vem com pouco sal. Você escolhe um tipo de carne, que vem grande, com
direito a um único acompanhamento. Eu escolhi um lomo (bife macio) com purê de abóbora
(eles chamam zapallo ou calabaza). Cada prato com lomo e um acompanhamento ficou por PA
16,00. A comida dá para apenas uma pessoa e é feita quase sem tempero.
Comemos e voltamos para o hotel, pois marcamos um passeio para conhecer umas bodegas.
Preço: PA 40,00 por pessoa.
14h50 - O pessoal da companhia de turismo chegou ao hotel para nos buscar em uma van.
A região de Mendoza é famosa pela produção de vinhos. Em 10 anos, a cidade conseguiu 2
"Oscar" do vinho, que é um média muito boa.
15h15 - Chegamos a uma fábrica artesanal de licores de nome "A La Antigua". É
uma casa pequena, onde a própria família fabrica artesanalmente chocolates, licores,
doces, cervejas, bebidas destiladas e outros produtos.
O dono fez uma apresentação de toda produção. Apesar da fabricação caseira, eles já
ganharam prêmio pelos licores. Há licores de vários sabores, até de tabaco e de
pétala de rosas. Este último tem o nome "passion du femme". O nome foi
colocado em Francês, porque o dono acha que é mais romântico, segundo ele mesmo disse.
Fomos para uma sala degustar. Provamos chocolates, geléias e os licores de chocolate e
"passion du femme". Ambos são gostosos, mas achamos este último um pouco
melhor e acabamos comprando uma garrafa dele. PA 27,00.
16h - Seguimos para conhecer uma bodega em Maipu. É a região de Mendoza conhecida como
"caminho do vinho". Também é conhecida como a terra da uva Malbec. Há grandes
importadores no local.
Vimos na estrada alguns vinhedos cobertos por telas metálicas. Perguntei o motivo para a
nossa guia e ela explicou que é por causa das tormentas de pedras grandes de gelo que
caem na região na época da primavera. Podem arrasar plantações inteiras se não houver
proteção. Eles chamam esses fenômenos da Natureza de "helada", como se fosse
a nossa "geada".
Na estrada, passamos em frente a Viña Norton. São famosos os vinhos ali produzidos. Só
eles possuem 475 hectares de plantação da uva Malbec.
16h15 - Chegamos a "Cavas de Don Arturo". É uma vinícola artesanal e pequena
comparada às outras, mas nem por isso deixa de ter vinhos saborosos.
Nesse local, conhecemos a árvore da qual se fabrica a "cortiça" (rolha das
garrafas de vinho).
Eles produzem vinhos de duas qualidades de uva: Malbec e Syrah.
A colheita das uvas é feita uma vez ao ano. Há uma grande festa para isso, realizada nos
meses de fevereiro, março e abril.
Conhecemos a "sala de vendimia", que é o local onde as uvas são pisadas. A
temperatura que usam para manter o vinho é em média 16º e ele deve estar no escuro.
Os vinhos só são vendidos na própria bodega, não são encontrados em mercados, pois
são fabricados para exportação.
Foi-nos oferecido para degustação um tinto Malbec de 2004 e um Cabernet Sauvignon
também de 2004. Aprendemos que, para ver se o vinho é encorpado, roda-se o líquido na
taça. Quanto mais demorar a escorrer (lágrimas), melhor. Degustamos, ainda, um Syrah
2003.
17h5 - Deixamos a vinícola. Fomos conhecer um local chamado PaSrai, que é uma fábrica
de azeite e derivados dele, como cremes para o corpo, sabonetes, etc. Fabricam ainda
tomate seco e uva passa. Fica na Ozamis Sur 2718 - C.P. 5515, Maipú, Mendoza.
Lá, explicaram que o melhor azeite é o extra-virgem. A qualidade do azeite não é vista
pela cor deste, mas pelo nível de acidez que deve ser o mínimo.
Vimos no local pé de caqui (estava verde) e pêssego também.
Degustamos azeite com pedaços de pão. Havia azeite filtrado e sem filtrar. Gostamos mais
do sem filtrar, que tem um gosto mais apurado. Compramos uma garrafa dele, de 250ml, por
PA 13,00. Comprei ainda um creme para o corpo muito cheiroso por PA 34,00. Ficamos sabendo
que eles exportam azeite para Brasília por meio da rede "Oba".
18h - Fomos conhecer a última vinícola do passeio: Baudron. É uma vinícola grande.
Produzem 4 milhões de garrafas de vinho ao ano. Há no local até um salão de festas com
tonéis grandes na lateral e garrafas enfeitando. Eles alugam para eventos.
Degustamos um vinho branco "Chandonay". Está à venda por PA 18,00. Depois, um
Cabernet Saugvinon 2007, jovem e seco, para ser tomado com carne vermelha. Estava muito
bom. Tomamos com empanadas de carne, compradas no local por PA 2,00 cada.
Provamos ainda um suco de uva branco (uva Moscatel). Achei um pouco doce, mas o Marcelo e
o Vítor adoraram. Compramos uma garrafa por PA 6,00.
O vinho mais caro da vinícola custa PA 120,00. É o vinho tinto que ganhou medalha de
ouro em um concurso mundial de vinhos Malbec, 2006.
19h - Saímos da bodega e nos deixaram no hotel. Valeu! Foi muito bom o passeio.
20h25 - Pegamos um táxi e fomos comer alguma coisa. Ficamos em um restaurante perto do
Cassino, de nome "Parrilla Facundo Restaurant". O Marcelo pediu peixe com
batatas. Eu e o Vítor pedimos espaghetti com molho (este é pago separadamente). Ficou
caro: PA 83,00. Pelo menos estava gostoso.
Andamos um pouco na Praça da Independência. É o "point" da cidade. Lá,
funciona uma feirinha espetacular onde se encontram alguns artesanatos diferentes, os
quais são realmente exclusivos. Não vimos em outras cidades. O melhor dia para se ir à
feirinha é no final de semana, pois todas as barracas abrem e há apresentações na
praça de danças, acrobacias, músicas indígenas (como vimos em 2006). Mas, mesmo na
quarta-feira, ainda encontramos umas barracas funcionando. Em uma delas, fizemos nossa
caricatura para guardamos de lembrança.
Compramos ainda uma lembrancinha bem simples para levarmos para a Alejandra, pois era
aniversário dela. Ela ficou muito emocionada com a lembrança e o carinho. Agradeceu
muito. Convidou-nos a ficar comemorando com ela.
Contudo, achamos melhor subirmos para o nosso quarto, deixando-a mais à vontade para
comemorar com a família e os amigos que lá estavam.
15/1/2009 - Mendoza (Argentina) FOTOS - 15-01-09
9h - Marcamos um passeio para conhecer as águas
termais de Mendoza. O lugar é chamado de Thermas Cacheuta (www.termascacheuta.com). O
pessoal chegou para nos buscar pontualmente. Seria um dia no clube. O preço ficou a PA
60,00 por pessoa, ida e volta, já incluído o ingresso de entrada.
Localiza-se a cerca de 35km de Mendoza, na Ruta Prov. 82 km 39 (telefone: 02624-490139).
Quando vimos de Santiago para Mendoza, passamos perto deste lugar. Para quem quiser, pode
optar: em vez de ir para o clube, pode passar o dia em um spa que fica na mesma região.
Este, porém, possui preço mais salgado: PA 180,00 por pessoa. A mesma van que nos leva
ao clube é a que leva para o spa. Ela deixa primeiro as pessoas que vão para este
último.
O Termas Cacheuta é um clube bonito. Há várias piscinas quentes, em meio a um cenário
rodeado de montanhas, com um cristalino rio, bem verde, também bem veloz, cheio de
pedras, que pode ser avistado de dentro das piscinas. Este rio corre ao pé da montanha e
vimos uma pessoa praticando canoagem nele. Essa pessoa parecia bem corajosa!
Curiosidade: não se pode entrar nas piscinas com cabelos compridos soltos ou comendo ou
bebendo algo. É preciso prendê-los, se não quiser ser barrado assim que entrar. Há uma
placa no local informando sobre essas restrições e há também quem faça com que sejam
cumpridas.
Conhecemos, em uma das piscinas, uma boliviana que nos disse que foi ganhar a vida na
Argentina. Ela falou que a Bolívia é bem pobre e carente de oportunidades e que não
pretende retornar ao seu país de origem. Com essa boliviana estavam algumas mocinhas, uma
delas sua filha. Falamos muito com uma das garotas, a Bárbara, que é filha de argentina
com chileno, e é bem simpática. O Vítor aproveitou para praticar o espanhol.
Fomos a uma piscina bem disputada. Lá, as pessoas ficam deitadas, só com as cabeças de
fora, enquanto o resto do corpo é agraciado com uma gostosa hidromassagem, numa água
quente, bem relaxante. Tivemos que esperar alguém se levantar para pegarmos uma
"vaga".
Há no clube um restaurante. Comemos por lá frango assado com purê. O prato individual
saiu a PA 20,00. A comida estava, por incrível que pareça, bem temperada. Deve ser
porque essa parte da Argentina é bem próxima ao Chile.
A van nos pegou no clube às 17h para retornarmos ao hotel. No trajeto de volta, pararam
em um local bem bonito que vende artesanatos, chamado Ayllu, almacén de artesanías.
Compramos um alfajour gigante (doce típico argentino, que lembra nosso pão de mel, mas
recheado quase sempre com doce de leite). Preço: PA 9,00. Os preços, de um modo geral,
estavam caros. Além disso, os artesanatos que vimos são os mesmos que havíamos visto no
Peru, e lá os preços eram bem menores. Uma peruana já nos havia alertado de que o Peru
exporta artesanatos para o Chile e a Argentina, e acabamos por comprovar que era verdade.
19h30 - A van nos deixou no hotel. Tomamos um banho rapidinho e pegamos um táxi até o
Shopping Mendoza. Precisávamos de um mercado, um caixa automático e um lugar para
jantar. Nada melhor do que um shopping para reunir tudo isso.
Comemos no "Big Time". Eles servem pizzas, que, por sinal, são deliciosas!
Prova disso é a fila que se aglomerou em frente ao local.
Compramos algumas coisinhas, pegamos um táxi em frente ao shopping e voltamos para o
hotel. Dia seguinte: estrada novamente.
16/1/2009 - Mendoza (Argentina) a
Córdoba (Argentina) FOTOS - 16-01-09
10h15 - Bem mais atrasados do que pretendíamos,
nos despedimos da Alejandra, da Lorena e de todos que nos trataram com muito carinho (o
Leandro já havia saído para trabalhar, por isso deixamos um grande abraço para ele).
Não poderíamos nos esquecer de mencionar, é claro, as "mascotas" da
Alejandra: Bono, um cachorro grande, que já conhecíamos, e a nova aquisição, de nome
Pretinha, uma cadela pequena que estava prenha. Tiramos foto para registrar.
A Alejandra me deu de lembrança um creme corporal de coco, muito cheiroso. Indicou para
nós também alguns endereços em Córdoba.
Deixamos Mendoza. Quilometragem do carro: 28.740.
Que gostoso andar naquela cidade toda arborizada. As árvores que se vêm são aquelas com
a folhinha que é símbolo do Canadá ("platanus acerifolia", nome científico,
ou chamadas também de "Liquidambares").
É um charme a cidade: restaurantes e bares com mesas nas calçadas, ônibus elétricos e
praças bem cuidadas com fontes, por onde as pessoas transitam tranquilamente. A praça
principal é a Independência, onde fica a feirinha de artesanatos. Há ainda o Parque San
Martin, ponto de encontro para piqueniques ao final de semana, bom também para se tirar
uma soneca sob a sombra de uma árvore. É lá que fica o zoológico da cidade.
11h55 - Paramos para almoçar em La Paz. Bolívia? Não! Apenas uma cidade na Argentina.
12h45 - Pagamos pedágio. PA: 1,90.
13h15 - Passamos por uma pista cheia de postes coloridos. Um charme! A cada 25 postes, ou
seja, a cada quilômetro e meio rodado, as cores dos postes mudavam. Foi assim até a
cidade de San Luis.
15h5 - Abastecemos em Quines.
16h - Passamos pela cidade de Villa Dolores.
16h20 - Passamos por uma cidade cheia de cabanas para alugar, com muitos artesanatos para
vender à beira da estrada. Parecia ser uma cidade turística. É limpa e toda gramada. O
nome do lugar é sugestivo: Villa de Las Rosas.
16h50 - Passamos por mais uma cidade: Mina Claver. Estava lotada de turistas. Havia muita
gente tomando banho em um rio largo (de nome Passaholma) com árvores ao redor que corta a
cidade. Tem a cara de cidade praiana. Pelo movimento, deve ser para lá que os moradores
de Córdoba fogem nos finais de semana e feriados.
O GPS nos deu um verdadeiro "banho" nessa cidade. Acabamos indo parar numa
estrada de terra e voltando até uma placa que indicava o caminho para Córdoba antes da
entrada para Mina Claver. Acho que ele queria nos mandar por um "atalho".
Subimos um trecho bem bonito no meio das montanhas. De lá, dava para avistar a cidade de
Mina Claver ao longe e as outras cidadezinhas por onde passamos. É uma vista
maravilhosa..., mas a maior surpresa nos aguardava mais adiante.
18h25 - Em determinado trecho, no alto das montanhas, vimos alguns carros parados no
acostamento, em uma espécie de mirante que dava para um vale onde, bem distante, via-se a
cidade de Córdoba. Paramos para ver e descobrimos que estavam apreciando, na realidade, o
vôo de alguns condores. São pássaros enormes...
Espetacular! Não teve quem não parasse para admirar aquele final de tarde dourado, com
aqueles vôos majestosos sobre nossas cabeças. Os condores simplesmente planavam ao sabor
do vento, sem ao menos tomar conhecimento da nossa presença... Que visão inesquecível!
Ninguém ousava falar alguma coisa e quebrar a magia do momento...
19h24 - Descendo as montanhas, pagamos mais um pedágio. PA 1,00.
20h - Logo na entrada de Córdoba, descobrimos que o pessoal do Rally/Dakar havia chegado
primeiro na cidade, por volta de meio-dia. E mais. Uma grande festa estava montada para
recebê-los. Havia até um balão gigante, daqueles que são pilotados, que estava sendo
preparado para um sobrevoo. Paramos para fotografar tudo.
Enquanto passávamos, tivemos também nosso "momento de glória". Como a placa
do nosso carro era de fora e este estava todo enfeitado com adesivos e bandeiras, as
pessoas achavam que estávamos acompanhando o Rally. Algumas chegaram a acenar para nós e
davam boas vindas. Acenamos de volta, é claro!
Programamos o GPS para nos levar ao hotel indicado pela Alejandra, mas acabamos parando em
um lugar distante do centro, em um lugar com ruas não pavimentadas. Voltamos e fomos para
o centro.
Depois de muito rodar, com direito a parar para comprar um frango assado porque estávamos
famintos, finalmente chegamos ao tal hotel. Porém, estava lotado. Descobrimos que, com o
pessoal do Rally na cidade, era muito difícil achar vaga, a não ser em hotéis
caríssimos. Saímos um pouco do centro e, depois de procurar em vários, já perto das 22
horas, acabamos hospedados no Gran Hotel Savoy. Fica na Jerônimo Luis de Cabrera 201,
esq. Gral. Paz. É um hotel 3 estrelas. Preço do quarto triplo com direito a café da
manhã + garagem + Internet = PA 180,00. Foi a diária mais cara que pagamos até aquele
momento, mas era a melhor opção que encontramos. Era pegar ou largar.
Depois de termos rodado pelo centro da cidade, vimos que Córdoba é uma cidade grande, um
pouco antiga e estava lotada. Além disso, na própria cidade, parece não haver muita
coisa para se ver. Eu já havia lido sobre isso na Internet.
Ter ido até Córdoba valeu à pena por termos visto os condores. Porém, no mais, não
era o que buscávamos na viagem. Queríamos algo mais tranquilo. Estava programado em
nosso roteiro ficarmos o dia seguinte na cidade, mas achamos melhor alterar os planos e
seguir adiante para sairmos do tumulto.
Caímos na cama e dormimos...
17/1/2009 - Córdoba (Argentina) a
Rosário (Argentina) FOTOS - 17-01-09
11h30 - Fechamos nossa conta e acabamos saindo
tarde do Hotel. Precisávamos baixar uns mapas da Internet para melhorar o desempenho do
nosso GPS.
12h20 - Paramos ainda em Córdoba para almoçar. Comemos em um posto da rede YPF. Pedimos
um churrasco (vem dois bifes) com salada de cenoura ralada e tomate (tiramos a pele na
hora de comer) e uma milanesa com batatas fritas. Para beber, pedimos uma caixa de suco de
maçã com pêra. Total da conta: PA 51,00.
Km do carro: 29.470.
13h25 - Pagamos pedágio. PA 1,80.
17h10 - Pagamos mais um pedágio. Vimos passar apressados, em uma camionete, o pessoal da
organização do Dakar 2009. Sempre acabávamos cruzando com algum carro do Dakar na
estrada. Era legal. Não queríamos era pegá-los na cidade, como acontecera em Córdoba,
devido a carência de vagas em hotel.
18h - Chegamos na cidade de Rosário, onde apenas dormiríamos. Que gracinha de cidade!
Muito arborizada, limpa, cheia de jardins bem cuidados. Vimos uma praça bem grande logo
na entrada da cidade. Havia patinhos e pedalinhos nele.
Logo de início notamos que a cidade é enorme, mas com aquele charme de cidade pequena.
Havia pessoas caminhando tranquilamente no calçadão às margens do Rio Paraná, que
corta a cidade. Avistamos uma feirinha de artesanato e próximo a ela encontramos o posto
de informações turísticas. Eles nos deram um excelente livrinho "guia para o
turista", contendo endereços e telefones de hotéis, restaurantes e várias dicas
sobre a cidade.
Antes de acharmos o posto turístico, já tínhamos pesquisado o preço de alguns hotéis,
que estavam na faixa de PA 180,00 o quarto triplo. Com o guia, conseguimos ligar para
alguns e optamos pelo Hotel Puerto Bandera, na Buenos Aires 1.020. A diária do quarto
triplo saiu a PA 140,00, com café, garagem, Internet e ar condicionado (lá precisa, pois
o calor estava de matar).
Km do carro: 29.907.
20h40 - Comemos pizza em lugar chamado Bella Pizza (Pellegrini 1635 - Fone: 482-6322),
dica do nosso "guia do turista". O lugar é moderno e bem decorado. Pedimos uma
pizza grande (12 pedaços). A pizza era crocante, massa fina e assada na pedra. Detalhe:
era retangular. Apesar de deliciosa, veio muita coisa para nós três e já estávamos
empurrando o último pedaço. Valor da conta: pizza grande + duas garrafas de água + um
refrigerante = PA 56,50.
Enquanto estávamos na pizzaria, caiu um verdadeiro temporal na cidade. Não pudemos sair
de lá até que a chuva ficasse mais amena. A chuva era mesmo necessária, pois, a
temperatura estava em 39º.
18/1/2009 - Rosário (Argentina) FOTOS - 18-01-09
Resolvemos passar um dia a mais em Rosário para
conhecê-la. A cidade era uma gracinha e, além disso, o pessoal do rally estava também
indo para Buenos Aires, onde aconteceria a festa de encerramento e, como já dissemos,
não queríamos encontrá-los.
Tomamos nosso café já tarde, por volta das 10h. O café é estilo self service, o que é
raro. Não tem a variedade do Brasil, é claro, mas havia croassant, rosquinha, bolachas,
suco de caixinha e até uma torradeira elétrica para quem quisesse esquentar o seu pão
de forma. Um luxo naquelas circunstâncias!
O hotel é antigo. Precisaria de uma boa reforma, incluindo pintura e limpeza mais
profunda. Mas, o espaço é bom. Havia frigobar no quarto e, apesar de este ser carpetado,
um aparelhinho na parede soltava um cheirinho que deixava o ambiente bem agradável. Em
cada andar, no corredor, encontrava-se um filtro com garrafão de água mineral.
11h - Fomos ao Centro Comercial Scalabrinni, Shopping Rosário. Comemos uma comida árabe.
Estava horrível! O tempero era diferente e o nosso paladar não estava acostumado. Não
deu para comer tudo...
14h45 - Atravessamos uma ponte linda sobre o Rio Paraná, a qual faz a ligação entre
Rosário/Vitória. Assim que passamos pela ponte, pagamos o pedágio "Isla la
deseada", PA 9,00. Fizemos um retorno e pagamos mais PA 9,00 para voltar por ela.
Valeu o gasto para conhecer. Do alto da ponte tem-se uma vista bem bonita de Rosário.
Depois, fizemos uma caminhada pela orla do Rio Paraná. Há quiosques e restaurantes que
servem peixe na região. O Rio é bem aproveitado, até para esportes aquáticos. Vimos
pessoas praticando "windsurf".
Fomos conhecer um dos pontos turísticos mais famosos de Rosário: "O Monumento
Nacional a La Bandeira". É uma espécie de complexo, com um pátio enorme no meio,
que separa duas construções. Uma delas é o museu (entrada franca). Lá, vimos uma
exposição de bandeiras dos países da América. Junto de cada bandeira, há uma placa
contendo o hino nacional de cada país, em sua respectiva língua. Tiramos fotos em frente
à bandeira brasileira, é claro!
Saindo do museu, descemos uma escadaria enorme, com belas e imponentes colunas ao redor,
que dá para um pátio aberto. Em frente a este pátio, do lado oposto do museu, fica o
monumento propriamente dito. Paga-se o preço simbólico de dois pesos argentinos para
subir até o "mirador". Sobe-se um pequeno trecho por escada e o restante por
elevador.
A uma altura de 70 metros, pode-se avistar quatro pontos da cidade de Rosário. A vista é
bela. Vê-se a praça do monumento, o Rio Paraná e outros pontos da cidade. Funciona das
9h às 18h aos sábados, domingos e feriados. Nos outros dias, não ficamos sabendo.
Lá do alto, ouvimos um GRUPO, aparentemente brasileiros, batucando um sambinha na orla.
Resolvemos ir até eles para conferir e, para nossa surpresa, verificamos que eram
argentinos, e não brasileiros, apaixonados por samba. Tocam muito bem, por sinal! Fizeram
a maior festa quando viu que éramos brasileiros. Tive até que ensaiar uns passinhos de
samba perto deles.
19h40 - Fomos comer alguma coisa na Rua Pellegri. É praticamente onde estão reunidos os
restaurantes e pizzarias mais frequentados da cidade. Comemos em um restaurante chamado
Torino. A comida estava boa.
19/1/2009 - Rosário (Argentina) a
Buenos Aires (Argentina) FOTOS - 19-01-09
10h - Já na saída de Rosário, paramos na Praça
da Independência para tirarmos umas fotos (é aquela praça do lago com pedalinhos que
vimos quando chegamos na cidade).
Definitivamente, Rosário é uma graça! Merece um retorno futuro.
Perto da feirinha de artesanatos, avistamos uma placa que dizia algo assim:
"Rosário, a melhor cidade para se viver". Não ousamos discordar!
Quilometragem do carro: 29.980.
10h25 - Pagamos pedágio. PA 2,10.
12h - Outro pedágio: PA 2,20.
12h15 - Paramos para fazer um lanche no Posto Shell. Comemos um Pancho: cachorro quente
(vem só o pão e a salsicha).
13h10 - Pagamos pedágio. PA 3,40.
13h40 - Chegamos à entrada de Buenos Aires. O problema seria ir até o centro, porque a
cidade é enorme. Já conhecíamos Buenos Aires, mas não é muito fácil se localizar por
lá. Rodamos bastante até que, em um posto, conseguimos a direção correta. Perguntamos
ao atendente como faríamos para chegar aos monumentos famosos, como o Obelisco e a Casa
Rosada, pois, da outra vez, ficamos hospedados perto deles, que é um excelente ponto para
ir a qualquer lugar.
Procuramos por hotéis. No Hotel Novel, onde ficamos hospedados há dois anos, os preços
estavam bem mais caros: na época, pagamos PA 140,00 para quatro pessoas. Agora, estavam
cobrando PA 240,00 para três.
Pesquisamos em outros hotéis, na mesma região, e nos hospedamos no Hotel Espanha.
Endereço: Tacuari 80.
O quarto triplo ficou a PA 130,00, sem café da manhã. Mas existem dois lugares, bem ao
lado do hotel, que servem café. O piso do quarto é madeira e possui ventilador.
Também não havia estacionamento, como ocorre na maioria dos hotéis. Deixamos o carro em
um estacionamento particular, que fica a duas quadras do hotel, pelo preço de PA 42,00 o
dia.
A localização do hotel é próxima à Av. De Mayo, o que é excelente. Fica perto de
tudo: Avenida Florida, Obelisco, Casa Rosada e é bem próximo ao famoso Café Tortoni.
Aproveitamos a tarde para fazermos nossa reserva para a apresentação de tango no Café
Tortoni (Av. de Mayo 825, tel. 54-11-1342-4328). O preço do show é PA 70,00 por pessoa,
no horário das 20h30. Eles pediram para chegar uma hora antes, caso contrário a reserva
seria perdida. E olha que a fila de espera é grande!
Fomos andando até a Casa Rosada. Em frente a ela, conhecemos um casal de brasileiros.
São de Botafogo, Rio de Janeiro, e se chamam Marcelo e Gabriela.
Depois, fomos caminhando até a Calle Florida. É uma avenida fechada (carros não
transitam por ela), repleta de lojas e camelôs. Nessa rua, sempre acontece algo:
apresentação de tango, pintura, música, boneco de cera, etc.
Ainda na Florida, passamos na lojinha da Havanna. Lá, eles vendem alfajour (o dessa marca
é uma delícia!) de vários sabores. A Unidade estava a PA 2,70. Experimentei um com
cobertura branca e recheio de nozes, estava divino!
Fomos conhecer também a "Libreria el Ateneo". Foi construída onde antigamente
funcionava um teatro. É um local de muito espaço, com 3 andares. No último andar, há
um cafeteria para quem quiser fazer um lanchinho. Testamos e aprovamos!
Ao final da tarde, às 19h40, depois de muito andarmos, recebemos um panfleto do
Restaurante "La Posada de 1820". São entregues vários panfletos na avenida,
mas optamos por esse.
Valeu à pena. A comida é excelente. Pedimos "asado em tiras", que é tipo um
costela assada, muito saborosa, com purê de batas como acompanhamento. O Marcelo optou
por um prato de nhoque, que ele também aprovou. A conta ficou por PA 101,00. No preço,
estavam incluídos dois refrigerantes, uma água mineral e o serviço de mesa (é tipo a
"entrada" ou "couver" no Brasil: tinha pãezinhos, patês e três
pequenas empanadas de carne).
No caminho de volta, vimos que alguns camelôs ainda estavam começando a expor seus
objetos para venda. A vida noturna em Buenos Aires é agitada.
20/1/2009 - Buenos Aires (Argentina) FOTOS - 20-01-09
9h - Tomamos café da manhã ao lado do hotel, no
J & J Restaurant: PA 10,00 por pessoa.
Decidimos conhecer o Shopping Palermo. Iríamos de metrô (passagem: PA 1,10 por pessoa).
Há metrôs para vários pontos da cidade. Saímos da estação 9 de Julio e fomos até a
Bulnes. Nosso trajeto: metro C / Diagonal Norte/ D / Bulnes. Não houve erro.
O metrô é tranquilo e rápido.
No Shopping, conhecemos uma loja bem legal para se comprar coisas diferentes e criativas.
Chama-se Morph e fica no 3.º piso do Shopping. Lembra a loja Imaginarium de Brasília.
Pegamos o metrô de volta para a avenida 9 de Julio e fomos ao Teatro Colon. No entanto,
ele ainda estava todo cercado com tapumes, indicando que a reforma ainda não estava
concluída (desde 2006). Pelo jeito, demoraria um bom tempo para ser terminada!
Resolvemos almoçar ali por perto e retornar ao hotel para descansarmos antes de ir para o
show de tango.
Chegamos cedo ao Café Tortoni, às 19h10, pois não queríamos perder nossas reservas. A
casa estava lotada. Havia gente do lado de fora esperando para entrar, mas, como tínhamos
reservas, rápido fomos encaminhados para uma mesa.
O ambiente é aconchegante. Ainda contempla o ar clássico de outrora, com decoração em
madeira, luminárias antigas, dando muito charme ao ambiente. É um café antigo. Foi
inaugurado em 1858, ou seja, possui longos 150 anos de existência. Era o ponto de
encontro de artistas, escritores, pintores, jornalistas. Carlos Gardel, o grande cantor
argentino de tango também lá se inspirava. No local, há um busto em homenagem ao
cantor, há fotos de celebridades e estátuas em tamanho natural. Turistas do mundo
inteiro, como pudemos perceber pelas fotos logo na entrada, passam por lá.
Aproveitamos para jantar antes do início do espetáculo. Pedimos lomo com queijo e
palmito e frango com salada, além de duas garrafas de água mineral e um refrigerante.
Saiu por PA 95,50.
20h20 - Descemos para a bodega, local com espaço reservado para o show.
Descobrimos lá embaixo um garçom brasileiro chamado Sérgio, que é uma simpatia!
A apresentação é feita em forma de peça teatral, com todo um cenário preparado. São
três casais de bailarinos/atores, um cantor e um conjunto.
Foi simplesmente fora de série! Fantástico! Valeu cada centavo pago.
Um dos pontos altos do show é quando entra um dançarino que faz sapateado, toca tambor e
usa chicotes para a apresentação. Eu nunca vi nada igual!
21h40 - No final do espetáculo, tiramos foto com o Sérgio e um dos atores. Depois,
subimos para o salão do café e pedimos uma sobremesa: torta de maçã, salada de frutas
com sorvete e chocolate quente. A salada e o chocolate estavam bons, mas eu gostei mesmo
foi da torta de maçã. Total da conta: 50,00.
Voltamos para o hotel com aquela vontade louca de sair dançando tango pela rua...
21/1/2009 - Buenos Aires (Argentina) FOTOS - 21-01-09
Acordamos tarde, perto das 10h da manhã. Tomamos
café na lanchonete em frente ao hotel e fomos pegar um ônibus (n.º 64) para o Bairro La
Boca. Destino: conhecer o estádio Alberto J. Armando, que, na verdade, é o conhecido
"La Bombonera", do Club Atlético Boca Juniors. Conheceríamos ainda o famoso
Caminito.
A passagem do ônibus custava PA 1,20. O dinheiro precisa estar trocado, em moedas. Ao
adentrar o ônibus, logo próximo à porta, há uma caixa registradora em que você vai
inserindo as moedas. Quando atinge o valor da passagem, um recibo é emitido.
O ônibus estava relativamente vazio e foi rápido.
O ponto final é no Caminito, mas descemos 3 paradas antes para conhecer primeiro o La
Bombonera.
Pagamos PA 30,00 por pessoa para fazer o tour dentro do estádio. Vimos o vestiário, um
museu contendo a história do time, as medalhas e os troféus ganhos até então.
Vimos em uma vitrine a camiseta usada pelo Maradona, com assinatura, e em outra vitrine,
com o mesmo destaque, a camiseta do Pelé.
Há um local, perto da entrada, para a alegria dos fãs do time, onde se podem comprar
vários objetos do clube: camisas, bonés, copos, garrafas, pulseiras etc.
Há também a opção de se tirar uma fotografia com o timão ou com o Maradona. Ficamos
com esta última opção. Eles fazem uma montagem, mas a foto sai perfeita e vem ainda com
chaveiro para se guardar de lembrança. Preço da foto: PA 40,00.
Uma curiosidade: a atual cor da camisa do time, azul e amarelo, nem sempre foi assim.
Inicialmente, eles optaram por uma camisa listrada, em preto e branco. Porém, outro time
reclamou que já possuía essa mesma cor. Resolveram, então, disputar quem ficaria com o
uniforme listrado em uma partida de futebol. O Boca Juniors perdeu.
Na falta de outra opção para o uniforme, fizeram o seguinte: decidiram (ideia do
técnico) que usariam as cores da bandeira do primeiro navio que atracasse no porto. E o
primeiro navio que apareceu era da Suécia, daí porque o uniforme do Boca contém as
cores azul e amarelo (desde 1905), inspirado na bandeira sueca.
Quanto ao apelido dado ao estádio, Bombonera, alguns acreditam que se deve ao fato de
lembrar uma caixa de bombom (antigamente, segundo nos disse o guia, as caixas tinham esse
formato oval).
Ao andar pelo estádio, vimos que havia muitos brasileiros fazendo a visita também.
Observamos que o espaço do estádio, apesar de sua fama, é bem pequeno. O guia nos disse
que há intenção de aumentá-lo. Todavia, foi construído muito próximo das casas do
bairro e, apesar da boa oferta, muitas pessoas ainda relutam em vender suas casas para a
ampliação do estádio.
Vimos que o gramado estava coberto com uma proteção e havia um palco montado, pois no
dia seguinte aconteceria um show.
Atrás das últimas cadeiras, há uma área bastante pichada. É comum as pessoas que
passam pelo estádio deixarem por ali seus recadinhos na parede. O Vítor também escreveu
algo.
Depois que saímos do estádio, fomos caminhando até o "Caminito". Na
realidade, é uma rua longa, beirando o porto, repleta de restaurantes. As construções
são em madeira, de dois andares, cada qual pintado de cores bem alegres, o que deixa
charmosa aquela área próxima ao porto.
Há casais de dançarinos de tango que se oferecem para posar em fotos com você. Há
também painéis de casais vestindo trajes típicos, também usados para fotos (aqueles
painéis em que nos escondemos atrás e aparecem somente nossas cabeças).
Ao andar pelas lojinhas, percebemos que os preços do Caminito são bem mais salgados do
que o de outras localidades de Buenos Aires. O Marcelo, por exemplo, procurou por um mini
DVD para a filmadora. No Caminito, cobram PA 45,00, já com desconto, mas compramos na Av.
9 de Julio por PA 19,00 (menos da metade do preço!).
Pegamos o ônibus e retornamos para o hotel. Depois, fomos ao locutório fazer algumas
ligações e dar mais uma última caminhada pela cidade.
Aproveitei para comprar Alfajores Havanna. A caixa contendo 12 Unidades saiu a PA 31,90. A
princípio, eu estava com medo de levá-los e acabarem derretendo durante a viagem de
carro. Mas, ainda bem que resolvi arriscar: aguentaram firme e chegaram perfeitos ao
Brasil.
20h - Fomos comer pizza no café da esquina, próximo ao hotel, na Av. de Mayo.
Experimentamos uma pizza grande de nome "Goya". Estava gostosa. É feita de
mozarela, presunto, provolone, pimentão, champignon, nozes e azeitona. Valor dessa pizza:
PA 44,00.
Voltamos ao hotel, apreciando no trajeto até ele, pela última vez, o vai e vem da
movimentada avenida de Mayo. Fez muito calor naquele dia.
22/1/2009 - Buenos Aires (Argentina) a
Montevidéu (Uruguai) FOTOS - 22-01-09
Fechamos a conta e fomos para o porto. O carro
marcava km 30.300.
8h30 - Chegamos ao porto onde compraríamos as passagens do buquebus (barco que faz a
travessia da Argentina para o Uruguai). Não conseguimos fazer a travessia que seguia
direto para Montevidéu, levando o carro, pois o barco que leva passageiros e carros só
sai em dois horários: 7h30 ou 16h30.
Como o horário de 16h30 ficaria bem tarde para nós, resolvemos fazer a travessia até a
cidade Colônia Del Sacramento, que fica a 175 km de Montevidéu. Pagamos PA 93,00 a
passagem por pessoa. Para o carro o valor é de PA 229,00.
A migração é feita no próprio local. Por isso é necessário chegar cedo. Pega-se fila
para comprar passagem, fila para pegar os papéis, fila para entregar estes papéis já
preenchidos e carimbarem o passaporte. O lugar é sempre bem movimentado.
Saímos de Buenos Aires às 9h30.
O buquebus é super confortável. Mais parece um avião do que um barco. As poltronas são
reclináveis, bem espaçosas. Há lanchonete e banheiros. Estava no local até um cantor
de tango para alegrar o ambiente.
Possui também um shopping com preços até razoáveis. E não se paga taxa de
importação sobre o que é nele comprado.
13h - Aportamos em Colônia Del Sacramento. A viagem durou cerca de 3 horas e 20 minutos.
Já nos carros, na fila para deixar o porto, é feita a aduana uruguaia. A bagagem é
revistada e não podem ingressar no país frutas, carnes ou queijos. Isso é regra em
todas as aduanas.
13h30 - Passamos no pequeno "Colônia Shopping" para almoçar. O atendimento
demorou demais, porque no shopping só há um "resto bar" chamado Imperial, que
serve comida. Não há variedades. O local possui mais sanduíches, batatas fritas,
milanesa, lanches rápidos. Nossa comida ia demorar muito para ficar pronta, pois muitas
pessoas já estavam aguardando seus pedidos.
Enquanto isso, aproveitamos para dar uma sondada nos preços uruguaios. Vimos que estavam
mais em conta do que na Argentina ou no Chile. Trocamos também pesos argentinos por pesos
uruguaios.
15h - Saímos, enfim, de Colônia e pegamos a estrada para Montevidéu. A pista, que já
é boa, está sendo duplicada.
15h40 - Pagamos o primeiro pedágio uruguaio: PU 48,00. Ganhamos um CD com propaganda
sobre trânsito.
16h40 - Outro pedágio. PU 48,00.
17h20 - Chegamos em Montevidéu e começamos a nossa busca por hotéis na cidade.
Queríamos perto do centro, com estacionamento, Internet, ar condicionado (estava quente)
e café da manhã.
O Marcelo tinha visto um hotel muito bom chamado Continental, a U$ 65,00 o apartamento
triplo (os hotéis da cidade cobram em dólares), com tudo que queríamos, mas estava
lotado.
Depois de muito rodar e pesquisar, acabamos ficando no Hispano Hotel, na Convención 1317.
Diária a U$ 63,00, com café, Internet wi-fi, ar condicionado. Ficamos em um quarto bem
silencioso, longe da barulhenta avenida.
Não havia estacionamento, mas colocamos o carro a duas quadras do hotel, por U$ 5,00 o
dia.
Os hotéis uruguaios cobram caro as diárias. Mas achamos que a comida nos restaurantes é
mais barata do que na Argentina.
Jantamos no "Las Delícias", que fica na esquina da quadra abaixo do hotel.
Pedimos dois pratos com frango. Um com batata cozida e um com arroz. A comida veio bem
servida e bem temperada. Um dos pratos, chamado "pollo a portuguesa" veio com
molho de tomate, cebola e pimentão, uma delícia! Total dos dois pratos + água + refri =
PU 36,00.
23/1/2009 - Montevidéu (Uruguai) FOTOS - 23-01-09
8h - Tomamos o nosso café, bem mais sortido, pois
já é perto do Brasil, eles recebem muitos brasileiros e sabem que estes são mais
exigentes. Após, fomos dar umas voltas pelas ruas da cidade e comprar algumas
lembrancinhas.
Vimos uma coisa interessante na rua: há uma fonte com vários cadeados trancados ao redor
dela, com nome de casais. Imaginamos que a intenção dos casais era trancar o amor que os
unia, jogando a chave fora, para que ele nunca terminasse. Uma espécie de
"amarração do amor". Não conseguimos conversar com ninguém para saber se
realmente esse era o motivo dos cadeados.
Montevidéu é uma cidade beira-mar. Possui calçadão com orla para os amantes da
caminhada. Vimos pessoas tomando banho na praia, sinal que não deve ser tão gelada.
Depois, pegamos o carro e fomos ao Montevidéu Shopping para almoçar. Comemos no "La
Churrasquita". Pedi uma carne que vem picadinha e misturada com linguiça de porco. A
carne estava boa, mas o arroz veio um pouco sem sal, como acontece na Argentina. Já a
linguiça de porco estava muito boa!
Resolvemos, depois do almoço, conhecer o zoológico da cidade para matar o tempo. Fica na
"Villa Dolores". Funciona de 4ª a domingo, das 9h às 18h. Preço da entrada:
PU 20,00, mas nas quartas-feiras a entrada é franca.
O zoo é pequeno, mas dá para ver os animais bem de perto, o que já compensa.
16h - Voltamos ao Montevidéu Shopping para assistirmos a um filme em espanhol. Vimos o
desenho Madagascar 2, que é muito engraçado! Mesmo em espanhol deu para entender
direitinho os diálogos.
A entrada do cinema custa PU 100,00. Compramos um Pancho (cachorro quente que é só a
salsicha com pão), mas veio minúsculo.
Como fez calor na cidade: o termômetro do carro registrou 41º.
Depois do filme, voltamos logo para o hotel, porque o estacionamento em que nosso carro
ficava guardado fechava às 20h. Chegando lá tivemos uma surpresa: o dono disse,
gentilmente, que deveríamos procurar outro estacionamento porque o dele não abre aos
sábados, e o dia seguinte seria sábado. Ainda bem que ele nos indicou um outro que
também era próximo ao hotel e deu tudo certo!
Jantamos no mesmo local da noite anterior, ou seja, "Las Delícias" e fomos para
o hotel. Precisaríamos rever o nosso roteiro, para adaptar os dois dias que ficamos a
mais em Cuzco e decidir quanto tempo ficaríamos em Florianópolis.
24/1/2009 - Montevidéu (Uruguai) a
Pelotas (Brasil) FOTOS - 24-01-09
9h15 - Abastecemos o carro e deixamos Montevidéu.
O carro marcava 30.520 quilômetros.
10h5 - Pagamos pedágio. PU 48,00.
10h40 - Pedágio novamente. PU 48,00.
11h40 - Mais um pedágio. PU 38,00.
12h10 - Paramos para almoçar no "Parador la Rocha", Posto Ancap, a 130km do
Chuy. A comida estava boa e o lugar estava cheio de viajantes que ali param para comer.
13h55 - Paramos na aduana do Uruguay.
14h10 - Paramos no Chuy. Há uma avenida grande que separa o Brasil do Uruguai. É repleta
de lojas de ambos os lados. De um lado você tem o comércio uruguaio, do outro o
brasileiro.
Demos uma volta no free shop, lado uruguaio, para sondar os preços e gastar o último
dinheiro uruguaio que tínhamos conosco. Vimos muitas coisas baratas, especialmente
equipamentos eletrônicos. Compramos uma torradeira boa, inox, a mais potente que vimos,
por U$ 41,00 e um som Pionner 3050 UB, para o carro do Matheus, por U$ 110,00. A quota de
compras por pessoa no Chuy é de U$ 300,00. Compramos também duas camisas boas, da Nike,
com bom preço, e umas pequenas bugingangas para levarmos de lembrança.
Aproveitamos para abastecer o carro, já do lado brasileiro. Gasolina a R$ 2,72. Km do
carro: 30.847.
Passamos pela aduana brasileira e mais uma vez não fomos parados (quando fizemos a
Expedição Patagônia, em 2006/2007, voltamos pelo mesmo lugar e ninguém nos parou).
16h - Paramos em um posto Texaco para fazermos um lanche. Comemos misto quente e, claro,
acompanhado do nosso delicioso guaraná Antártica.
18h42 - Pagamos pedágio, nosso primeiro em território brasileiro: R$ 6,80.
19h - Chegamos em Pelotas. Ficamos no Hotel Curi, da rede de hotéis Versare, na Rua
General Osório, 719. Valor da diária no apartamento triplo, com café da manhã
(excelente café!): R$ 137,00.
O hotel é novo, possui quarto arejado, limpíssimo, com armários novos também. Muito
bom!
20h15 - Fomos comer pizza, na mesma rua, de frente ao hotel, em um lugar chamado
"Cantina de Mamma Pizza". A decoração do local é um charme, bem original.
Logo na entrada, há panelas e formas antigas enfeitando a parede, tudo muito bem
combinado. As luminárias são feitas de escorredor de macarrão, uma graça.
Pedimos pizza, mas, para quem não quer, no local servem outros tipos de comida também.
A pizza é deliciosa. Assam na pedra e vem em formato retangular. Pedimos ainda suco de
laranja e água. Total da conta: R$40,48. Eles têm também serviço de teleentrega:
3225-2423 e site: www.mamma.com.br.
Uma curiosidade: descobrimos que em Pelotas há praia e com água salgada. Por incrível
que pareça, não sabíamos.
25/1/2009 - Pelotas a Santa Catarina FOTOS - 25-01-09
9h - Abastecemos e saímos rumo a Santa Catarina.
Km do carro: 31.113.
9h31 - Pagamos pedágio. R$ 6,80.
10h15 - Pagamos pedágio de novo. R$ 6,80.
11h45 - Pedágio mais uma vez. R$ 6,80.
12h20 - Paramos para almoçar em um Posto Br depois de Porto Alegre, em um restaurante da
rede Graal. Pagamos R$ 14,80 o self service por pessoa. Logo que saímos de lá, 5km
depois, pagamos um pedágio de R$ 3,30.
13h30 - Pagamos pedágio. R$ 6,50.
13h50 - Abastecemos o carro. Gasolina a R$2,41 o litro.
A BR 101 está sendo duplicada. Passamos por vários trechos em obra.
Ao longo do caminho, vimos paisagens bem bonitas, ora com plantações de arroz de um tom
verde brilhante, ora com a vista para o mar.
18h - Pegamos um trecho com uma imensa fila de carros, há uns 30km de Florianópolis.
Descobrimos que era comum haver engarrafamentos até a entrada da ilha de Florianópolis.
Havíamos visto antes, na estrada, algumas placas alertando sobre a possibilidade de
existência de engarrafamentos, às segundas-feiras e aos domingos. Estávamos num
domingo.
18h28 - Começou a chover. Nesses quase 30 minutos, andamos apenas 2 quilômetros na fila.
19h20 - O engarrafamento continuava. Paramos em uma lanchonete para irmos ao banheiro e
beliscar algo, porque nosso estômago começava a roncar. Ainda faltavam 20km e, pelo
jeito, ainda levaríamos muito tempo até chegar a Florianópolis.
20h30 - A 13km de Florianópolis, o trânsito, enfim, começou a se desenvolver mais
rápido.
21h - Depois de 3 horas de engarrafamento (para percorrer um trecho de 30km) chegamos à
cidade.
Pesquisamos alguns hotéis e ficamos hospedados no Hotel Faial, Rua Felipe Schmidt, 603,
Fone: (0**48)3203-2766. É um hotel excelente. O hotel em si já cheira à limpeza.
Descobrimos que é classificado como quatro estrelas. Possui quartos amplos (arejados),
frigobar, ar condicionado, Internet Wi-Fi nos quartos, estacionamento (mas colocamos no
estacionamento ao lado do hotel porque nosso carro estava alto e não entrou). Serviam
também, como descobrimos no dia seguinte, "aquele" café da manhã. Dormimos
muito bem.
26/1/2009 - Florianópolis/Santa
Catarina FOTOS - 26-01-09
9h - Tomamos um café da manhã bem sortido e
fomos conhecer a Praia Mole.
Enquanto procurávamos a entrada para a praia, paramos em um mirante bem bonito. Lá
funciona um restaurante e há lojinha chamada Sol da Terra que vende artigos locais.
Compramos uns ímãs para geladeira bem diferentes.
Chegando ao nosso destino, vimos que de mole a praia não tem nada. É uma praia com ondas
fortes, excelente para surfistas. Há restaurantes, duchas e banheiros no local. Deixamos
o carro em um estacionamento que sai por R$ 5,00 e descemos até a beira-mar.
Tomamos banho no mar, almoçamos em um dos restaurantes e depois fomos conhecer outra
praia: Barra da Lagoa, que eles chamam de "prainha".
Para se chegarmos até ela, estacionamos o carro em uma espécie de praça e atravessamos
a pé uma ponte sobre o rio. Havia algumas pessoas nadando dentro dele. Passa-se por uma
estradinha estreita onde há várias casas para alugar e chega-se na praia.
A praia é pequena, onde o mar entra entre as pedras fazendo uma pequena enseada, como se
fosse uma praia particular. O lugar é bonito e estava cheio de argentinos. Parecia que
nós é que éramos os turistas. O Marcelo e o Vítor até jogaram futebol com alguns, que
foram bem simpáticos!
De frente para a praia, antes de descer as escadas, há um restaurante/bar chamado
"Vigia do Casqueiro". É uma construção de madeira de dois andares, com uma
privilegiada vista para a "prainha". O dono do restaurante é o Júlio, um
uruguaio jovem, simpático, que resolveu ganhar a vida no Brasil. Resolvemos jantar no
restaurante para testar. Aprovamos.
Já na volta para o hotel, choveu. É costume, pelo visto, chover no final da tarde nas
regiões próximas às serras em janeiro. Todavia, a chuva não atrapalha muito porque
não chega a esfriar o tempo e o ânimo das pessoas.
27/1/2009 - Florianópolis/Santa
Catarina FOTOS - 27-01-09
Acordamos mais tarde e resolvemos dar uma volta
pelo Beira-Mar Shopping. A preguiça bateu e iríamos à praia somente após o almoço.
Andamos pelas lojas e almoçamos no Giraffas.
Era nosso último dia de praia e tínhamos ainda várias praias para conhecer. Como não
daria tempo, resolvemos optar por ir à Praia dos Ingleses, que era um pouco mais
distante.
Chegando lá, deixamos o carro estacionado atrás de um hotel, por R$ 5,00 o dia. O hotel
se chama Ilha do Sol e fica na Rua Dom João Becker, 304-A, Fone: 55 48 269-1360. É
composto por chalés de dois andares, com churrasqueira e piscina. Uma gracinha o lugar!
Pegamos até um folheto para, quem sabe, quando voltamos lá um dia!
Descemos até a praia e vimos que fizemos uma excelente escolha!
A água da Praia dos Ingleses é quentinha e há toda uma infra-estrutura ao redor.
Alugamos cadeiras e guarda-sol. O único problema é que não havia duchas de água doce
por perto. As únicas duas que vimos estavam quebradas.
O tempo estava nublado, mas quente. Porém, mais tarde, o sol surgiu bem forte. O Vítor
aproveitou a água desde o momento em que chegamos. Mas eu e o Marcelo não queríamos
ficar queimados, ficamos debaixo do guarda-sol até umas 16h30, quando refrescou mais e
pudemos entrar na água. Mesmo assim ainda nos queimamos um pouco. À noite, eu só sentia
a "batata da perna" ardendo.
No final da tarde, perto das 18h, caiu uma chuva bem forte, mas passageira, que espantou
muita gente da praia. Para nós, essa chuva veio em boa hora. Serviu de ducha natural para
tirarmos todo o sal do corpo.
De volta ao hotel, como estávamos cansados, resolvemos pedir sanduíches e ficar por lá
mesmo. No dia seguinte, partiríamos para São Paulo.
28/1/2009 - Florianópolis/Santa
Catarina a São Paulo FOTOS - 28-01-09
km do carro: 31.961.
8h20 - Saímos de "Floripa". Pegamos chuva sem parar até Joinville. Depois,
ficou apenas nublado.
A subida da serra no trecho que liga Santa Catarina ao Paraná é linda, feita no meio da
Mata Atlântica. Era época da floração de umas árvores que dão flores em tom lilás e
branco, muito bonito!
Depois de subirmos a serra, paramos para almoçar.
Pegamos asfalto duplicado durante todo o percurso.
Seguimos pela BR 116, Régis Bittencourt. No caminho, paramos para comprar nossa fruta
preferida: banana. Estava um mel!
14h5 - Pagamos pedágio. R$ 1,50.
14h40 - Paramos no posto da Rede Graal para comprar pão de queijo (garantia para o lanche
da tarde).
15h30 - No quilômetro 365, na Régis Bittencourt, acaba a pista duplicada que seguíamos
desde Florianópolis.
Km do carro: 32.538.
No caminho, começam a aparecer vários caminhões, indo e vindo. Isso torna a estrada
perigosa. Vimos três caminhões virados no trajeto.
Nessa pista, há fiscalização eletrônica: 60 km.
Depois do posto 81, a pista volta a ser duplicada.
16h20 - Pagamos pedágio. R$ 1,50.
16h40 - Pagamos pedágio na saída para Raposo Tavares.
17h - Pegamos engarrafamento já em São Paulo, na Avenida Presidente Arthur da Costa e
Silva. Há muitos semáforos no local, o que torna o trânsito bem lento.
Havia um motivo bem especial para passarmos por São Paulo: o Marcelo estava prestes a
conhecer o amigo dele chamado Leandro. Amigos sem se conhecer? Pois é, isso é possível.
Os dois começaram a se corresponder por meio de um fórum de fotografias na internet.
Ambos são fotógrafos e passaram a trocar e-mails e a se falar por telefone para tirar
dúvidas e trocar idéias. Dessa permuta de opiniões surgiu uma grande amizade, que já
dura cerca de três anos. Agora, seria uma oportunidade de se conhecerem pessoalmente.
Por volta das 17h25, começou nossa busca por hotéis. E foi justamente o Leandro, por
telefone, que nos ajudou a procurar um lugar para ficar.
Paramos em um hotel excelente. Porém, a diária do quarto triplo era R$270,00, o que
fugia das nossas possibilidades.
Depois de bastante pesquisarmos, encontramos um hotel que se enquadraria nas nossas
expectativas: quarto simples, mas bem limpo, com garagem na porta e vigia à noite e,
além disso, bom preço. Eu e o Marcelo ficamos em um quarto e o Vítor em outro. Cada
quarto a R$ 62,00. Nome do hotel: Hotel Flor, Av. Ataliba Leonel, 2095 - Santana.
Vimos que naquela região há hotéis que à noite também funcionam como motéis. Mas
são bem discretos. Esse hotel no qual nos hospedamos também era um assim. Porém, não
tivemos nenhum problema ou inconveniente.
Combinamos que, mais tarde o Leandro e sua esposa Tatiane nos pegariam para darmos uma
volta pela cidade para nos conhecer.
21h - Eles passaram para nos pegar. É incrível, mas parecia que nos conhecíamos há
anos. O casal é simplesmente nota 10!
Rodamos pela Av. Paulista e vimos a famosa antena da Rede Globo, símbolo de São Paulo.
Ao passar pela porta do sambódromo paulista, ouvimos que estava acontecendo um animado
ensaio para o carnaval.
Já em frente ao Pacaembu, estava acontecendo uma partida entre o Corinthians e São
Paulo. Dava para ouvir a euforia dos torcedores. O Vítor, corinthiano, morreu de vontade
de estar lá dentro!
Paramos no Parque Ibirapuera para tirar fotos e fomos ao monumento aos bandeirantes.
Incrível, já era noite, estava tarde e, mesmo assim, ao longe, vimos pessoas ainda
correndo no parque para se exercitar.
Por volta das 23h, paramos no Ofner. É uma espécie de confeitaria que funciona 24 horas
por dia. Aliás, lá parece que ninguém dorme. Quase tudo funciona 24 horas.
Comemos tortelete de morango e empada de camarão. Estava tudo uma delícia. Some-se a
isso o fato de o ambiente ser uma gracinha. Não é à toa que saímos do lugar às 2
horas da manhã e ainda havia gente chegando.
Na volta para o hotel, passamos pela Avenida Augusta e descobrimos uma São Paulo cheia de
contrastes: de um lado luxo, lojas de grife; de outro, na mesma Avenida, mendigos,
prostitutas, o lado mais triste da cidade.
Passamos por uma ponte que já é um novo símbolo de São Paulo e voltamos ao hotel.
Combinamos um novo encontro para o dia seguinte: conheceríamos o estúdio fotográfico do
Leandro e veríamos outros lugares.
29/1/2009 - São Paulo FOTOS - 29-01-09
Acordamos tarde, para descontar a farra do dia
anterior. O Leandro e a Tatiane vieram nos buscar e fomos conhecer o estúdio deles. É
bem montado, moderno, e o trabalho deles é simplesmente indiscutível. Além de
fotografia, fazem filmagem.
Mais tarde, nós passeamos por um dos shoppings da cidade e aproveitamos para almoçar.
Por volta das 19h, conhecemos o apartamento dos nossos amigos. É uma gracinha, combina
com eles! Batemos um bom papo e nos deliciamos com um café da tarde de primeira preparado
pela Tatiane.
Enquanto isso, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco do trabalho que o casal realiza
na área de filmagem. Sinceramente, ficamos impressionados! Eu nunca vi tamanha
criatividade junta. Eles vão longe!
Quem aprecia novidades e quer um trabalho diferenciado, de primeira, em São Paulo precisa
ver o que vimos. Tenho que fazer propaganda: o sítio do Leandro é
www.leandrononato.com.br.
Finalizamos a nossa noite em uma deliciosa pizzaria, quando, já tristes, fizemos nossas
despedidas, mas com a promessa de nos encontrarmos uma outra vez. Quem sabe dessa vez em
Brasília?
Voltamos ao hotel mais cedo porque, no dia seguinte, iríamos concluir a nossa viagem e
voltar às nossas origens: Brasília (lar doce lar). Por outro motivo também tínhamos
que acordar bem cedo no dia seguinte: seria sexta-feira, e o nosso carro, placa final
nove, não poderia circular pelas ruas de São Paulo a partir das 7 horas da manhã por
causa do rodízio de placas, caso contrário pagaríamos multa, o que não seria
agradável.
30/1/2009 - São Paulo a Brasília
FOTOS - 30-01-09 - Chegada
Acordamos bem cedo, tomamos café e encerramos
nossa conta. Tudo parecia dar certo para sairmos cedo da cidade até que, de repente, já
no caminho, senti falta do meu diário. Este que você está lendo agora. Eu tinha quase
certeza que, na confusão de acomodar bagagens no carro, eu o havia esquecido sobre a cama
do hotel.
O Marcelo teve a ideia de ligar para o hotel e perguntar e, de fato, ele estava lá. Bem,
não houve outro jeito, tivemos que voltar e pegar o diário, pois era a nossa memória da
viagem, algo de muito valor para nós. Isso nos custou uma multa, que chegaria mais tarde,
no valor de R$ 85,00. Foi o preço de mantermos viva toda essa nossa história!
7h15 - Deixamos São Paulo pela Avenida Bandeirantes, SP 348. Não antes de percebermos um
guarda anotando a nossa placa!
Paramos em um posto para abastecer.
Km do carro: 32.696.
7h50 - Pagamos pedágio. R$ 5,90.
Na Av. Bandeirantes, km 73, vimos que construíram um parque aquático: Wet in Wil'd.
8h12 - Pagamos pedágio. R$ 5,90.
8h34 - No km 115, Pagamos pedágio. R$ 5,20.
8h55 - No km 159, Pagamos pedágio. R$ 3,90.
9h25 - Pagamos pedágio. R$ 4,90.
9h50 - Pagamos pedágio. R$ 4,90.
10h15 - No km 253, Pagamos outro pedágio. R$ 4,70.
10h25 - no km 281, Pagamos mais um pedágio. R$ 4,70.
11h10 - Adivinha? Pagamos pedágio, e um pouco mais caro: R$ 7,10.
11h40 - Pagamos pedágio mais caro ainda: R$ 8,70. Este superou todos.
12h10 - Por volta do km 430, paramos para abastecer e almoçar no Posto Br. Dali para
frente, não pagaríamos mais pedágios. A estrada, em compensação, também já não
seria tão boa.
13h - A uns 20 km de Uberaba, começaram a aparecer alguns buracos na pista. Também
pegamos chuva.
13h5 - Acaba a pista dupla até certo trecho, marcada por enormes buracos. Depois, volta a
ser duplicada.
14h10 - Pegamos a BR 050 para Brasília. Acabou definitivamente a pista dupla.
14h55 - Passamos a ponte sobre o Rio Paranapaíba, que divide o Estado de Minas Gerais de
Goiás. Estávamos cada vez mais próximos de casa.
15h20 - Em Catalão, paramos no Posto JK, por 30 minutos, para abastecer o carro e comer
uma típica pamonha goiana.
16h28 - Passamos por um tatu atravessando a pista. Graças a Deus chegou à salvo do outro
lado.
O trecho que ficava a 180km de Brasília estava péssimo! A pista estava toda desnivelada.
17h30 - No quilômetro 143, paramos para fotografar um lindo lago azul. A paisagem é
muito bonita e vimos periquitos, bem verdes, sobrevoando o local.
A estrada só melhorou um pouco quando começou a se aproximar de Cristalina.
A partir de Luziânia, a pista passa a ser duplicada. Estávamos, a cada quilômetro, mais
perto de casa.
Resolvemos voltar pelo Gama, e não pelo Núcleo Bandeirante como costumeiramente
fazíamos para ir para Taguatinga (nossa cidade). Ouvimos pela rádio local que a saída
sul de Brasília estava engarrafada. Era horário de pico, o que torna os
congestionamentos comuns no local.
18h58 - Perto de casa, na estrada que passa em Valparaíso, por incrível que pareça,
vimos um carro com placa Argentina.
É raríssimo ver Argentinos com o próprio carro em Brasília. Geralmente, eles vão de
carro apenas até Santa Catarina, para curtir as praias quentes brasileiras. Estes eram
bem corajosos! Era uma família com quatro pessoas.
Buzinamos para eles e eles acenaram para nós de volta. Viram também em nosso carro a
bandeirinha Argentina. Sempre afixamos no carro as bandeiras dos países para os quais
viajamos. É uma forma simpática de dizermos olá por onde andamos.
19h20 - O termômetro marcava 30º. Chegamos, finalmente, ao término da nossa grande
aventura: lar doce lar. É engraçado que, quando ficamos algum tempo longe de casa, ela
nos parece mais aconchegante ainda! É a saudade que bate!
Quilometragem do carro quanto chegamos: 33.800.
Agradecemos a Deus por ter nos guiado nessa grande aventura e nos ter trazido de volta
para aqueles que tanto amamos e ficaram esperando por nós.
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